março 29, 2012

As Mulheres Poderosas do Drama Japonês

Quem gosta de assistir dramas coreanos ou japoneses, sabe que a variedade é enorme, e às vezes é complicado eleger aqueles a serem vistos a cada nova temporada. Embora eu me interesse pelos gêneros os mais variados (drama, policial, comédia, etc.), é claro que, como mulher, os dramas que tem uma ou mais mulheres como personagens principais, sempre chamam mais a minha atenção. E pensando em todos os dramas com temática feminina que já vi, concluí que os dramas japoneses são os que melhor retratam a vida das mulheres de hoje. Não que os dramas coreanos não tenham ótimos exemplos do gênero, mas tem um machismo muito presente em todas as estórias, sem falar no complexo de cinderela de muitas heroínas... Mas esse assunto fica para outra oportunidade, pois dessa vez eu gostaria de falar sobre algumas personagens especiais que já habitaram o mundo do drama japonês, e que nunca serão esquecidas.

A mulher do drama nipônico é cosmopolita, culta, educada, independente e... solteira. Embora familiares, amigos e colegas encarem a condição dela (de solteira) como uma espécie de limbo social, ela sofre em silêncio essa pressão diária. Obviamente ela quer encontrar o amor, mas ela também quer ter reconhecimento e sucesso profissional, igual a qualquer colega homem.
Mas, vamos deixar que essas damas se apresentem pessoalmente:

Amami Yuki, drama BOSS

Osawa Eriko

Meu nome é Osawa Eriko, chefe de uma nova unidade da polícia metropolitana de Tóquio, especializada em crimes hediondos. Depois de alguns anos de treinamento com o FBI, fui convidada a voltar ao meu país. No começo, fiquei entusiasmada com a ideia, mas ao ver que a equipe designada a mim é na verdade um bando de ‘rejeitados’ dos quadros policiais, comecei a desconfiar ter caído em uma armadilha. Qual é o propósito dos meus chefes? Não estou certa, mas não vou deixar de fazer bem o meu trabalho e provar a eles que sou capaz. Um ‘probleminha’ com um ex-namorado é que me fez ser despachada para o exterior, mas eu aprendi minha lição. Mas, só aqui entre nós, garotas… tenho um fraco por homens em uniforme. Ah, e os detetives sob o meu comando insistem em me chamar de “Boss”.

Meu lema: “Numa cena de crime sangrenta, é maior o motivo para não perder a elegância”.

Kanno Miho, drama "Hataraki Man"

Matsukata Hiroko

Olá, meu nome é Matsukata Hiroko, 28 anos, mais conhecida entre meus colegas como “hataraki man” (homem trabalhador). É, um apelido nada lisonjeiro, só porque sou uma profissional dedicada ao meu ofício, e por isso não tenho tempo para me envolver num romance sério. Acontece que não é fácil trabalhar como editora em uma revista semanal, correr atrás de notícias ‘quentes’, aguentar a pressão do chefe e a ‘moleza’ de certos colegas. Meu sonho é subir na carreira e ser editora-chefe, se possível de uma revista séria, e não no tabloide vulgar em trabalho há anos.

Meu lema: “Abaixo o machismo!”.

Shinohara Ryoko, drama "Anego"

Noda Naoko

Prazer em conhecê-los, meu nome é Naoko, trabalho há muitos anos como secretária executiva de uma grande empresa de exportação. Tenho muito orgulho do meu trabalho, e trato meus colegas com muito carinho e atenção. Não gosto muito que eles me chamem algumas vezes de ‘anego’, mas é porque sou como uma irmã mais velha para todos, ajudando quando eles têm dificuldades, ouvindo seus problemas pessoais, etc. Tenho de admitir que às vezes me sinto um tanto solitária... Minha obsessão em estar sempre tentando resolver os problemas dos outros, acaba prejudicando tanto minha vida pessoal como minha carreira profissional. E o fato de, repentinamente, aparecerem dois homens completamente diferentes (e interessantes) no meu caminho, tornou tudo ainda mais confuso. O caminho da felicidade às vezes é cheio de curvas e desvios, e fica complicado escolher qual é o certo.

Meu lema: “O príncipe encantado existe, só que ele já é casado”.

Matsuyuki Yasuko, drama "Perfect Report"

Aoyama Kana

Eu realmente não gosto de falar sobre mim mesma, mas se querem saber, sou Aoyama Kana, tenho 38 anos, e trabalho como repórter de TV, para o canal CTN. As pessoas confundem minha paixão pela busca da verdade, com teimosia e inflexibilidade. Identifico-me muito com a chefe de polícia Osawa Eriko, pois, após 15 anos de trabalho duro, fui jogada no porão do prédio da emissora de TV, junto com um grupo de repórteres de segunda linha. Um horror, pois tenho de resolver tudo sozinha, e ainda me acusam de ser mal educada e rebelde.  Mas os meus chefes não contavam com minha determinação em ir fundo nas estórias, custe o que custar! Muitas mulheres gostariam de saber como eu consigo passar a noite dormindo no sofá do escritório, só comer porcarias, e mesmo assim estar sempre linda… Mas isso é segredo!

Meu lema: “A reportagem perfeita é aquela que revela apenas a verdade absoluta”.

Karina, drama "Real Clothes"

Amano Kinue

Até pouco tempo atrás, eu me apresentaria como a Srta. Amano Kinue, uma simples funcionária de uma grande loja de departamentos de Tóquio. Mas as coisas mudaram radicalmente nos últimos meses. Desde que fui transferida para a seção de moda feminina da loja, passei a prestar mais atenção à minha aparência, e a como os outros me veem. Mas o mais importante foi ver que há muitas coisas diferentes e pessoas interessantes no mundo, nas quais eu nunca tinha reparado. Se os desafios são grandes, as oportunidades são ainda maiores!

Meu lema: “Sua aparência externa diz quem você é”.

março 27, 2012

Sign (Episódio 2)


Recap (spoilers!)

No episódio anterior, vimos o Dr. Yoon ‘roubar’ o cadáver do vocalista da banda Voice, e realizar uma autópsia às pressas, antes que o Dr. Lee Myeong-han e a promotora Jeong pudessem impedi-lo. Quando finalmente conseguem entrar na sala, o Dr. Yoon está pronto para revelar a causa da morte: homicídio. Aparentemente, o jovem cantor Seo Yoon-hyung foi sufocado até a morte.


Enquanto isso, a promotora Jeong recebe um telefonema com a notícia de que alguém já confessou a autoria do crime na delegacia de polícia. É Lee Soo-jung, a maquiadora do VOICE. Ela diz que o matou por envenenamento.

O Dr. Yoon fica surpreso e afirma que é impossível que o músico tenha sido envenenado, pois a autópsia revela que a causa da morte foi mesmo sufocamento.

A promotoria consegue um mandado para recolher o cadáver de Seo Yoon-hyung, bem como todo o material colhido durante a autópsia, e o caso e retirado das mãos do instituto forense (SNF).


A perita Go Da-kyeong não se conforma por terem perdido o caso e resolve voltar à cena do crime para investigar, quando encontra o Dr. Yoon examinando as fitas de vídeo das câmeras de segurança. Os dois passam a noite examinando uma centena de imagens, em busca de alguma pista da identidade do criminoso.



É então que eles reparam numa mulher misteriosa presente nas imagens, carregando o que parece ser uma almofada azul, dentro de uma sacola (o Dr. Yoon havia encontrado fibras azuis na traqueia de Seo Yoon-hyung, ao fazer a autópsia).


Entretanto eles acabam frustrados por não conseguir descobrir a identidade da suspeita, e muito menos qualquer rastro da tal almofada.


No dia seguinte o Dr. Lee Myeong-han reúne a imprensa para confirmar que a causa da morte de Seo Yoon-hyung foi envenenamento ( e não sufocamento, como havia concluído o Dr. Yoon).


Enquanto isso, o detetive de polícia Choi I-han também realiza uma investigação paralela do caso, e leva para a promotora Jeong documentos comprovando que a família da jovem que se entregou como assassina do cantor Seo recebeu uma grande quantia em dinheiro de um político influente.


Jeong corre para falar com o chefe da promotoria, e ele não parece surpreso com o fato e adverte que pode ser perigoso ela se envolver com gente tão poderosa e influente. Ela fica obviamente chocada.


O Dr. Yoon é obrigado a passar pela sabatina de um comitê disciplinar, e ele reafirma sua tese de que a sua autópsia é que teve o resultado correto. Os especialistas forenses julgando a causa concordam que se realize uma nova autópsia, para descobrir quem tem razão, o Dr. Yoon, ou o Dr. Lee.

Isso definitivamente não é um 'bromance'!
Em outra parte da cidade, Go Da-kyeong vai até a casa do seu chefe, que acaba de se aposentar como perito, e faz uma descoberta chocante...


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Observação importante: "Esse não é um site do tipo 'fansub'. Todas as legendas traduzidas por esse blog foram feitas para consumo pessoal (para encaminhar a amigos e familiares) e são divulgadas aqui como cortesia. Portanto, não serão aceitos pedidos (de títulos de dramas ou filmes), sugestões (de formato de vídeo, etc.) ou reclamações (sobre atrasos, formato de arquivos, etc.). Por favor, peço a sua consideração e respeito, pois muitas horas de lazer e descanso são perdidas na realização dessas traduções.

março 26, 2012

Horan (cantora)


Photo-by-Lee-Sang-yeol
Mais conhecida como vocalista do trio sul coreano Clazziquai Project, banda que experimenta vários gêneros musicais, como música eletrônica, acid jazz e bossa nova.

Horan também segue com projetos paralelos, com sua banda IBADI, com trabalhos musicais solo, e com uma tímida carreira de atriz.

Nascida Choi Sujin, em 1979, é formada em Psicologia, pela Universidade de Yonsei.


Em entrevista recente ao The Yonsei Annals, Horan, contou que sonhava ser cantora desde a adolescência. Aconselhada pelos pais, resolveu seguir com os estudos acadêmicos, mas a partir do segundo semestre universitário ela, que já vinha recebendo várias ofertas de contrato de gravadoras, resolveu seguir de vez a carreira musical.

No ano de 2001, Alex e o DJ Clazzi (Mr. Clazziquai) fundaram o Clazziquai Project, no Canadá. Quando surgiu a primeira oportunidade de gravar um álbum, é que Horan entrou no projeto. Ela credita todo o mérito de levar a música eletrônica sofisticada para a Coréia do Sul ao DJ Clazzi. Horan descreve sua contribuição como a de “um instrumento dentro do Clazziquai, tentando expressar bem a música eletrônica”.

Alex, DJ Clazzi, Horan

A cantora adotou o nome Horan desde que debutou como artista, e diz que a mudança foi uma forma de “simbolizar uma mudança de identidade em minha nova vida e um ponto de virada na carreira musical”.

Quanto ao Clazziquai, segundo ela, um novo álbum deve sair no final desse ano de 2012. Enquanto isso, Horan prepara um novo disco com seu projeto musical paralelo, o IBADI.

IBADI




Horan conta que também está trabalhando em um livro, chamado “Horan´s Da Capo”. Ela explica que ‘da capo’ é um termo musical especial que significa ‘voltar ao princípio’. O livro é uma coletânea de artigos que ela vem escrevendo para a revista masculina Men´s Health coreana, numa coluna intitulada Walk Between the Lines. Estes artigos consistem de ensaios e estórias sobre a indústria da música.

Horan, ao contrário de seu parceiro musical Alex (Pasta, drama, 2010), não tem se aventurado com seriedade na carreira de atriz, apesar de uma estreia promissora no drama Call of the Country (2010). Depois disso ela fez pequenas participações especiais (a maioria como ela mesma) na TV, como nos dramas All About Marriage (2010), The Greatest Love (2011), e no filme Always (2012), num duo com Alex, cantando a música tema Blooming Flowers. Fazia três anos que os dois não subiam ao palco juntos. Foi uma alegria para quem é fã, matar a saudade desse casal tão lindo e talentoso!

Alex e Horan

Uma curiosidade: é óbvia e reconhecida a influência da bossa nova em alguns dos álbuns do Clazziquai... E isso fica mais do que claro em uma cena do drama Call of the Country, quando o personagem interpretado por Horan (a agente de polícia Choi Eun-seo) comenta com o ator Kim Sang-kyeong (como o agente Go Jin-hyeok) que seu músico favorito é João Gilberto!? (ele mesmo, o pai da bossa nova).

Call of the Country, drama

Para ouvir Horan: álbum "Color Your Soul" (Clazziquai, 2005); single "Solitude" (Ibadi - Brain OST, 2012).




Para ver Horan, atriz: Call of the Country (2010), como a agente Choi Eun-seo.

março 24, 2012

Sign (Episódio 1)


Recap (spoilers!)

O primeiro episódio de Sign começa, na verdade, pelo clímax do final do mesmo episódio. Estranho? Um pouco, mas ao longo desse primeiro capítulo vamos entendendo como (e por que) o nosso herói, o Dr. Yoon Ji-hoon, se meteu em tal confusão. Mas vamos pular essa introdução, por enquanto.


A estória começa mesmo em um estádio lotado de fãs esperando ansiosamente pela apresentação da ‘boy band’ VOICE. Após o show, o grupo vai para os bastidores preparar-se para o biz, só que na volta ao palco, o vocalista principal, Seo Yoon-hyung, não aparece. Minutos depois, ele é encontrado morto em seu camarim.

A perita Go Da-kyeong e a promotora Jeong Woo-jin

A polícia e a promotoria são chamadas, e o local fica caótico, com a presença das fãs enlouquecidas e da imprensa. A promotora pública, Jeong Woo-jin, chega ao local para comandar a investigação do incidente.


Na cena do suposto crime, a promotora Jeong conhece o detetive de polícia Choi I-han, e não fica nada impressionada com o visual de roqueiro do rapaz, que tenta acalmá-la quando ficam sabendo que uma das provas principais, uma fita de vídeo da vigilância, desapareceu.


Enquanto isso, o Dr. Lee Myeong-han está dando um parecer sobre a causa da morte de um operário, diante de um grupo de parlamentares, quando surge o Dr. Yoon, para rebater e oferecer um laudo completamente oposto sobre o caso. Os dois se conhecem há anos e, obviamente, são rivais.


No instituto forense, a perita Go Da-kyeong está entusiasmada por finalmente poder conhecer o famoso médico legista Dr. Yoon Ji-hoon. Mas fica profundamente decepcionada com o modo pouco amigável com que o médico recebe seu relatório sobre a morte do cantor Seo Yoon-hyung, enchendo de críticas o trabalho realizado por ela e por seu chefe.

Ups! Corpo errado...

O diretor do instituto forense, o Dr. Jeong Byeong-do, havia designado o Dr. Yoon para realizar a autópsia do jovem Seo Yoon-hyung, mas acaba sofrendo pressão de um advogado influente e da promotoria, para passar o exame para outra pessoa. Essa pessoa é o ambicioso Dr. Lee Myeong-han.


Ao ficar sabendo que não vai poder fazer a autópsia, o Dr. Yoon fica desconfiado de que exista um complô para esconder a causa da morte do músico e resolve agir. Ele ‘rouba’ o corpo e se tranca em uma sala para realizar por conta própria a autópsia, para surpresa e ira do Dr. Lee e da promotora Jeong.


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março 23, 2012

SIGN (drama, 2011)


País: Coréia do Sul
Gênero: drama, suspense, policial
Duração: 20 episódios
Produção: SBS TV

Direção: Jang Hang-joon, Kim Hyeong-sik, Kim Yeong-min-I
Roteiro: Kim Eun-hee

Elenco: Park Shin-yang, Kim Ah-joong, Eom Ji-won, Jeong Kyeo-woon, Jeon Kwang-ryeol, Song Jae-ho.

Comentário (alguns spoilers)

Sign é um drama policial que retrata o trabalho de médicos legistas, no principal instituto de ciências forenses da Coréia do Sul. Em conjunto com a polícia e a promotoria, estes cientistas brilhantes conseguem desvendar os crimes mais complexos e prender os assassinos mais perigosos.

O Dr. Yoon Ji-hoon (Park Shin-yang) é um médico legista dedicado ao ofício, e um profissional altamente respeitado. No entanto, sua obsessão pelo trabalho o tornou uma pessoa solitária, e o fez ganhar a antipatia da maioria dos colegas... Com exceção do chefe do instituto forense, o Dr. Jeong Byeong-do (Song Jae-ho) que o apoiou desde a adolescência, quando ele ficou órfão.


Go Da-kyeong (Kim Ah-joong) é uma jovem que se formou em medicina, mas que seguiu a carreira de perita criminal. Ao conhecer o Dr. Yoon Ji-hoon sua vida sofre uma grande reviravolta e ela passa para a medicina forense. Ela é uma jovem honesta, com fortes laços familiares - entusiasmada com a profissão de médica forense – e uma grande fã do Dr. Yoon.


Jeong Woo-jin (Eom Ji-won) é uma promotora pública inteligente, ambiciosa, e que batalhou muito para subir na carreira. Anos atrás, sua ambição a fez romper o noivado com o Dr. Yoon Ji-hoon, ao suspeitar que ele pudesse atrapalhar a sua ascensão ao poder.


Choi I-han (Jeong Kyeo-woon) é um jovem detetive de polícia, dedicado, mas um tanto rebelde e impetuoso, o que o fez ser punido por indisciplina inúmeras vezes. Seu pai é um homem poderoso, mas ele faz questão de manter o fato em segredo e nunca se aproveitou dessas conexões potencialmente vantajosas.


O Dr. Lee Myeong-han (Jeon Kwang-ryeol) é um médico legista proeminente, ex-colega do Dr. Jeong Byeong-do, e que vai fazer de tudo para assumir o posto dele no instituto forense. Ele entra em choque direto com o Dr. Yoon, ao colocar a ambição política acima da ética profissional, fato inaceitável para este último.


Sign tem um enredo que mistura suspense, drama policial, e a trama principal é intercalada com outras estórias (crimes) paralelas. Assim, apesar dos personagens seguirem adiante movidos por um grande mistério a ser resolvido, outros crimes intrigantes surgem no seu caminho, gerando um suspense constante a cada episódio.

Os personagens são muito interessantes e, felizmente, apesar de muitas tragédias pessoais e crimes cruéis, há espaço para um pouco de comédia e romance. O ator Park Shin-yang, tem uma tarefa árdua ao compor o Dr. Yoon, um personagem pouco simpático, embora extremamente honesto. É interessante que, somente ao acabar de ver o último episódio desse drama é que pude entender (e apreciar totalmente) do porque de ele ter escolhido dar aquele tom e intensidade peculiar ao personagem do Dr. Yoon. Quem só viu Park Shin-yang em papéis de galã, como no romance Lovers in Paris, precisa vê-lo no drama ‘saeguk’ Painter of the Wind para admirá-lo totalmente como ator... É inesquecível a atuação dele nesse drama que, por sinal, é belíssimo.

O contraponto ao Dr. Yoon é a descontraída e alegre Dra. Da-kyeong, a queridíssima atriz Kim Ah-joong, que brilhou no filme 200 Pounds Beauty, e que tem sido muito mal aproveitada em Hallyu.

A sempre delicada Eom Ji-won  consegue surpreender positivamente no papel da promotora durona Jeong Woo-jin (bem diferente de papéis anteriores, como o da romântica Jeong Da-jeong, no drama The Woman Who Still Wants to Marry). Mas mesmo em Sign ela deixa escapar sua veia cômica em algumas cenas, para sorte nossa! Aliás, surpreende também a boa conexão dela com o ator Jeong Kyeo-woon. Os dois formam um casal, em princípio improvável, mas no final, adorável.

março 19, 2012

Hungry! (drama, 2012)


No final do ano passado eu já havia lido com grande interesse sobre a estreia do drama Hungry!. E minha curiosidade foi despertada por dois motivos principais: o elenco e o tema. O tema: gastronomia. Tudo bem que é um assunto que parece saturado para alguns, de tantas produções que surgiram sobre cozinheiros, restaurantes, enologia, etc, nos últimos tempos. Azar para quem não gosta, pois eu adoro a temática gastronômica (embora às vezes seja quase uma tortura ver tantas delícias desfilando pela telinha). E por falar em delícia... O elenco de Hungry! é uma maravilha. Atores (/músicos) da melhor qualidade; uma garotada muito talentosa e divertida.
Assista o primeiro episódio, e vai ser fisgado de cara!

Título (em inglês): Hungry!
Formato: Renzoku
Gênero: comédia, romance, gastronomia
Duração: 11 episódios
Produção: Fuji TV

Roteiro: Omori Mika
Direção: Motohashi Keita, Shiraki Keiichiro, Kiuchi Taketo

Música: Ohashi Torio
Música tema: Rock me Baby (The Bawdies)
Trilha: Mayonaka no Hidamari (Yasuta Nao); HUNGRY (The Bawdies)

Comentário

Mukai Osamu é Yamate Eisuke, um ex-baixista de uma banda de rock que desiste de seu sonho de ser músico para dar continuidade a uma tradição familiar, a administração de um restaurante de culinária francesa.

Kuninaka Ryoko é Tachibana Maria, a namorada mais velha de Eisuke, que trabalha em um banco. Ela fica chocada ao descobrir que ele abandonou sua (fracassada) carreira musical para dedicar-se ao restaurante, e fica insegura quanto ao relacionamento dos dois. Isso é o que diz a sinopse, mas não vejo o porquê de ela não querer que ele siga a carreira gastronômica, já que Eisuke fez curso de ‘chef’ e, como músico, não conseguiu decolar após 15 anos de tentativas fracassadas.

Takimoto Miori é Okusu Chie, uma estudante universitária de 20 anos cuja família de agricultores fornece os vegetais para o restaurante ‘Le Petit Chou’ de Eisuke. Embora a primeira impressão dela sobre o Eisuke ‘roqueiro’ não seja das melhores, ela acaba se apaixonando pelo Eisuke ‘Chef’, ao provar seus pratos deliciosos.

E, obviamente, o triângulo amoroso entre Eisuke e as duas jovens acaba sendo inevitável.


Inagaki Goro (do veterano grupo musical SMAP) interpreta o empresário Tokio, um afetadíssimo dono de uma cadeia de restaurantes franceses, que compra o restaurante da mãe de Eisuke, tornando-se rival do jovem no disputado mundo da culinária.

Eisuke leva para trabalhar em seu novo restaurante os amigos e ex-membros de sua banda de rock Rockhead. São eles Tsukamoto Takashi, como o guitarrista Sumiyoshi Kenta (o mais calmo e centrado do grupo), Miura Shohei, como o vocalista temperamental Hiratsuka Taku e Kawabata Kaname (do Chemistry), como o baterista Fujisawa Tsuyoshi.

Mukai Osamu (1982) atuou em inúmeros dramas, como Nodame Cantabile (2006, como Kikuchi Toru), Shinzanmono (2010), e no filme Paradise Kiss (2011) entre muitos outros.


Tsukamoto Takashi (ator, cantor, 1982), um de meus atores favoritos da nova geração, aparece em dramas (os que vi com ele) como Natsu no Koi wa Nijiiro no Kagayaku (Fuji TV, 2010, ep6), Magerarenai Onna (NTV, 2010) e no filme Midnight Sun (2006), filme este, por sinal, altamente recomendável.

Outro que adoro, desde que o vi em Hanazakari no Kimitachi (2011) é o queridíssimo Miura Shohei (1988).


Curiosidade: o drama Hungry! parece ter se inspirado (muito) no filme alemão Soul Kitchen (2009), de Fatih Akin.

março 18, 2012

Always (filme, 2011)


País: Coréia do Sul
Gênero: drama, romance
Duração: 108min.

Direção: Song Il-gon
Roteiro: Roh Hong-jin, Song Il-gon

Elenco: So Ji-sub, Han Hyo-joo, Kang Shin-il, Park Cheol-min, Yoon Jong-hwa, Oh Kwang-rok, Kim Mi-keong

Comentário (spoilers mínimos)

A estória do encontro (predestinado) entre o ex-boxeador Cheol-min (So Ji-sub) e a atendente de telemarketing Jeong-hwa (Han Hyo-joo). Cheol-min é um homem que passou boa parte de sua vida na solidão, desde a infância em um orfanato, até o repentino final de uma carreira de sucesso como atleta. Ao se afastar do mundo do boxe ele escolhe uma vida de isolamento e alienação. Isso até conhecer Jeong-hwa, uma jovem que também tem sua cota de sofrimento na vida, mas que é sempre amável e aberta com próximo. Anos atrás, um trágico acidente de carro fez Jeong-hwa perder os pais e ficar cega. Órfã e sem recursos, ela teve de abandonar a universidade para se sustentar. Ao conquistar o coração do arredio Cheol-min, ela dá um novo sentido à vida dele. Ele volta a lutar, ela sonha em voltar a trabalhar com cerâmica... E a vida deles segue numa felicidade jamais imaginada... Até que uma revelação chocante do passado ameaça separá-los para sempre.


Always é um melodrama no sentido mais clássico da palavra. No entanto, apesar de todos os clichês, a direção pouco convencional e a produção esmerada fazem de Always um filme diferenciado. O diretor e roteirista Song Il-gon, até então mais conhecido por trabalhos mais ‘cult’, como The Magicians (2005), segue por uma via mais ‘comercial’ em Always, mas sem deixar de lado a preocupação em desenvolver um produto de qualidade. O resultado é um filme de acabamento primoroso, muito agradável mesmo de se ver.


Os atores So Ji-sub e Han Hyo-joo formam um par belíssimo e ambos desenvolvem seus personagens com segurança e muita sensibilidade. Se falta um pouco mais de ‘pimenta’ nas cenas entre os amantes, deve ter sido por escolha do diretor (e roteirista), que optou por um clima mais etéreo e romântico. E se o filme apresenta mais de uma coincidência que parecem um tanto forçadas e até mesmo desnecessárias, isso não chega a arruinar o desenvolvimento do drama. Assim, Always pode ser recomendado como um belo drama romântico, a ser assistido com grande prazer.

Quem é Quem...

Han Hyo-joo, atriz (1987): Dong Yi (drama, 2010), Postman to Heaven (filme, 2009).


So Ji-sub, ator, cantor (1977): Ghost (drama, 2012), Caim and Abel (filme, 2008), Sorry I Love You (drama, 2004).


Kang Shin-il, ator (1960): Lie to Me (drama, 2011), Fermentation Family (drama, 2012).

Park Cheol-min, ator (1967): Beethoven Virus (drama, 2008), Cyrano Agency (filme, 2010)

Uma cena muito bacana do filme é quando o casal vai ao show de Horan e Alex (Clazziquai):


Trailer Musical:

março 14, 2012

When It´s at Night (drama, 2008)


País: Coréia do Sul
Gênero: comédia, romance, drama
Duração: 17 episódios
Produção: MBC

Direção: Son Hyeong-seok
Roteiro: Kim Eun-hee, Yoon Eun-kyeong

Elenco: Kim Seon-ah, Lee Dong-geon, Lee Joo-hyeon, Kim Jeong-hwa, Park Ki-woong.

Resumo

O relacionamento conflituoso entre uma funcionária de um museu e um professor de arqueologia, e que têm em comum o desejo de descobrir antiguidades coreanas, mas com motivações bem diversas.

Ladrões 'profissionais' de antiguidades, que sabem diferenciar de longe uma cerâmica Goryeo de uma cerâmica falsa... Detetives de polícia especializados em perseguir esses ladrões espertinhos... E há ainda os funcionários públicos que dedicam suas vidas à procura dos ladrões de sítios arqueológicos, por puro patriotismo... Essas pessoas estão envolvidas com a herança cultural e, ao mesmo tempo, com os altos e baixos de suas vidas pessoais.

Comentário

Um dos dramas prediletos dessa casa, logo atrás de The City Hall, e não por acaso, estrelado pela mesma Kim Seon-ah, When It´s at Night é pura diversão.

Romance sempre é bom, e se for acompanhado de muita comédia, alguma dose de ação e uma pitada de drama – é a fórmula ideal, presente do início ao fim em When It´s at Night.

O cenário deste drama é a ‘Administração de Herança Cultural da Coréia do Sul’ e o museu anexo que abriga as obras de arte antiga do país. Os personagens são os funcionários da instituição, responsáveis pelo zelo do patrimônio histórico-cultural e pela investigação dos crimes contra esse patrimônio. Na periferia, estão os ‘inimigos’, os ladrões de obras de arte, os intermediários (que repassam os roubos) e os compradores, gente muito rica e poderosa, do país e do exterior. E bem na linha de fogo entre os protetores da herança cultural, gente patriota e abnegada, e os que se apropriam dessas obras, está o professor Kim Beom-sang, uma espécie de ‘Indiana Jones’ coreano.

Kim Beom-sang (Lee Dong-geon) é professor universitário, popular apresentador de TV, playboy, brilhante especialista em restauração de obras de arte antiga, e que tem a habilidade de detectar falsificações de longe.


O problema é que Kim Beom-sang não se preocupa com ética quando se trata de adquirir e restaurar uma antiguidade. Como ele faz questão de frisar “Um restaurador é como um médico, que só se preocupa em tratar do paciente, sem se importar com sua origem”. Um pensamento nada nobre para aqueles que investigam o tráfico de obras antigas.

E quando ele se depara com Heo Cho-hee (Kim Seon-ah), membro da equipe de investigação de crimes contra o patrimônio cultural e funcionária dedicada, o confronto é inevitável.


O principal ponto positivo de When It´s at Night certamente é o roteiro. A dupla feminina de escritoras, Kim Eun-hee e Yoon Eun-kyeong têm se aprimorado a cada trabalho, e vêm conseguido equilibrar com sucesso drama e comédia. Em My Fair Lady (drama, 2009) elas já mostraram com desenvoltura sua veia cômica. Em When It´s at Night elas tratam com muito talento e carinho os personagem secundários, ponto importantíssimo para dar qualidade a um drama. Se os personagens principais ficam um pouco restritos num tom mais dramático – alguns podem lamentar a seriedade excessiva de Kim Seon-ah, excelente nas comédias – os secundários se esbaldam na comédia, o que resulta num equilíbrio muito saudável.

A estória está centrada na funcionária pública Heo Cho-hee, que se tornou investigadora do patrimônio cultural por um só motivo – a busca de um tesouro muito pessoal, o pai desaparecido há 7 anos. Seu mentor e chefe é No Jeong-pil (Ki Joo-bong), um dos poucos que conhece o segredo doloroso do passado de sua família.

Seus colegas, por outro lado, são o estereótipo do servidor público: preguiçosos, e perdem mais tempo bebendo café e fofocando do que produzindo algo de útil. Na Dae-gil (o sempre engraçado Kim Seung-wuk - o mordomo de My Fair Lady) sonha em ser chefe, embora deteste grandes esforços. Lee Sang-hoo (Kim Joon-ho) é a sombra de Na Dae-gil, e eterno apaixonado pela colega Wang Joo-hyeon (a surpreendente atriz Kim Jeong-hwa). Wang Joo-hyeon é uma garota que só é ágil na hora de espalhar alguma fofoca, mesmo que seja sobre ela mesma.




E tem ainda a equipe policial de apoio. O chefe é o jovem e belo detetive Kang Si-wan (Lee Joo-hyeon), viúvo, e que só tem olhos para a filha de cinco anos. Seus colegas são os esforçados, embora um tanto atrapalhados detetives Jo Sang-cheol (Jo Hee-bong) e Park Jin-gook (Kim Hyeong-beom).



No lado dos malvados temos uma trupe de bandidos – por sorte – um tanto inabilidosa, liderada por Kim Sang (sim, o nome é quase igual ao do prof. Kim Beom-sang, confusão garantida entre os personagens), um ladrão de antiguidades que tem mais pose do que fama. Seu principal cliente é o empresário Jang Oh-seong (Kim Yong-geon), um dos maiores colecionadores de arte do país, e que também costuma usar os serviços de consultoria do prof. Kim Beom-sang.


Entre a correria atrás de obras de arte roubadas, dos meliantes, e do pai desaparecido, Heo Cho-hee ainda vai achar tempo para uma descoberta ainda mais preciosa... o amor da sua vida.

A atriz Kim Seon-ah está ótima como sempre, um pouco acima do peso, provavelmente ainda reflexo do drama anterior, My Name is Kim Sam-soon (mas ela emagrece visivelmente ao longo de When It´s at Night). Talvez esse seja seu papel mais contido, mas eu gostei de vê-la num tom mais suave e dramático (sem os excessos de Kim Sam-soon), e sua interação com o ator Lee Dong-geon é excelente. Duvido que alguém concorde comigo (incluindo ela!), mas gostei mais do par com ele do que com Lee Dong-wook. Pelo menos Lee Dong-geon canta bem melhor (o dueto entre ela e Dong-geon é bem mais afinado do que com Dong-wook, em Scent of a Woman).


Lee Dong-geon... O que fazer, não posso resistir ao seu charme masculino, num rosto de menino. Sua carreira curta de ator (Lovers in Paris) e cantor sofreu uma pausa brusca com alistamento militar obrigatório , mas felizmente ele está de volta à vida civil a partir de abril, e ao mundo artístico em breve, esperamos!

Destaque especial para o jovem ator Park Ki-woong, como Heo Gyoon, o irmão caçula de Kim Seon-ah, papel que lhe deu oportunidade de demonstrar seu talento tanto na comédia como no drama. Park fará parte do elenco do drama Bridal Mask (maio de 2012).

Quem é Quem...

- Son Hyeong-seok, diretor: Personal Taste (drama, 2010).

- Kim Eun-hee, roteirista: ela será roteirista do aguardado drama Ghost com o astro Son Ji-sub. Escreveu dramas de sucesso como Sign (2011), Harvest Villa (2010), My Fair Lady (2009) e o clássico Winter Sonata (2002).

- Yoon Eun-kyeong, a roteirista compartilhou o sucesso com Kim Eun-hee nos dramas My Fair Lady (2009), Summer Scent (2003) e Winter Sonata (2002), entre outros.

"For Couples Who Have Just Begun" - Dueto de Lee Dong Gun e Kim Sun Ah.


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