País: Coréia do Sul
Gênero: drama, suspense
Duração: 21 episódios
Produção: SBS TV
Direção: Kang Sin-hyo, Lee Chang-min-I
Roteiro: Choi Wan-gyoo
Elenco
Jang Hyeok, como Kim Do-hyeon, advogado
Kim Hee-ae , empresária Yoo In-hye
Lee Min-jeong , enfermeira Lee Jeong-yeon
Cheon Ho-jin, advogado Choi Gook-hwan
No Min-woo-I, como o ‘dandy’ Yoo Myeong-joon
Kim Seong-gyeom, magnata Yoo Pil-sang
Yoon Je-moon, sucessor dos negócios da família, Yoo Seong-joon
Choi Jeong-woo, o irmão mais velho, Yoo Gi-joon
Han Yoo-i, a caçula da família, Yoo Mi-ran
Lee Deok-hwa, o pai de Kim Do-hyeon, Kim Tae-seong
Kim Seong-oh, irmão de Kim Do-hyeon, Kim Dong-cheol
Lee Hae-yeong-I, funcionário de Yoo In-hye, Cha Yeong-min
Sin Seung-hwan, colega de cela de Kim Do-hyeon
Lee Sang-yeob, como Han Jang-seok, consultor de Kim Do-hyeon
Resumo
"Um drama sobre disputas entre empresas, no mundo das finanças coreano”, é a sinopse oferecida para Midas, o que pode soar como um tema um tanto árido e pouco atraente. Mas não é esse o caso, felizmente. É claro que a estória gira em torno dos mercados de ações, globalização da economia, disputas entre empresas, envolvimento político das grandes fortunas, etc. E o que há de divertido nisso tudo? São as pessoas que fazem girar esse mundo de ambição, luxo e traição; quais são suas motivações para irem tão longe a ponto de trair, difamar e até mesmo matar quem estiver no seu caminho. Não é por nada que um dos personagens cita o filme “O Poderoso Chefão” como um de seus favoritos. Quando a empresária Yoo In-hye diz ao advogado Kim Do-hyeon (citando uma frase desse filme clássico) “Vou lhe fazer uma oferta impossível de ser recusada”, sentimos que o destino de ambos está prestes a mudar, irreversivelmente.
Kim Do-hyeon é o legítimo “self made man”, um jovem pobre, que lutou muito para estudar e chegar ao topo em sua profissão. Sua carreira começa brilhantemente como operador da bolsa de valores, mas após um investimento arriscado e desastroso ele decide mudar de rumo e se forma em direito. Como advogado recém-formado, ele recebe uma proposta incrível de tornar-se sócio de um importante, porém obscuro escritório de advocacia. Obscuro porque de sua cartela de clientes consta apenas uma família, encabeçada pelo magnata Yoo Pil-sang. O advogado Choi Gook-hwan conta a Do-hyeon que está para se aposentar e quer que ele o substitua aos poucos na administração solitária dos negócios da família Yoo. Embora um tanto desconfiado com tanta sorte, Do-hyeon aceita o desafio assim que fica sabendo que um dos membros da família é a empresária Yoo In-hye, a quem admira profundamente por sua popularidade no mundo das finanças.
Kim Do-hyeon é um homem solitário, que perdeu a mãe e de cujo pai não tem notícias há anos, depois que esse se envolveu na “febre do ouro” e abandonou a família desamparada financeiramente. Revoltado com a ausência do pai, e após crescer vendo a mãe sofrer com a falta de dinheiro, Do-hyeon torna-se um homem ambicioso. Nem mesmo sua bela noiva, a enfermeira Lee Jeong-yeon, consegue convencê-lo a não se preocupar tanto com o dinheiro e o poder.
E o título desse drama já dá uma ideia clara sobre quais são as consequências da ambição desenfreada sobre a vida das pessoas.
Em primeiro lugar, tenho de me redimir por não ter colocado Midas na lista de melhores dramas de 2011. Quando o drama estreou, no início do ano passado, depois de assistir o primeiro episódio e ler muitas críticas ácidas, resolvi dar um ‘pause’. Mas como grande fã de Jang Hyeok, baixei a série para ver com calma nas férias de verão. No final, a sorte foi minha, e mais uma vez me dei conta que é melhor confiar no próprio gosto, e no sempre maravilhoso Jang Hyeok, que nunca (ao menos até hoje) participou de projetos ruins.
O início um tanto lento e apresentação superficial dos personagens podem afugentar (e afugentaram mesmo, quando de sua estreia) o espectador de Midas mas, passados um ou dois episódios, para quem gosta desse tipo de trama mais elaborada e bem escrita, torna-se impossível não acompanhar o drama até o final. Midas pode ser considerado um drama de sucesso, pela sua duração de 21 sólidos episódios, e se muitas fãs dos k-dramas torceram o nariz para a estória, certamente tem muito a ver com o romance (ou a falta dele) dentro do enredo. Em primeiro lugar, Midas não é um drama romântico, e em segundo lugar, o casal principal da trama, os atores Jang Hyeok e Lee Min-jeong, infelizmente, levam zero em química! Isso faz de Midas um drama ruim? É claro que não, porque tem muitas outras coisas mais importantes, inúmeros personagens interessantes (e divertidíssimos) preenchendo o espaço destinado a desenvolver a estória que, eu repito, é sobre poder, ambição e, finalmente, redenção.
E por favor, criticar a atuação de Jang Hyeok em Midas é covardia. Só quem não acompanhou o drama até o final pode afirmar uma bobagem dessas. Vindo de uma atuação poderosa e certamente desgastante, no saeguk Chuno (2010), obviamente Jang Hyeok queria se descolar um pouco daquele papel tão marcante. O interessante é que ele começa Midas dando ao personagem Kim Do-hyeon um tom mais baixo, discreto, quase frio, mas que vai crescendo, como uma espécie de ‘nona sinfonia’ que explode, surpreendentemente, não com uma cena de violência, ou de ódio, mas de puro choro, pela dor da traição e a terrível sensação de abandono. E sabe chorar, nosso querido Jang Hyeok... Se houvesse um prêmio de atuação para ‘choro mais comovente do ano’, que ele ganharia certo.
Um dos "pontos fortes" da atuação de Jang Hyeok |
Não se preocupe, não estou contando o final do drama, pois essa segunda virada no destino do advogado Do-hyeon (no meio da estória) é que vai despertá-lo para a realidade e redimi-lo perante o mundo... Porque afinal, ele é o herói, e merece redenção, amor e um final feliz (ou ao menos justo).
O elenco de Midas é recheado de atuações sólidas, principalmente de atores veteranos do cinema e drama coreanos. Ver atores do calibre de Cheon Ho-jin (como o misterioso advogado Choi Gook-hwan), Kim Seong-gyeom (quantas vezes esse velho gigante simpático já interpretou chaebols em sua vida?!) e Lee Deok-hwa (impagável como pai super-picareta mas de bom coração), é um prazer a parte. O elenco jovem também não faz feio como, por exemplo, a bela revelação de No Min-woo-I, como o ‘dandy’ Yoo Myeong-joon, lindo e tão sexy que (quase) rouba a cena e a noiva de Jang Hyeok.
No Min-woo-I, como um chaebol roqueiro |
Entre os atores maduros, mas não velhos, a bela e elegante Kim Hee-ae , realiza um verdadeiro ‘tour de force’ com o personagem complexo que lhe cabe, da ambiciosa Yoo In-hye. Aliás, estou ansiosa para vê-la ao lado do ator Lee Seong-jae no melodrama A Wife´s Credentials, que acaba de estrear.
Kim Hee-ae |
Agora, para mim, quem rouba a cena (e quase o drama inteiro) é Yoon Je-moon, ator talentosíssimo, ultra-versátil, que conseguiu dar um show de interpretação duas vezes em um ano, com Midas no início de 2011, e para fechar com chave de ouro, no drama saeguk Deep Rooted Tree, em que teve atuação destacada, ombro a ombro, com Jang Hyeok (mais uma vez, como seu arqui-inimigo) e Han Seok-kyu (Rei Lee Do). Yoon Je-moon, como o empresário tresloucado Yoo Seong-joon, consegue despertar medo, raiva, asco, espanto e riso, em diferentes situações, sem parecer absurdo que exista uma pessoa assim. A verdade é que ele acaba se revelando um grande ator cômico... Mal posso esperar para vê-lo novamente na telinha, no drama The King 2 Hearts.
Yoon Je-moon, o vilão que adoramos odiar |
Mais uma curiosidade é a presença de Sin Seung-hwan (como o gordinho simpático Jae-bok) que repetiu a parceria de camarada de Jang Hyeok, em Deep Rooted Tree, como o soldado Park Po.
Tem gente que só quer saber do elenco principal, mas eu gosto muito de prestar atenção no elenco secundário e, como no caso de Midas, este é enorme e diversificado, só quero acabar ressaltando dois atores que tem potencial para grandes papéis num futuro próximo. Um é Lee Hae-yeong-I (1970), ator quarentão, que embora não tenha tido grandes oportunidades em Hallyu até o momento, me pareceu muito interessante, no papel de Cha Yeong-min. O outro é Lee Sang-yeob (como o consultor Han Jang-seok) que tem uma ‘vibe’ que lembra um pouco o estilo de atuação de Park Hae-il. Uma carreira a ser monitorada com atenção!
Quem é Quem...
Kang Sin-hyo, diretor: All In (drama, 2003), Tazza (2008).
Lee Chang-min-I, diretor: Bride of the Sun (2011).
Choi Wan-gyoo, roteirista (1964): Dramas: Iris (2009), Swallow the Sun (2009), Gourmet (2008), Jumong (2006), Love Story in Harvard (2004).
Jang Hyeok, ator (1976): Deep Rooted Tree (2011), The Client (filme, 2011), Chuno (2010).
Lee Min-jeong, atriz (1982): Wonderful Radio (2011), Cyrano Agency (2010), Boys Over Flowers (2008).
Noh Min-woo-I, ator, músico (1986): ex-mebro da banda "TRAX" , agora no "24/7": Full House 2 (2011), Vampire Idol (2011).
Episódios: http://bit.ly/1JHCi0U
Tenho que confessar que adoro seu blog. Muito perspicaz com seus comentários fazendo de um jeito que eu queira assistir todas as indicações rs.
ResponderExcluirBeijos!
To amando que drama maravilhoso ainda não terminei
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