Título
Alternativo: Goong
País:
Coréia do SulGênero: Romance, Drama
Produção: MBC
Duração: 24 episódios
Direção: Hwang In-roi
Roteiro: In Eun-ah, baseado no manhwa de Park So-hee
Elenco: Yoon Eun-hye, Joo Ji-hoon, Kim Jeong-hoon, Song Ji-hyo
Resumo
O
que acontece quando uma simples adolescente é obrigada a casar-se com um príncipe
herdeiro? Chae-kyeong e Lee Shin veem seus sonhos de juventude desvanecer-se em
nome da sucessão do trono e da preservação da tradição real... Haverá um final
feliz, como nos contos de fadas, para o jovem casal?
Comentário
(com spoilers)
Princess Hours (ou Goong – Palácio) cria um universo
alternativo no qual a Coréia moderna é uma monarquia constitucional, semelhante
a reinados europeus atuais. A monarquia segue em paz, mas a preocupação com a saúde
frágil do rei Lee Hyeon faz com que os planos sucessórios sejam apressados. E a
primeira providência é casar o príncipe Lee Shin (Joo Ji-hoon), para garantir
que ele herde a coroa. Mas quem seria a melhor candidata a princesa herdeira?
Ao contrário das expectativas populares, a eleita não é uma jovem de sangue
azul, nem mesmo a filha de algum magnata... A escolhida é Shin Chae-kyeong (Yoon Eun-hye), estudante do ensino médio, que mora com o pai, desempregado, a mãe,
corretora de seguros, e o irmão caçula.
Tudo
começou há muitos anos, quando o então rei, o avô do príncipe Lee Shin, nutria
uma amizade profunda por seu secretário pessoal, o avô de Chae-kyeong. Como
forma de gratidão, o rei prometeu dar a mão em casamento de seu futuro neto
herdeiro à neta do secretário. Assim, por causa deste antigo pacto, Chae-kyeong
se transforma em uma cinderela moderna, mesmo que a contragosto. Sim, pois Chae-kyeong
conhece muito bem o príncipe Shin, seu colega de escola, e, apesar de achá-lo
bonito (como todas as meninas da escola) não tem ilusões românticas sobre ele. Chae-kyeong
inclusive flagrou uma conversa em que o príncipe declarava seu amor e pedia em
casamento a colega de aula, Min Hyo-rin (Song Ji-hyo). Hyo-rin não leva a sério
a proposta de Lee Shin, e sugere que eles esperem até a conclusão dos estudos
universitários para pensar em casamento.
Quando
Lee Shin é informado sobre os planos da realeza de casá-lo com uma plebeia,
obviamente fica contrariado, mas resolve aceitar seu destino. Chae-kyeong, por
outro lado, fica chocada e revoltada com a possibilidade de um casamento
arranjado, ainda mais sabendo que seu futuro noivo gosta de outra garota. Mesmo
conscientes de que a filha é jovem demais para assumir um compromisso tão
sério, os pais de Chae-kyeong se veem impelidos a entregar sua mão em
casamento, em troca da quitação de uma dívida que pode deixá-los sem ter onde
morar. É um gesto nada nobre da parte da família Shin, obrigar a filha
adolescente a casar-se com um estranho, mas, por outro lado, eles a amam e
pensam estar fazendo o melhor para o futuro dela. É claro que nós estamos
falando de um drama romântico, e que na vida real existem muitos casos de
princesas infelizes com casamentos arranjados.
Finalmente
Shin Chae-kyeong e Lee Shin se casam, com pompa e circunstância, e vão viver no
palácio. Chae-kyeong tem dificuldade em adaptar-se à disciplina rígida da
corte, sem contar com o aborrecimento de incontáveis aulas de etiqueta e tudo
que envolve a tradição milenar coreana. O temperamento alegre e extrovertido de
Chae-kyeong contrasta com o de seu jovem marido, sério e às vezes melancólico.
No entanto, o tempo e a convivência teriam o poder de fazer este casal jovem e
bonito se apaixonar... Se não fosse pela súbita aparição de dois personagens
dispostos a interferir na felicidade do casal.
Até
a morte do pai, o rei Lee Soo, Lee Yool (Kim Jeong-hoon) era o príncipe herdeiro.
Quando Lee Soo falece em um acidente de carro, o trono é transferido para o
irmão, Lee Hyeon, e o filho deste, Lee Shin, passa a ser o primeiro na sucessão
da coroa. E com isso Lee Yool e sua mãe, Hye Jung-goong (Shim Hye-jin), são
obrigados a deixar o palácio e exilar-se na Inglaterra. Mas a mãe de Yool nunca
se conformou com este destino, e volta à Coréia com a intenção de restaurar o
título do filho de príncipe herdeiro. Só que os planos ambiciosos de Hye Jung-goong
se veem ameaçados quando o filho se apaixona pela princesa Shin Chae-kyeong.
Pode-se
dizer que Princess Hours é um melodrama disfarçado de comédia romântica
adolescente. Isto porque, apesar de alguns momentos divertidos, sempre
protagonizados pela ‘princesa rebelde’ Chae-kyeong, o clima melancólico e o ritmo lento dos melodramas predomina. Para evitar
a decepção dos que esperam assistir uma comédia romântica bem levinha, é bom
avisar: muitas lágrimas são derramadas, muitos corações são partidos e muitas
traições são arquitetadas dentro do palácio.
Mas, então, vale a pena investir
seu tempo nos longos 24 episódios deste drama? Sim, por vários motivos, sendo o
principal, o adorável casal Yoon
Eun-hye e Joo Ji-hoon. Para os fãs de Yoon Eun-hye (Lie to Me, Missing You) é impossível perder mais uma
atuação fantástica da atriz, aqui em início de carreira, mas já em pleno
domínio de seu personagem. Carisma, encanto e naturalidade são apenas algumas
das qualidades desta bela atriz. E o que podemos dizer Joo Ji-hoon (The Devil, Medical Top Team), que com seus 1,87 m de altura, e sua beleza
altiva, nasceu para ser príncipe. Joo Ji-hoon encara um papel principal, mesmo
inexperiente (Goong é seu primeiro trabalho
como ator profissional) com uma naturalidade impressionante. E o príncipe Shin
não é um personagem tão fácil quanto parece, pois seu caráter melancólico e
muitas vezes frio e ríspido poderia despertar antipatia, se interpretado pelo
ator errado.
Princess Hours é uma adaptação para a TV de uma
HQ digital coreana (manhwa) e talvez isto explique, embora não justifique o
caráter unidimensional da maioria dos personagens. Sinceramente, tenho grandes
restrições ao trabalho da roteirista deste drama. In Eun-ah não tem uma carreira das
mais brilhantes, e o fato de Princess Hours ser seu maior sucesso até hoje
não conta muito a seu favor. Em seu último trabalho, o drama Marry Me, Mary! (2010), a audiência
despencou, e ela acabou sendo afastada, e substituída pela roteirista Go
Bong Hwang.
Nas
mãos de um roteirista mais hábil e experiente, personagens secundários como Hyo-rin,
o primeiro amor de Lee Shin, ou o príncipe Yool poderiam ter sido melhor
aproveitados, ao invés de se tornarem meros empecilhos para o amor do casal
central. A bailarina Hyo-rin é consistentemente chata ao longo de todo o drama,
mas o príncipe Yool, lamentavelmente, passa de adorável a intragável, para
decepção de quem torceu por um final feliz para o rapaz. Antes ele tivesse
encarnado um grande vilão, do que aguentar seu ar constante de vítima. O
personagem do príncipe Yool deveria ser o oposto de seu primo Lee Shin... Yool deveria
ser alegre, descontraído, charmoso... E ele até apresenta algum espírito a
princípio, quando faz amizade com Chae-kyeong na escola. Mas, quanto se
apaixona por ela, seu comportamento se torna cada vez mais imaturo e vingativo.
Meus parabéns à roteirista por ter conseguido criar um caso raro de interesse
romântico secundário que não desperta simpatia alguma da audiência. Coitadinho
do Kim Jeong-hoon, mas sua atuação fraquinha também não ajudou em nada... Mas
para ser justa com Kim Jeong-hoon, eu gostei bastante de seu papel no drama I Need Romance.
Se Princess Hours pudesse ser refeito como
uma comédia romântica, centrada na encantadora Chae-kyeong e seu dilema de
cinderela moderna, seria simplesmente perfeito. Mesmo assim, o drama foi um
mega sucesso de audiência, e tornou-se um clássico, lembrado até hoje por quem
acompanhou o romance entre o príncipe Lee Shin e a plebeia Chae-kyeong.
Oi Alayana,
ResponderExcluireu também queria ver a Yoon Eun-hye em uma boa comédia romântica, mas há uma grande chance de ela estar no melodrama da SBS "Temptation", como esposa de Kwon Sang-woo. Sinceramente, não gostei da notícia...
Obrigada por seu divertido depoimento sobre Goong, um drama encantador, né? Pena que a planejada continuação nunca aconteceu... E para quem não sabe, "Goong S" não é uma continuação, mas uma nova estória sobre um reinado fictício.
bjs,
Sam.
Desde que vi a Eun Hye em Coffe Prince virei fã e comecei a ver todos os trabalhos dela, ainda tá na minha lista Hong e I miss you.
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