outubro 20, 2013

A Semana em Review



Nos últimos dias nos despedimos de alguns dramas, e demos as boas vindas a muitos outros... O ano está quase acabando, mas algumas surpresas ainda nos esperam na dramalândia!


(Spoiler Alert) Na despedida de The Good Doctor, muitas lágrimas, mas poucas surpresas. Como diria o Bardo, “tudo está bem quando acaba bem”. A parte desinteressante deste drama médico - as intrigas sobre a venda do hospital - teve uma conclusão canhestra e pouco verossímil, mas, quem se importa?! Todos queriam saber se o Dr. Park Shi-ohn iria ficar com a Dra. Cha Yoon-seo, e se o amor dos dois seria aceito pelos colegas do hospital, amigos e familiares. O roteirista Park Jae-bum resolveu não se aprofundar no dilema familiar que, certamente, a Dra. Yoon-seo irá enfrentar no futuro... Mas também não dava tempo, a não ser que a estória se prolongasse até virar um drama de 50 capítulos. O final foi bonito e emotivo, deixando para a audiência uma mensagem edificante de amor e tolerância ao próximo. Minha única reclamação, como fã do ator Joo Sang-wook, foi empurrar para o Dr. Kim Do-han a intragável Yoo Chae Kyung (Kim Min-seo, atriz? sério?), que passou de vilã a vítima em uma piscadela. As cenas “românticas” entre os dois foram das mais embaraçosas e forçadas que já vi. Suspirei de alívio quando tudo terminou sem nenhum beijinho. Não vejo a hora de ver o anúncio da terceira temporada de Special Affairs Team Ten. Mas, sem dúvida alguma, o grande astro de Good Doctor foi Joo Won, que tem demonstrado uma maturidade e uma dedicação pouco vista em outros atores de sua geração. E a atriz Moon Chae-won dispensa comentários, com sua beleza natural e meiguice que dão credibilidade a qualquer papel que ela interprete.


Two Weeks foi o drama que veio para reiterar, caso alguém ainda tivesse alguma dúvida, o talento deste astro chamado Lee Joon-ki. O ator e cantor Joon-ki brilhou do início ao fim, entregando-se de corpo e alma ao papel do atormentado (e injustiçado) Tae-san. Joon-ki recebeu um prêmio de melhor ator este ano, pelo drama Arang and the Magistrate, e certamente vai ser aclamado no próximo ano por sua interpretação impecável em Two Weeks. O drama deu uma desacelerada no final, o que gerou certa estranheza, depois de dezoito episódios de muita correria e grandes emoções. Mas acho que o desfecho foi satisfatório para os personagens, e coerente com o enredo. Como é bom assistir um drama tão bem escrito, dirigido e com um elenco tão afinado. Two Weeks merece estar no topo da lista dos melhores do ano...


Assim como o drama Two Weeks será lembrado pela magnífica atuação de Lee Joon-ki, The Master´s Sun, em minha opinião, não teria o mesmo charme sem a presença de So Ji-sub. Engraçado que o próprio ator comentou não saber possuir um lado “cômico” e, realmente, ele se saiu surpreendente bem no papel do ‘chaebol’ Joo-goon. O par romântico com Kong Hyo-jin não foi eletrizante, mas foi agradável e divertido, graças à leveza da estória. A verdade é que poucas vezes senti tanta pena dos atores, como neste drama, por terem de pronunciar frases tão tolinhas e sem sentido. A conclusão a que cheguei foi que, se os personagens fossem pré-adolescentes, ao invés de adultos, este drama teria sido brilhante. Para variar, as irmãs Hong quase derrapam na conclusão do drama, que vinha num ritmo bem tranquilo... Foi por pouco! Mas (ufa) todos viveram felizes para sempre! E So Ji-sub saiu-se vitorioso, com uma atuação elogiada, e ainda mais amado por suas fãs (suspiros).

As estreias que acompanhei até agora foram as de The Heirs, Marry Him If You Dare, e Medical Top Team.


Medical Top Team foi a menos impactante até agora, mas ainda estou apostando na habilidade reconhecida da roteirista Yoon Kyung-ah, de Brain. Acontece que o elenco não me entusiasma nem um pouco, especialmente Kwon Sang-woo e Jung Ryeo-won. Mas vou continuar conferindo o drama por meu querido Joo Ji-hoon (The Devil), e porque sempre é bom ter um drama médico na agenda...


The Heirs (The Inheritors) estreou com pompa, circunstância e enorme expectativa... Se todo o frisson em torno do drama adolescente é justificado, ainda é cedo para confirmar. Os primeiros quatro episódios serviram para colocar em desfile o grande elenco (ou quase todo ele; imagino que faltem alguns personagens que irão frequentar o campus escolar). Apesar das paisagens deslumbrantes da ensolarada Califórnia, foi com alívio que vimos o casal central cruzar o pacífico de volta para casa. O episódio 4 foi o mais divertido e segurou a audiência até o último segundo, na torcida pelo reencontro do herdeiro Kim Tan com sua cinderela, Eun-sang. Quem conhece bem o trabalho da roteirista Kim Eun-sook deve estar estranhando o ritmo lento do drama nestes primeiros capítulos. Poderia ser uma questão de insegurança com o tema novo para ela (adolescência e drama familiar), mas acho que não é o caso. Kim Eun-sook não é escritora de se intimidar com um desafio, e imagino que ela queira diferenciar seu drama de tantos outros que já passaram pela TV (e as comparações com Boys Over Flowers e o original, Hana Yori Dango surgiram antes mesmo da estreia de Heirs). Restrições à parte, Heirs tem uma produção impecável, e um elenco invejável, não só pelo quesito beleza como pela qualidade de seus atores. Lee Min-ho, mais próximo da maturidade dos 30, do que da adolescência, consegue imprimir uma melancolia e uma suavidade romântica ao personagem – como um Hamlet que fosse parar por acidente no conto de fadas da Cinderela. Por sinal, Kim Eun-sook continua com seu hábito de incluir referências, mais ou menos cifradas, a livros – “Sonhos de Uma Noite de Verão” e “Cinderela” parecem ser seus fetiches em Heirs. Muito discutiremos ainda sobre este drama... Quais foram suas primeiras impressões?


Marry Him If You Dare é outro drama muitíssimo esperado, especialmente para quem aguardou 5 anos pelo retorno de Lee Dong-geon. E podemos garantir que valeu o sacrifício, já que o ator voltou mais bonito, e atuando melhor do que nunca. E vê-lo como par romântico de Yoon Eun-hye, é como receber um presente de Natal adiantado. Os dois primeiros episódios de Marry Me... já deram o tom do drama, que tem a clara ambição de ser inovador, mesmo com um tema tão batido como o da viagem no tempo. Com clara influência dos quadrinhos (manhwa), as imagens estão repletas de animações que saltam na tela, onomatopeias e cortes ágeis; um trabalho extremamente elaborado por parte da produção deste drama. O elenco, como era de se esperar, também parece ter se preparado muito bem, com destaque para Yoon Eun-hye, uma das atrizes mais talentosas da TV coreana. Muito profissional e compenetrada, Yoon Eun-hye está sempre pronta para aceitar novos desafios como atriz... E consegue manter o charme mesmo com um penteado bizarro (sugestão dela, por sinal) como o da personagem Na Mi-rae.

Ainda falaremos muito sobre estes novos dramas; por enquanto fica aqui a sugestão de dar uma conferida nestas novidades, e escolher as suas favoritas. Até mais, e bons dramas!

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