País:
Japão
Gênero:
drama, suspenseEpisódios: 10
Produção: TBS
Direção:
Fukuzawa Katsuo
Roteiro:
Yazu Hiroyuki, baseado em novelas de Ikeido Jun
Elenco:
Sakai Masato, Ueto Aya, Oikawa Mitsuhiro, Takito Kenichi, Kitaoji Kinya, Kagawa
Teruyuki, Morita Junpei, Kataoka Ainosuke, Shoufukutei Tsurube, Lily, Yamazaki
Naoko.
Resumo
O
herói desta emocionante estória é Hanzawa Naoki, gerente de empréstimos de um
dos maiores bancos do Japão. Cedendo à pressão do chefe, ele concede um empréstimo
de risco a uma empresa, cujo dono acaba declarando falência, e embolsando o
dinheiro do banco. A Hanzawa só resta correr atrás do prejuízo e tentar, por
conta própria, resgatar os milhões perdidos, e evitar sua demissão do banco.
Comentário
Hanzawa Naoki é uma
adaptação de duas novelas do consagrado escritor Ikeido Jun. Por isso mesmo, não
passa despercebido ao espectador a qualidade excepcional do roteiro deste
drama. A estória é muito bem estruturada, em um thriller envolvente, com um
herói cativante, algo raro de se ver hoje em dia. E a escolha do ator Sakai
Masato não poderia ser mais acertada. Sakai Masato é um dos atores mais demandados
pela TV japonesa, graças a papéis marcantes em dramas como Joker, ou o magnífico Legal
High, já em sua segunda temporada. E em Hanzawa
Naoki Sakai domina a cena do início ao fim, mesmo com um elenco grande e
poderoso desfilando ao longo dos eletrizantes dez episódios da série.
Apesar
do tema aparentemente árido do mundo das finanças, Hanzawa Naoki não chega a
ser complexo a ponto de afugentar o espectador interessado em desfrutar de um
bom thriller. Quando entra nos meandros das transações bancárias, o roteiro é
muito didático, o que é ótimo, já que a maioria das pessoas não entende tanto do
assunto. Mas o tema central é o da vingança pessoal e suas inevitáveis consequências.
O drama nos mostra a trajetória de Hanzawa Naoki, um homem que entrou no cruel e
obscuro mundo das instituições financeiras, não para se tornar um grande
executivo, mas para vingar uma tragédia familiar. Este homem é movido pela
vingança e pelo ódio, mas seu comportamento pessoal é, contraditoriamente, o
oposto... Hanzawa tem uma esposa bonita e sensível (Ueto Aya, a eterna Azumi), amigos fiéis, e colegas de
trabalho que respeitam sua integridade e senso ético. Este é um personagem que nos
provoca sentimentos conflituosos, pois sabemos que sua vendetta poderá prejudicar muitas pessoas inocentes... Mas, ao
mesmo tempo, é impossível não simpatizar com uma pessoa que procura um pouco de
justiça, em um mundo frio e materialista.
A
estória começa na cidade de Osaka, em uma filial do Tokyo Chuo Bank. Hanzawa
Naoki é responsável pelo setor de empréstimos do banco. Certo dia, o diretor do
banco, Asano Tadasu (Ishimaru Kanji), pede que Hanzawa facilite um empréstimo
de $500 milhões de yen para a empresa Nishi Osaka Steel. Hanzawa tenta primeiro
verificar a estabilidade da empresa, mas é pressionado pelo chefe a repassar o
valor imediatamente. Pouco tempo depois, descobre-se que o dono da empresa
declarou falência, e embolsou o valor do empréstimo do banco. Hanzawa
percebe ter caído em uma armadilha, quando Asano o acusa de ser responsável direto
pelo grande prejuízo sofrido pelo banco. Desesperado, mas determinado, Hanzawa
decide investigar o caso, e reaver os milhões ‘roubados’ pelo empresário, custe
o que custar...
Quando
se trata de suspenses, não gosto de entrar em muitos detalhes sobre o enredo,
para não estragar a surpresa. Mas basta dizer que Hanzawa Naoki, além do
roteiro sólido, tem uma produção digna dos grandes filmes, com destaque para a belíssima
fotografia, além da atuação inesquecível de Sakai Masato.