junho 06, 2014

The Library (filme, 2013)


País: Tailândia
Gênero: Romance, Drama
Duração: 30 min.
Produção: Mono Music/SuperUber Film
Direção e Roteiro: Nattawut Poonpiriya

Elenco: Ananda Everingham, Selina Wiesmann, Niti Chaichitatorn.
 
Comentário

The Library é um filme de curta-metragem, que conta a surpreendente estória de um amor que nasce dentro de uma biblioteca.

Anne (Selina Wiesmann) é uma bibliotecária que se apaixona a primeira vista por um belo e misterioso cliente que frequenta o local. Ela espera ansiosamente a cada visita de Jim (Ananda Everingham), mas não tem coragem de abordá-lo.

The Library é uma encantadora, embora agridoce estória de amor entre duas pessoas que não tem coragem de transformar sua fantasia romântica em realidade. É quase irônico que tanto Anne quanto Jim tenham tanta intimidade com a palavra escrita, mas não consigam quebrar o silêncio e expressar verbalmente seus sentimentos.

Assista The Library sem medo, pois esta estória de amor é contada em apenas 30 minutos, mas irá permanecer por muito mais tempo em sua memória.

Onde ver: Youtube (legendas em inglês), Viki (legendas em português).

junho 03, 2014

Princess Hours (drama, 2006)


Título Alternativo: Goong
País: Coréia do Sul
Gênero: Romance, Drama
Produção: MBC
Duração: 24 episódios

Direção: Hwang In-roi

Roteiro: In Eun-ah, baseado no manhwa de Park So-hee

Elenco: Yoon Eun-hye, Joo Ji-hoon, Kim Jeong-hoon, Song Ji-hyo

Resumo

O que acontece quando uma simples adolescente é obrigada a casar-se com um príncipe herdeiro? Chae-kyeong e Lee Shin veem seus sonhos de juventude desvanecer-se em nome da sucessão do trono e da preservação da tradição real... Haverá um final feliz, como nos contos de fadas, para o jovem casal?

Comentário (com spoilers)

Princess Hours (ou Goong – Palácio) cria um universo alternativo no qual a Coréia moderna é uma monarquia constitucional, semelhante a reinados europeus atuais. A monarquia segue em paz, mas a preocupação com a saúde frágil do rei Lee Hyeon faz com que os planos sucessórios sejam apressados. E a primeira providência é casar o príncipe Lee Shin (Joo Ji-hoon), para garantir que ele herde a coroa. Mas quem seria a melhor candidata a princesa herdeira? Ao contrário das expectativas populares, a eleita não é uma jovem de sangue azul, nem mesmo a filha de algum magnata... A escolhida é Shin Chae-kyeong (Yoon Eun-hye), estudante do ensino médio, que mora com o pai, desempregado, a mãe, corretora de seguros, e o irmão caçula.

Tudo começou há muitos anos, quando o então rei, o avô do príncipe Lee Shin, nutria uma amizade profunda por seu secretário pessoal, o avô de Chae-kyeong. Como forma de gratidão, o rei prometeu dar a mão em casamento de seu futuro neto herdeiro à neta do secretário. Assim, por causa deste antigo pacto, Chae-kyeong se transforma em uma cinderela moderna, mesmo que a contragosto. Sim, pois Chae-kyeong conhece muito bem o príncipe Shin, seu colega de escola, e, apesar de achá-lo bonito (como todas as meninas da escola) não tem ilusões românticas sobre ele. Chae-kyeong inclusive flagrou uma conversa em que o príncipe declarava seu amor e pedia em casamento a colega de aula, Min Hyo-rin (Song Ji-hyo). Hyo-rin não leva a sério a proposta de Lee Shin, e sugere que eles esperem até a conclusão dos estudos universitários para pensar em casamento.


Quando Lee Shin é informado sobre os planos da realeza de casá-lo com uma plebeia, obviamente fica contrariado, mas resolve aceitar seu destino. Chae-kyeong, por outro lado, fica chocada e revoltada com a possibilidade de um casamento arranjado, ainda mais sabendo que seu futuro noivo gosta de outra garota. Mesmo conscientes de que a filha é jovem demais para assumir um compromisso tão sério, os pais de Chae-kyeong se veem impelidos a entregar sua mão em casamento, em troca da quitação de uma dívida que pode deixá-los sem ter onde morar. É um gesto nada nobre da parte da família Shin, obrigar a filha adolescente a casar-se com um estranho, mas, por outro lado, eles a amam e pensam estar fazendo o melhor para o futuro dela. É claro que nós estamos falando de um drama romântico, e que na vida real existem muitos casos de princesas infelizes com casamentos arranjados.

Finalmente Shin Chae-kyeong e Lee Shin se casam, com pompa e circunstância, e vão viver no palácio. Chae-kyeong tem dificuldade em adaptar-se à disciplina rígida da corte, sem contar com o aborrecimento de incontáveis aulas de etiqueta e tudo que envolve a tradição milenar coreana. O temperamento alegre e extrovertido de Chae-kyeong contrasta com o de seu jovem marido, sério e às vezes melancólico. No entanto, o tempo e a convivência teriam o poder de fazer este casal jovem e bonito se apaixonar... Se não fosse pela súbita aparição de dois personagens dispostos a interferir na felicidade do casal.


Até a morte do pai, o rei Lee Soo, Lee Yool (Kim Jeong-hoon) era o príncipe herdeiro. Quando Lee Soo falece em um acidente de carro, o trono é transferido para o irmão, Lee Hyeon, e o filho deste, Lee Shin, passa a ser o primeiro na sucessão da coroa. E com isso Lee Yool e sua mãe, Hye Jung-goong (Shim Hye-jin), são obrigados a deixar o palácio e exilar-se na Inglaterra. Mas a mãe de Yool nunca se conformou com este destino, e volta à Coréia com a intenção de restaurar o título do filho de príncipe herdeiro. Só que os planos ambiciosos de Hye Jung-goong se veem ameaçados quando o filho se apaixona pela princesa Shin Chae-kyeong.

Pode-se dizer que Default Princess Hours é um melodrama disfarçado de comédia romântica adolescente. Isto porque, apesar de alguns momentos divertidos, sempre protagonizados pela ‘princesa rebelde’ Chae-kyeong, o clima melancólico e o ritmo lento dos melodramas predomina. Para evitar a decepção dos que esperam assistir uma comédia romântica bem levinha, é bom avisar: muitas lágrimas são derramadas, muitos corações são partidos e muitas traições são arquitetadas dentro do palácio.


Mas, então, vale a pena investir seu tempo nos longos 24 episódios deste drama? Sim, por vários motivos, sendo o principal, o adorável casal Yoon Eun-hye e Joo Ji-hoon. Para os fãs de Yoon Eun-hye (Lie to Me, Missing You) é impossível perder mais uma atuação fantástica da atriz, aqui em início de carreira, mas já em pleno domínio de seu personagem. Carisma, encanto e naturalidade são apenas algumas das qualidades desta bela atriz. E o que podemos dizer Joo Ji-hoon (The Devil, Medical Top Team), que com seus 1,87 m de altura, e sua beleza altiva, nasceu para ser príncipe. Joo Ji-hoon encara um papel principal, mesmo inexperiente (Goong é seu primeiro trabalho como ator profissional) com uma naturalidade impressionante. E o príncipe Shin não é um personagem tão fácil quanto parece, pois seu caráter melancólico e muitas vezes frio e ríspido poderia despertar antipatia, se interpretado pelo ator errado.

Princess Hours é uma adaptação para a TV de uma HQ digital coreana (manhwa) e talvez isto explique, embora não justifique o caráter unidimensional da maioria dos personagens. Sinceramente, tenho grandes restrições ao trabalho da roteirista deste drama. In Eun-ah não tem uma carreira das mais brilhantes, e o fato de Princess Hours ser seu maior sucesso até hoje não conta muito a seu favor. Em seu último trabalho, o drama Marry Me, Mary! (2010), a audiência despencou, e ela acabou sendo afastada, e substituída pela roteirista Go Bong Hwang.

Nas mãos de um roteirista mais hábil e experiente, personagens secundários como Hyo-rin, o primeiro amor de Lee Shin, ou o príncipe Yool poderiam ter sido melhor aproveitados, ao invés de se tornarem meros empecilhos para o amor do casal central. A bailarina Hyo-rin é consistentemente chata ao longo de todo o drama, mas o príncipe Yool, lamentavelmente, passa de adorável a intragável, para decepção de quem torceu por um final feliz para o rapaz. Antes ele tivesse encarnado um grande vilão, do que aguentar seu ar constante de vítima. O personagem do príncipe Yool deveria ser o oposto de seu primo Lee Shin... Yool deveria ser alegre, descontraído, charmoso... E ele até apresenta algum espírito a princípio, quando faz amizade com Chae-kyeong na escola. Mas, quanto se apaixona por ela, seu comportamento se torna cada vez mais imaturo e vingativo. Meus parabéns à roteirista por ter conseguido criar um caso raro de interesse romântico secundário que não desperta simpatia alguma da audiência. Coitadinho do Kim Jeong-hoon, mas sua atuação fraquinha também não ajudou em nada... Mas para ser justa com Kim Jeong-hoon, eu gostei bastante de seu papel no drama I Need Romance.

Se Princess Hours pudesse ser refeito como uma comédia romântica, centrada na encantadora Chae-kyeong e seu dilema de cinderela moderna, seria simplesmente perfeito. Mesmo assim, o drama foi um mega sucesso de audiência, e tornou-se um clássico, lembrado até hoje por quem acompanhou o romance entre o príncipe Lee Shin e a plebeia Chae-kyeong.

maio 26, 2014

Secret (drama, 2013)


País: Coréia do Sul
Gênero: Drama, Romance
Duração: 16 episódios
Produção: KBS2 TV

Direção: Lee Eung-bok
Roteiro: Choi Ho-chul, Yoo Bo-ra

Elenco: Hwang Jeong-eum, Ji Seong, Bae Soo-bin, Lee Da-hee.

Resumo

A noite que deveria ter sido uma das mais felizes na vida de um casal acaba em um trágico acidente que irá mudar seu destino para sempre. Uma mulher que, em nome de seu amor incondicional, assume a culpa por um atropelamento e passa longos anos na prisão. Em liberdade, ela terá lidar com a traição do noivo, e o desejo cego de vingança do homem que perdeu sua amada no acidente.

Comentário

Secret é um melodrama peculiar, que se vale do esquema ‘makjang’* de forma Intencional, mas com um ritmo mais acelerado, típico dos dramas de suspense.

*elemento estilístico, tonal ou narrativo em dramas que optam por tramas chocantes, como recurso para manter a audiência envolvida, não importando o quão absurda a estória se torne – adultério, vingança, segredos de nascimento, doenças fatais, são alguns dos ‘ganchos’ favoritos dos makjang.

É por este motivo que Secret pode ser recomendado até mesmo aos espectadores mais avessos ao gênero melodrama. Os 16 episódios de Secret conseguem condensar de forma ágil uma estória que costuma se estender por mais de cinquenta capítulos nos melodramas tradicionais coreanos.


Kang Yoo-jung (Hwang Jung-eum, de Golden Time) é uma jovem de 26 anos, que mora com o pai, viúvo, dono de uma modesta padaria. Para ajudar nas despesas e dívidas da família ela assume vários trabalhos temporários, de caixa de pedágio, a motorista designada. Ela namora Ahn Do-hoon (Bae Soo-bin, de 49 Days), também um homem de família humilde, e que batalhou muito (inclusive com a ajuda financeira da namorada) para chegar ao cargo de promotor de justiça.

No aniversário de sete anos de namoro do casal, eles se reúnem para jantar e Do-hoon finalmente pede Yoo-jung em casamento. Na volta de carro, em uma noite chuvosa, ao desviar de um caminhão que fazia uma manobra irregular, Ahn Do-hoon acaba atropelando uma mulher.

É a partir daí que a vida do casal vira um pesadelo... O jovem promotor, temendo ver sua carreira arruinada pelo infeliz acidente, convence a noiva a assumir a culpa no lugar dele. Condenada a sete anos de prisão, Kang Yoo-jung se apoia na esperança de sair em breve, em regime condicional, e reencontrar seu amado. Mas o que a espera do lado de fora não é amor, ou piedade, mas desprezo e ódio.  Ahn Do-hoon receia que sua carreira pública seja afetada pela ligação pessoal com uma ex-presidiária, sem contar com a possibilidade de que alguém venha a descobrir o seu verdadeiro envolvimento no crime de atropelamento e fuga.


Para piorar as coisas, Kang Yoo-jung nem faz ideia de que um grande inimigo a espera ao sair da prisão... Jo Min-hyuk (Ji Seong, de Protect the Boss) jurou vingança contra a pessoa que provocou a morte de sua amada Seo Ji-hee (Yang Jin-sung, de The Bride of the Century). Sem saber que Yoo-jung também é uma vítima na situação, ele a persegue implacavelmente, chegando ao ponto de quase matá-la com as próprias mãos.

No entanto, com a proximidade, Jo Min-hyuk não demora a perceber o caráter honesto e dócil da moça, e começa a questionar-se sobre a verdadeira responsabilidade dela no acidente. E como se costuma dizer, a distância entre o amor e ódio muitas vezes é pequena...


Embora eu não seja uma grande fã da atriz Hwang Jung-eum, devo admitir que ela dá um show de interpretação como a sofrida Kang Yoo-jung. Já o ator Ji Seong encarna com talento, mais uma vez, o chaebol imaturo e com ares rebeldes (papel muito semelhante ao de Protect the Boss). Ji seong tem a habilidade de transformar um personagem a princípio egoísta e antipático, em alguém digno de pena e finalmente, de admiração. E, sinceramente, nos primeiros episódios do drama não é fácil suportar a infantilidade e egocentrismo de Jo Min-hyuk. Igualmente interessante é o modo como Kang Yoo-jung também sofre uma grande transformação ao longo do tempo – de mulher submissa e ingênua, a uma pessoa que resolve assumir a responsabilidade pelo próprio destino, e lutar pela restauração de sua honra.

É neste ponto que pesa a balança da justiça... Vingança versus perdão, ganância versus desapego... Secret revela até que ponto um ser humano pode chegar em nome da ambição e do ciúmes, sentimentos que só podem ser bloqueados pela força da abnegação e do amor sincero.


Um drama bonito, com uma estória de amor comovente, embora às vezes de intensidade quase sufocante, e, mesmo assim, imperdível.
 
Secret foi escrito a quatro mãos pelas roteiristas novatas Yoo Bo-ra e Choi Ho-chul, premiadas em concursos de roteiros realizados pela rede KBS. A direção ficou a cargo de Lee Eung-bok (School 2013, Dream High).

maio 21, 2014

A New Leaf (drama, 2014)


País: Coréia do Sul
Gênero: drama
Produção: MBC TV
Duração: 18 episódios

Direção: Park Jae-beom-I
Roteiro: Choi Hee-ra

Elenco: Kim Myeong-min, Park Min-yeong, Kim Sang-joong, Chae Jeong-na, Jin Lee-han, Choi Il-hwa, Lee Han-wi, Oh Jeong-se, Kim Yoon-seo.

Resumo

Um advogado brilhante, mas muito ambicioso, perde a memória após um acidente, e acaba reavaliando sua postura de vida.

Comentário

O tema central de A New Leaf é simples e até mesmo pouco original, e, sendo assim, cabe à roteirista criar algo que nos surpreenda e emocione.

Bem, para começar, a escritora Choi Hee-ra possui um histórico curto mas consistente, com dois dramas médicos de sua autoria, OB and GY (2010), e Golden Time (2012). Em A New Leaf ela muda de tema, - para o direito legal - mas continua com sua ‘obsessão’ por enredos complexos, que certamente lhe exigem muita pesquisa. E é bom alertar aos desavisados, ou aos que não apreciam dramas legais, que a trama pode ser confusa e até mesmo maçante, em boa parte do tempo.

Felizmente, para quem curte dramas médicos, legais, enfim, que mergulhem com maior profundidade em temas específicos (como p.ex. Midas, ou Legal High), A New Leaf é uma boa pedida. E se este tipo de estória conseguir conciliar o drama com uma pitada de bom humor, ainda melhor! Para mim este o ponto mais positivo, até agora, deste drama. Como espectador, é sempre um bônus poder rir um pouco, mesmo diante de um assunto tão sério. O mesmo acontecia no belo drama médico Golden Time, que sabia expor as falhas humanas dos profissionais da saúde, mas sem denegrir sua imagem ou seu propósito maior que era o de salvar vidas.


Em A New Leaf, a produção pôde contar com um elenco muito bom, ancorado pelo sempre brilhante Kim Myeong-min (Beethoven Virus), um ator camaleônico, metódico, que adora novos desafios. Em A New Leaf, Kim Myeong-min incorpora o advogado Kim Seok-joo, o principal funcionário de um grande escritório especializado em direito corporativo. Desde a primeira cena, ficamos sabendo que Kim Seok-joo não mede esforços para chegar aos seus objetivos, ou seja, ganhar o maior número de causas possíveis e, consequentemente, milhões em dinheiro. Na verdade, ele não parece obcecado pela riqueza, mas muito mais pelo sabor da vitória. Ele é o tipo de pessoa que sente prazer em demonstrar aos adversários sua genialidade e invencibilidade. E como a estória revela mais adiante, a origem da ganância do advogado Kim Seok-joo parece estar intimamente relacionada com seu relacionamento turbulento com o pai. Acontece que o pai, Kim Shin-Il (Choi Il-hwa de The Bride of the Century, The City Hall) é um advogado aposentado, que atuava na área de direitos humanos, e que, por isso mesmo, despreza a escolha do filho em defender os ricos e poderosos.


A jovem atriz Park Min-yeong (City Hunter, Sungkyunkwan Scandal) é Lee Ji-yoon, uma advogada recém-formada, que consegue uma vaga de estagiária no escritório de Kim Seok-joo. Lee Ji-yoon é uma jovem alegre, cheia de ideais, apesar da inexperiência. Dito isso, apesar da juventude e certa imaturidade, o comportamento de Lee Ji-yoon é, em muitas ocasiões, inverossímil, para não dizer tolo. Ora, esta jovem resolveu por livre e espontânea vontade concorrer a uma vaga em um escritório de advocacia conhecido por defender grandes corporações financeiras. Só que ao se defrontar com os meios agressivos (para não dizer desonestos) usados por seus superiores para ganhar as causas, ela fica chocada e chega ao cúmulo de criticar abertamente o advogado Kim Seok-joo. Pois é, alguém pode dizer que são coisas da ficção, que devem ser relevadas, mas acho que isto tira um pouco do respeito pelo personagem. E como é uma mulher a responsável pelo roteiro, seria interessante ver retratada uma personagem feminina mais realista. Apesar deste pequeno deslize, vale ressaltar que o personagem de Park Min-yeong tem um papel vital na regeneração emocional e ética de nosso herói. É através do bom caráter e da visão extremamente ética de sua assistente que Kim Seok-joo começa a perceber como sua vida estava sendo desperdiçada.



Quero destacar outros personagens importantes, a começar pelo chefe de Kim Seok-joo, Cha Young-woo, sócio majoritário dono do escritório de advocacia que leva seu nome. O advogado Cha é interpretado pelo grande ator Kim Sang-joong (The Chaser, Doctor Stranger), que com seu charme e carisma únicos, forma uma dupla de sonho com Kim Myeong-min.

No sétimo episódio surge um novo personagem, Yoo Jung-sun (Chae Jeong-an, de The Prime Minister and I) a noiva de Kim Seok-joo. O advogado não a reconhece e mal consegue disfarçar o choque ao tomar conhecimento sobre a existência do relacionamento com a filha de um chaebol.
 
Por outro lado, eu tinha achado muito promissor o ‘clima’ entre Kim Seok-joo e a promotora Lee Sun Hee (Kim Suh Hyung, de Empress Ki), e ficou subentendido que os dois já tiveram um romance no passado.

Enquanto isso, Lee Ji-yoon tem de aguentar as fofocas sobre seu suposto relacionamento pessoal com o chefe, embora esteja de olho em um belo vizinho, Jeon Ji-won (Jin I-han, de Empress Ki), um jovem e respeitado juiz. O sempre divertido Oh Jeong-se (Miss Korea) é Park Sang-tae, advogado e melhor amigo de Seok-joo.

A direção de A New Leaf prima pelo bom gosto e elegância, o que não surpreende, dada a experiência passada de Park Jae-beom-I como diretor de arte e produtor. O interessante é que esta é a estreia do talentoso Park Jae-beom-I na direção, já que ele é mais conhecido como roteirista de dramas médicos (God´s Quiz e Good Doctor).

maio 14, 2014

DOCTOR STRANGER e outras novidades


Os períodos de bons ou de maus dramas vêm em ciclos, como a variação do clima, e, felizmente, esta é uma temporada de tempo muito bom!

As ofertas de dramas interessantes são tantas, que é recomendável fazer uma lista de prioridades na hora de escolher aqueles que valem a pena serem vistos ao vivo – não é preciso entrar em pânico, pois podemos guardar os demais para os tempos de “vacas magras”, ou para fazer uma bela maratona de feriado.

Bem, mas vamos ao que interessa... Entre as principais estreias, pelo menos três dramas se destacam já desde os primeiros episódios, e são eles: Triangle, Doctor Stranger e You´re All Surrounded.

Estas três séries tem muito em comum, especialmente a combinação explosiva de ação e melodrama familiar. Escolher apenas uma entre as três vai depender mais da sua preferência pessoal pelo elenco, do que pela qualidade destas produções, que estão muito positivamente niveladas.

Em Doctor Stranger, temos o jovem e já tão famoso Lee Jong-suk, que vem chamando a atenção desde os tempos de coadjuvante – em Secret Garden – até seu último grande sucesso - I Hear Your Voice. Embora ainda tenha muito a evoluir como ator, Lee Jong-suk consegue compensar sua inexperiência com uma dose absurda de carisma, energia e, por que não dizer, beleza.



*Doctor Stranger (SBS, 20 episódios)
 
Outro ator que se destaca pela beleza angelical é Kim Jae-jung, mais conhecido como cantor pop do trio JYJ. Assim como seu parceiro musical, Park Yoochun, Kim Jae-jung migrou com sucesso para o mundo da atuação, tendo intercalado trabalhos no cinema (Codename: Jackal) e na TV (Protect the Boss), com boa aceitação do público em geral, e não apenas das fãs. E Kim Jae-jung parece estar interessado em buscar desafios cada vez maiores como ator, talvez influenciado pelo amigo Yoochun. O fato de Jae-jung levar tão a sério seu trabalho como ator merece elogios, já que seu sucesso como cantor solo só vem crescendo ao longo dos anos. Já nas primeiras cenas de Triangle Kim Jae-jung impressiona com um personagem de personalidade forte e sensualidade crua, que lembra muito o ícone James Dean. As fãs mais jovens do ator devem ter ficado chocadas com as cenas ousadas protagonizadas por ele, e certamente veremos muito mais nos próximos episódios...


*Triangle (MBC, 24 episódios)

Para completar, temos Lee Seung-gi, também relativamente novato no ramo, mas que, combinando sua carreira de cantor com a de ator, tem atraído uma legião cada vez maior de fãs. Entre estes três astros, pode-se dizer sem hesitar, que Lee Seung-gi é o melhor ator, ou pelo menos o mais naturalmente talhado para a profissão. Foi em King 2 Hearts que público e crítica chegaram ao consenso de que estava nascendo ali um grande ator. Agora ele chega em You´re All Surrounded, uma trama policial que mistura ação, comédia e melodrama em uma salada que, esperemos, não saia do controle nos próximos episódios. Se o primeiro episódio começou com uma transição um tanto pesada da comédia para o drama de vingança, a segunda hora de You´re All Surrounded foi bem mais agradável. A verdade é que embora o elenco jovem deste drama seja muito talentoso, meu maior prazer é ver Cha Seung-won, lindo como sempre, e incorporando como ninguém seu personagem desde a primeira cena. Amo este homem!


*You´re All Surrounded (SBS, 20 episódios)

Doctor Stranger é mais uma produção impecável do canal SBS, cujos dramas podem não ser os mais ousados, mas não decepcionam quanto à qualidade estética. Fotografia brilhante, direção competente, música emocionante, e, é claro, elenco estelar, fazem de Doctor Stranger um drama a prova de críticas, ao menos em seus primeiros capítulos... Agora, se a trama irá se sustentar, só o tempo dirá. Doctor Stranger conta a estória de Park Hoon, um menino que é obrigado a migrar da Coréia do Sul para a ditadura do Norte, acompanhando seu pai médico, em uma missão secreta. Anos depois, Park Hoon volta ao seu país como um cirurgião brilhante, cujo único objetivo é reencontrar o amor de sua vida, Jae-hee... Mas para isso ele terá que enfrentar um antigo inimigo, Jang Seok-joo, um poderoso político que arruinou a vida de sua família.

Com uma trama tão absurda, eu recomendaria Doctor Stranger especialmente aos fãs de Lee Jong-suk, não apenas por seu protagonismo absoluto, mas pela sinceridade que ele imprime ao personagem. É difícil imaginar um ator da mesma geração de Lee Jong-suk encarnando tão bem o papel do jovem médico Park Hoon. A grande dúvida fica quanto à capacidade do drama em manter o ritmo de ação e emoções intensas dos dois primeiros episódios... Ou será que Doctor Stranger vai acabar como mais um tradicional drama médico?


Entre os três dramas mencionados, o que mais me impressionou foi Triangle, em todos os aspectos. Triangle conta a estória de três irmãos que ficam órfãos, acabam separados e, passados 20 anos, se reencontram adultos. O irmão mais velho, Dong-soo (Lee Beom-soo), é um detetive de polícia dedicado, mas dado a ataques de fúria. Uma amiga de infância, Shin-hye (Oh Yeon-su), psiquiatra e cientista forense, é chamada para tentar tratar dos problemas psicológicos de Dong-soo. O irmão caçula, Dong-woo (Siwan), foi adotado quando bebê por uma família rica, e passou a chamar-se Yoon Yang-ha. O irmão do meio foi batizado como Dong-cheol, mas agora se chama Young-dal (Kim Jae-joong). Young-dal se acha um rebelde, mas não passa de um pequeno marginal, cavando dinheiro onde pode, trabalhando com agiotagem, extorquindo dinheiro de mulheres, etc., tudo para sustentar seu vicio em jogos de azar. Não é nada surpreendente o modo como Lee Beom-soo (Giant) nos convence de cara com seu policial torturado (e irado) Dong-soo, dado seu histórico de grandes atuações. Fiquei impressionada mesmo é com a intensidade de Kim Jae-jung no papel de Young-dal. A melancolia em sua voz ao cantar certa música – provavelmente uma lembrança de infância, compartilhada pelo irmão mais velho – é comovente... Mal posso esperar pelos próximos capítulos deste trágico drama familiar.
 
Bem, não faltam dramas de qualidade, basta fazer sua escolha... E se estiver em uma vibe mais romântica, fique com Hotel King, ou Witch´s Romance, que estará muito bem servido!

abril 24, 2014

Miss Korea (drama, 2013)


País: Coréia do Sul
Gênero: comédia romântica
Duração: 20 episódios
Produção: MBC TV

Direção: Kwon Seok-jang
Roteiro: Seo Sook-hyang

Elenco: Lee Seon-gyoon, Lee Yeon-hee, Lee Ki-woo, Lee Mi-sook, Lee Sung-min, Song Seon-mi, Oh Jung-se, Choi Jae-hwan, Hong Ji-min, Go Sung-hee.

Resumo

O ano é 1997, quando o país enfrenta uma grave crise financeira, e Kim Hyung-joon, presidente de uma pequena fábrica de cosméticos, luta para livrar o negócio da falência. É assim que ele e sua equipe decidem preparar a jovem Oh Ji-young para concorrer a Miss Coréia, e promover seus cosméticos. Ji-young foi muito popular nos tempos de escola, mas, apesar de não ter perdido a beleza, agora trabalha como uma modesta ascensorista. Ji-young e seu “oppa” Hyung-joon serão aliados no sonho de ter um futuro melhor e, de quebra, superar as mágoas do passado.

Comentário (spoilers!)

Uma fórmula que inclui boa parte do elenco do drama médico Golden Time (Lee Seon-gyoon, Lee Sung-min, Song Seon-mi, Hong Ji-min e Jung Seok-yong), seu diretor, Kwon Seok-jang (My Princess), e a roteirista Seo Sook-hyang (The Lawyers of The Great Republic Korea), só podia ter como resultado um espetáculo inesquecível! A primeira parceria entre o PD Kwon Seok-jang e a roteirista Seo Sook-hyang foi no drama Pasta (2010), estrelado por Lee Sun-kyun. Pasta não é nem de longe um de meus dramas favoritos, mas Lee Seon-gyoon brilhou no papel do chef temperamental e misógino, Choi Hyeon-wook. Seo Sook-hyang já havia provado seu talento como escritora com o fantástico The Lawyers of The Great Republic Korea (2008), muito superior aos seus trabalhos seguintes, Pasta e Romance Town. Por isso mesmo, foi uma sorte esta equipe ter se reunido novamente para criar esta pequena obra prima televisiva.

Para começar, meu coração já bateu mais forte ao ver juntos mais uma vez Lee Seon-gyoon e Lee Sung-min, que já viveram duas parcerias inesquecíveis e divertidíssimas, tanto no drama Golden Time, como no filme Officer of the Year. Só que desta vez Lee Sung-min não é amigo nem mentor de Lee Seon-gyoon (ao menos no início da estória), mas seu pior inimigo... Lee Sung-min é Jeong Seon-saeng, um capanga que vive da intimidação dos clientes devedores de uma empresa de agiotagem. E nos primeiros minutos do drama vemos Jeong Seon-saeng quebrando a cara do pobre Kim Hyung-joon (Lee Seon-gyoon) quando este admite não ter como pagar o valor integral da dívida de sua empresa, a ViVi cosméticos. Desesperado com a iminência de perder o negócio, Hyung-joon decide arriscar uma última cartada com um golpe publicitário que envolve encontrar uma candidata ao concurso de beleza mais disputado do país, o Miss Coréia, conseguir que ela seja eleita e, finalmente, usar sua fama para promover a ViVi cosméticos. Um sonho maluco no qual embarcam seus parceiros de empresa, Go Hwa-jung (Song Seon Mi), Kim Hong-sam (Oh Jung-se), Kim Kang-woo (Choi Jae-hwan) e o próprio Jeong Seon-saeng, que acaba se revelando um mafioso de bom coração.

Mas quem terá o potencial para ser coroada Miss Coréia 1997? Hyung-joon não precisa parar um segundo para responder a esta pergunta... Porque para ele a mulher mais bonita do país é, e sempre foi, Oh Ji-young, seu primeiro amor. Nos tempos de escola, Oh Ji Young era a garota mais popular do bairro, e os rapazes se penduravam nas janelas do colégio para vê-la passar. No entanto, o tempo passou, Hyung-joon foi para a universidade e perdeu contato com Ji-young. Oh Ji-young parecia não ter grandes ambições profissionais, e acabou presa a um emprego de ascensorista em um grande centro comercial. Um destino triste para uma jovem tão bonita, confinada por sete anos dentro de um elevador... Quando Ji-young está a ponto de jogar tudo para cima e pedir demissão, surge Hyung-joon com a proposta de transformá-la na mulher mais admirada do país. A jovem hesita, surpresa e ainda magoada com sentimentos mal resolvidos de seu passado misterioso com Hyung-joon.

Apesar da aparente simplicidade de seu enredo, Miss Korea é um drama sólido, um verdadeiro drama de caráter. E embora encontremos muitos dos elementos de um drama coreano clássico, a roteirista procura desconstruir certas características deste tipo de obra, especialmente no que se refere aos personagens. Neste ponto, o drama se aproxima muito mais da linguagem cinematográfica, do que da televisiva... Várias vezes (enquanto assistia o drama) me peguei pensando que Miss Korea teria sido um grande filme... Mas, por outro lado, se fosse um filme não teríamos a oportunidade de desfrutar de mais tempo na presença de personagens tão encantadores, e tão humanos.

Ji-young e “oppa” Hyung-joon são, sem dúvida alguma, um dos casais mais adoráveis já vistos nos dramas coreanos. Mas seu romance, ao contrário da maioria dos casais da ficção, é dolorosamente real... Mas nem por isso menos interessante ou impactante. Lee Seon-gyoon mais uma vez consegue incorporar com naturalidade e graça um personagem que, é verdade, lhe caiu como uma luva. Quem admira e conhece a carreira deste ator há de concordar que ele poderia ser Hyung-joon na vida real. E quanto a Lee Yeon-hee, o papel de Ji-young foi a melhor oportunidade que ela poderia ter para desabrochar como atriz. Quem a viu no drama Ghost não acredita que se trate da mesma pessoa. Não sei se de lá para cá ela fez um curso intensivo de atuação, ou simplesmente encontrou o papel certo para mostrar seu verdadeiro potencial. Oh Ji-young é um personagem cuja complexidade vai se revelando ao longo da estória, de um mero rostinho bonito, a uma mulher que resolve tomar o destino em suas próprias mãos.

Assistir um drama que nos presenteie com um casal tão carismático, já seria o bastante, mas, felizmente, Miss Korea tem muito mais a nos oferecer. Se há uma coisa que detesto é um drama que use os personagens secundários como mera escada para os principais, ou mero passatempo para o enredo. Este é mais um ponto a favor, ou talvez a maior qualidade deste drama: os personagens não são secundários, eles são coadjuvantes da estória. O romance/embate entre Lee Sung Min e Song Seon Mi, por exemplo, é engraçado, e ao mesmo tempo tão repleto de emoção, que eles mereciam ter um drama particular só para eles. Mas o desfecho deste romance certamente satisfez aqueles que ficaram frustrados com o destino de Lee Sung Min e Song Seon Mi no drama Golden Time.

Outra que brilha no drama é Lee Mi-sook (A Thousand Days´Promise), como Ma Ae Ri, dona do Salão de Beleza Queen, ex-miss Coréia e missóloga. A presença marcante desta atriz é algo fora de série, não só por sua beleza clássica, mas por sua atuação madura e seu surpreendente dom para a comédia. Se fosse para escolher o personagem mais interessante da trama, ficaria com Ma Ae Ri, por representar todas as qualidades que uma mulher de caráter deveria possuir.

O ator mais prejudicado neste drama acabou sendo Lee Ki-woo, já que seu personagem, o empresário Lee Yoon, que era para ser o principal rival de Hyung-joon, acabou sendo apenas uma presença pálida e no máximo irritante na estória. É claro que não foi culpa de Lee Ki-woo ter sido deixado de escanteio com tantos outros personagens divertidos que passaram por Miss Korea. Mas cada vez que o via, me lembrava de papéis tão maravilhosos que ele já interpretou, como no drama Flower Boy Ramyun Shop, por exemplo, e ficava com peninha dele.

Pontos extras para a direção (especialmente de atores) e para ambientação impecável – já que o drama se passa nos - nem tão longínquos - anos noventa, mas muita coisa mudou de lá para cá. E é muito divertido ver que o mundo mudou mesmo, especialmente na área tecnológica – do pager para o telefone celular digital, do videocassete para o Blue-ray... E parece que o mundo também ficou um pouco menos ingênuo e romântico... Mas talvez seja apenas impressão minha.

março 18, 2014

Os Bons Dramas Coreanos da Temporada


Nem deu tempo de lamentar o final dos dramas Miss Korea, I Need Romance 3 e Let´s Eat, pois uma leva fresquinha de novos dramas coreanos acaba de chegar. Veja o que vale a pena conferir entre os dramas em cartaz, e as novidades por vir...

Comédias Românticas: Sly and Single Again; Bride of the Century

Sly and Single Again (MBC, 16 episódios), antes chamado Cunning Single Lady, traz de volta a rainha da comédia romântica, Lee Min-jeong, que tem a sorte de sempre contracenar com os atores mais guapos da Coréia. Desta vez, o par romântico da Sra. Lee Byeong-hyeon é o ator Joo Sang-wook, da fama de dramas como TEN (2 temporadas) e Good Doctor.


Na Ae-ri não levou a sério a parte dos votos matrimoniais que mencionam “amar o cônjuge, na riqueza e na pobreza” e quando a empresa do marido, Cha Jeong-woo, não decola, ela pede o divórcio. Anos depois, Na Ae-ri rala muito para sobreviver, até descobrir que o ex tornou-se um homem de negócios de sucesso.

Vale conferir Sly and Single Again, especialmente pela surpresa agradável que é ver Joo Sang-wook em um papel cômico, mas sem perder o charme matador. O casal central tem uma boa química (ao menos nas brigas de gato e rato), e os personagens secundários são agradáveis (com exceção da família de Na Ae-ri), com destaque para a charmosa Kim Gyoo-ri-I (como a empresária Yeo-jin), e para o cantor Seo Kang-joon (como o jovem chaebol Seung-hyeon). Até o cantor L (acredite) não faz feio como o secretário Gil Yo-han.

Bride of the Century (TV Chosun, 16 episódios) é uma comédia romântica, com toques de fantasia e drama, ou seja, atira para todos os lados e, incrivelmente, consegue acertar no alvo... Isto se você entender o alvo como sendo o público adolescente e os românticos incuráveis, que não ligam para originalidade ou criatividade em demasia.


Bride of the Century não é um drama a ser recomendado enfaticamente, mas não há como negar o seu apelo pop, refletido na presença carismática de dois (quase) novatos: o cantor Lee Hong-gi (FT Island) e a meiguinha Yang Jin-seong. Yang Jin-seong (Secrets, 2013) surpreende ao cumprir muito bem a difícil tarefa de interpretar dois personagens fisicamente iguais, mas psicologicamente opostos. Como a heroína Na Doo-rim ela é uma jovem cheia de vida, um tanto ingênua, mas incrivelmente corajosa. Já como a antagonista Yi-kyeong ela é sombria, calculista e dissimulada. O ídolo pop Lee Hong-gi, por sua vez, acerta em sua atuação sóbria (quem não se lembra do ator como o loirinho Jeremy no drama You´re Beautiful?), e ao conseguir incorporar um herói romântico que é o sonho de qualquer adolescente.

Roteirista e diretor não se constrangem em aplicar todos os clichês possíveis e imagináveis do drama romântico fantástico, mas o resultado, é preciso admitir, não é dos piores. É o que classifico como “drama perfeito para ver no celular ou no tablet”.

Suspenses: God´s Gift – 14 Days; Three Days

É louvável a iniciativa do canal SBS de investir em duas megaproduções de suspense/ação, ao mesmo tempo. Nas segundas e terças-feiras você pode acompanhar o thriller fantástico God´s Gift, e nas quartas e quintas, a ação vertiginosa de Three Days. Duas ótimas pedidas!


God´s Gift – 14 Days (SBS, 16 episódios) é a volta da atriz Lee Bo-yeong ao drama fantástico, após o recente sucesso de I Hear Your Voice (também um thriller que misturava fantasia e suspense, mas com um viés mais romântico). Em God´s Gift – 14 Days, Lee Bo-yeon repete o papel da mulher de caráter forte, na pele da roteirista de TV Kim Soo-hyeon, casada e mãe de uma garotinha adorável, mas um tanto rebelde (Kim Yoo-bin-I).

God´s Gift – 14 Days é um drama imperdível, seja pelo elenco fantástico -além de Lee Bo-yeon, temos dois grandes atores de cinema, Jo Seung-woo (The Sword With No Name) e Kim Tae-woo (No Doubt), além do gatíssimo Jung Gyu-woon (Sign) -, pela qualidade do roteiro (Choi Ran-I, Iljimae), ou pela produção cinematográfica, sob a direção de Lee Dong-hoon (diretor de dramas românticos), em seu primeiro trabalho no gênero de ação.

 A segunda oferta da SBS TV no gênero de ação é Three Days, uma estória que se passa, como entrega o título, em apenas três dias. O agente do serviço secreto Han Tae-kyeong (Park Yoochun) tem apenas três dias para encontrar os responsáveis pelo atentado contra a vida do presidente da Coréia. Para isso, ele contará com a ajuda de duas belas mulheres, a policial Yoon Bo-won (Park Ha-seon, do drama Two Weeks) e a agente Lee Cha-yeong (So I-hyeon, de Who Are You).


Assim como God´s Gift, Three Days é uma superprodução, com direção e fotografia cinematográficas, e com elenco estelar. E quem conhece a veterana roteirista (embora ainda jovem) Kim Eun-hee-I, sabe que ela é craque no gênero suspense (vide Ghost e Sign).

Three Days é imperdível para quem é fã do ídolo pop e ator Park (Micky) Yoochun (Missing You), ou simplesmente curte um bom thriller.

Finalizando, mais um drama que deve atrair os amantes do suspense é Gap-dong, que deve estrear no dia 11 de Abril (sextas e sábados, na tvN, no lugar de Emergency Couple). Gap-dong é baseado na estória real da caça a um serial killer que aterrorizou o interior da Coréia nos anos 80 (os chamados “Assassinatos de Hwa-seong”), e que nunca foi preso. Enquanto o filme Memories of Murder (2003), do aclamado diretor Bong Joo-ho, retratava os fatos da época, o drama Gap-dong se passa nos dias atuais, quando o detetive Ha moo-yeom (Yoon Sang-hyeon) resolve reabrir os arquivos dos antigos assassinatos, em busca da redenção do pai, falsamente incriminado na época. O drama deverá ter um total de 16 episódios.


Tem mais: Não deixe de conferir Witch´s Romance (com Uhm Jung-hwa), Triangle (com o cantor Kim Jae-joong), It´s Ok, It´s Love (com Kong Hyo-jin e Jo In-sung) e Hotel King (com Lee Dong-wook e Lee Dae-hae, par romântico prévio em My Girl). Tem diversão e bons dramas para todos os gostos. Mal posso esperar! E vocês, algum palpite sobre quais são, ou serão, os melhores dramas de 2014?
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