Nas
últimas semanas, vários dramas deram adeus, alguns deixando saudades, outros
nem tanto...
É
uma tristeza que o tempo seja tão curto – o ano está acabando! – e tenha sido
impossível acompanhar todas as tramas desta temporada. No meu caso, os dramas
japoneses acabaram escanteados pelos coreanos neste semestre. Mas tudo bem,
eles sempre estarão lá, a espera de uma oportunidade de serem descobertos –
aliás, vários dramas nipônicos tiveram problemas com atraso ou desistência nas
traduções, o que me fez abandonar algumas boas séries pelo caminho.
Já
que estamos falando sobre os dramas japoneses, comecemos por Sprout, um
melodrama juvenil que teve um total de 12 episódios. Um grupo de belos adolescente,
vivendo com intensidade o primeiro amor. Um romance de verão, com fotografia
etérea, um trilha sonora moderninha (o som delicioso do Grouplove por si só faz
recomendar este drama). Não há muita estória, é mais um recorte da vida de um
grupo de jovens muito normais, em uma pequena cidade japonesa – mas a estória
poderia se passar em qualquer lugar do mundo, afinal, as alegrias e as dores de
um primeiro amor são iguais em qualquer língua. Lá pela metade do drama,
perdido o impacto inicial da beleza dos atores e da cenografia, a coisa fica
meio repetitiva, e só resta a curiosidade em saber quem fica com quem (embora não
seja tão difícil assim de se adivinhar). Mas Sprout é um drama que agrada tanto
aos olhos quanto ao coração, pois é impossível não despertar lembranças ternas
de uma primeira paixão, em quem já foi adolescente um dia. Assista e depois
corra atrás das músicas do Grouplove.
Rich Man, Poor Woman foi o
grande hit da temporada na TV japonesa, graças ao casal de atores Ishihara
Satomi e Oguri Shun. Com 11 episódios, Rich Man, Poor Woman deixou mais saudades do ubersexy Oguri Shun do
que do drama em si. É claro que o par Ishihara Satomi e Oguri Shun deu muito
que falar, mas a trama não foi das mais originais – me fez lembrar muito o
malfadado Tsuki No Koibito, com Kimutaku. Rich Man, Poor Woman é encantador quando o casal Hyuga Toru e Natsui
Makoto está junto em cena, mas o interesse diminui muito nas demais situações.
Para quem está familiarizado com os ‘doramas’ japoneses não chega a ser uma
surpresa a falta de cenas mais ‘calientes’, mas neste caso, com um casal tão
lindo foi uma pena a produção não ter sido um pouquinho mais ousada. Por isso,
eu diria que RMPW é recomendado para iniciadas nos doramas japoneses, e para as
fãs loucas por Oguri Shun (hoje em dia um respeitável senhor casado, não se
esqueçam). Ponto positivo para a música de abertura, a super fofa “Hikari e” de
Miwa.
To the Beautiful You, como
já era esperado, não se atreveu a inovar ou muito menos a superar o original
japonês, Hana Kimi. Como nas versões Disney dos contos de fada, o drama escolar
To the Beautiful You é mais reluzente, mais espetacular, mas muito menos
impactante que o material que o inspirou. Por outro lado, os projetos da SBS TV
devem ser respeitados pela qualidade dos profisionais neles envolvidos! Mesmo
tendo visto as versões anteriores, e sabendo que as surpresas serão zero, o
drama é diversão acima da média. Como já comentei aqui, ainda recomendo
fortemente que assistam a uma das versões japonesas da estória, mas sem
desmerecer o trabalho dos atores e a produção de To the Beautiful You.
O
melhor drama médico da temporada (houve outro?), Golden Time, vai deixar boas
lembranças nos fãs do gênero. É o tipo de drama que poderia tranquilamente se
estender por mais uns meses, ou até mesmo ter uma segunda temporada. GT
certamente vai estar entre os meus ‘top 10’ do ano. Um drama à primeira vista
incrivelmente simples, mas talvez esta seja a sua maior qualidade, não tentar
inovar, mas passar o máximo de realismo para o espectador. Ao contrário do
drama Brain, que se concentrava principalmente nos médicos e em suas ambições
pessoais, o personagem principal de Golden Time é o hospital. A preocupação é mostrar
os sacrifícios pessoais e profissionais de uma equipe médica por seus
pacientes. Um diretor excepcional este de GT, que conduziu o elenco como uma
grande orquestra, afinada e melodiosa até o final de seus 20 maravilhosos
episódios. Imperdível!
Panda and the Hedgehog foi
um daqueles dramas da TV a cabo coreana (Channel A), que deve ter passado
batido para muita gente, não sem razão. Uma trama fraquinha, atores medianos,
mas que teve seus encantos ao longo de curtos 16 episódios. O que me fez
conferir o drama foi o tema da gastronomia, e realmente, os cupcakes e os
macarones preparados na cozinha do chef Go Seung-ji são uma atração à parte.
Mas confesso que se não fosse pelo elenco masculino, teria largado o drama no
primeiro episódio. Graças à presença dos atores Lee Dong-hae (Attack on the
Pin-Up Boys) e Choi Jin-hyeok (I Need Romance), o drama pôde superar suas
muitas deficiências de roteiro e elenco coadjuvante. Me desculpem os fãs da
atriz Yoon Seung-ah, mas sua interpretação neste drama em particular não foi
das mais entusiasmantes. Acho que a própria produção percebeu que o drama crescia
muito mais nas cenas em que a dupla masculina contracenava, do que nas cenas
românticas entre o casal central (Dong-hae e Seung-ah). Como já aconteceu em
muitos outros dramas, o ‘bromance’ floresceu e despertou mais interesse no
público – tanto que a pobre Panda acabou quase esquecida nos episódios finais.
Para quem teve coragem de acompanhar este drama até o final, ao menos foi
agraciado com um belo desfecho, romântico, emotivo e alegre, tudo ao mesmo
tempo. Um drama açucarado, do início ao fim.
Um drama que misturou de
forma surpreendente romance, suspense, sobrenatural e drama histórico, Arang and the Magistrate foi provavelmente o drama mais ousado da temporada. Mais um
para entrar na lista dos meus favoritos de 2012, Arang and the Magistrate é um
drama diferenciado em termos artísticos. Sem medo de seguir um ritmo mais
lento, com o objetivo claro de desenvolver bem a trama e os personagens, a
roteirista Jeong Yoon-jeong (Chosun Police) criou um drama excepcional. E o
mérito pela qualidade de Arang and… deve de ser compartilhado com Kim Sang-ho-I
(Soul, Can You Hear My Heart) que se revelou um diretor extremante criativo e
seguro. A princípio me preocupou muito o elenco tão reduzido, mas isso acabou
se revelando uma vantagem, já que a roteista pôde dar vida e dimensão aos
personagens. E claro que ajudou muito o talento coletivo do elenco. O par
romântico, Lee Joon-ki e Sin Min-ah, está presente lado a lado em boa parte das
cenas, e se a relação entre os dois não fosse natural e envolvente, o drama
perderia toda a sua graça. Felizmente, Arang (Min-ah) e o Magistrado (Joon-ki)
formaram um dos casais mais adoráveis da história dos dramas, e serão lembrados
com carinho por quem acompanhou sua bela e misteriosa jornada. Foram 20
episódios (MBC TV) que passaram voando… E Lee Joon-ki arrasa cantando “One Day”
para a trilha musical de Arang and the Magistrate.
Você escreve muito bem, adorei seus comentários. Parabéns ^^
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