Depois de empreender uma
pequena maratona para assistir ao menos o primeiro episódio das muitas estréias
de dramas coreanos nos últimos dias, a conclusão a que chego é a seguinte: se os
novos dramas não entusiasmam, ao menos à primeira vista, é uma ótima
oportunidade para ver bons filmes que estavam aguardando na lista de espera.
Um comentário breve (e
muito pessoal, se não gosta de ler a opinião alheia, abstenha-se!) sobre os
dramas que assisti até agora, os que gostei e pretendo acompanhar, os que ficam
pendentes, e os que vão para a guilhotina, sem dó nem piedade!
Arang and the Magistrate (Episódios
1-2)
O grande vencedor da
temporada! Graças aos deuses de Hades por este drama incrível, que salvou a
dramalândia da mediocridade, ao menos nesse segundo semestre. A expectativa para a estréia dos dramas Arang and… e Faith era
enorme, levando a inevitáveis comparações, devido a uma suposta semelhança
de temas. Realmente, os dois dramas mesclam a trama histórica (sageuk) com a
fantasia, mas felizmente a similaridade para por aí.
Arang and… conta a estória
de um jovem de origem nobre, Eun-oh (Lee Jun-ki) que viaja pelo país em busca
da mãe desaparecida há três anos. Junto de seu fiel escudeiro, ele chega a uma
pequena aldeia, onde acaba sendo nomeado magistrado local. O grande segredo de Eun-oh
é a capacidade de ver e falar com espíritos, e é ao cruzar com o fantasma de
uma jovem donzela, que sua vida sofre uma grande reviravolta. A missão do
magistrado Eun-oh será ajudar a jovem conhecida apenas como ‘Arang’ (Sin Mi-ah) a
recuperar sua memória e descobrir como ela veio a falecer.
É difícil uma trama
conseguir englobar de forma tão orgância elementos diversos como mistério e
terror, drama, romance e comédia. E todos estes elementos fluem tão bem dentro
do drama que é impossível não se encantar com cada aspecto do mesmo.
Mais adiante quero postar
um comentário mais detalhado sobre o drama, mas posso afirmar que ele me
encantou à primeira vista. Um roteiro muito bem resolvido este, que coloca os
dois personagens principais na mesma cena em menos de nove minutos de projeção…
E por sorte, a empatia entre o casal Eun-oh e Arang (Lee Jun-ki e Sin Mi-ah) é
imediata e explosiva.
O resto do elenco (especialmente
os ‘guapos’ Han Jeong-soo (Chuno) e Kwon O-joong (Goumet) também é excelente, e direção,
fotografia e demais detalhes técnicos são impecáveis. Parabéns à MBC TV, que
dessa vez veio para arrasar com a concorrência.
Com Lee Jun-ki e Sin Mi-ah.
MBC, 20 episódios, 4as e
5as-feiras.
Gênero: Sageuk, Fantasia.
Five Fingers (episódio 1)
Melodrama da rede SBS, que
parece ter esgotado toda sua munição criativa no primeiro semestre, pois chega
agora em marcha lenta, embora com luxo e pompa. Junto do drama fantástico Faith,
Five Fingers gerou muita expectativa e comentários, especialmente pela volta do
jovem ator Joo Ji-hoon (recém saído do serviço militar, e de uma condenação
anterior por uso de drogas)… Sem falar da polêmica recente envolvendo o grupo
pop T-ara, do qual faz parte a cantora e atriz Ham Eun-jeong. Deixando de lado fofocas bobas de internet, o que importa
é o drama em si. Assim como outra estreia da semana, o drama May Queen, a trama
de Five Fingers começa mostrando a infância dos personagens principais. Yoo
In-ha (Ji Chan-wook) é o filho único de um empresário de sucesso, Yoo Man-se (Jo
Min-ki) dono de uma escola de música. Ele é treinado desde a mais tenra
infância pela mãe, Yeong-ran (Chae Si-ra), para se tornar um grande pianista,
além de herdar no futuro os negócios da família. Mas tudo muda no dia em que Yoo
Man-se traz para casa outra criança, fruto de um relacionamento anterior. Logo
eles descobrem que o menino, Ji-sang, tem um talento natural para a música, e
passará a ser um adversário para o irmão
mais novo, tanto na música como na titularidade sobre a herança paterna.
Como só assisti o primeiro
episódio, em que Joo Ji-hoon (Antique Bakery) aparece apenas de relance na primeira cena, fica em
suspenso avaliar o desempenho do elenco adulto, bem como a força da trama. Este
será um drama longo (30 episódios) e pelo jeito ultra melodramático.
Recomendado para quem gosta muito do gênero novelão, e/ou do belo Joo Ji-hoon. Minhas
saudades de Joo Ji-hoon é que me inclinam a dar mais uma espiada nesse drama,
mas se for para escolher um melodrama para seguir na temporada, acho que aposto
mais em May Queen.
Com Joo Ji-hoon, Ji
Chan-wook, Chae Si-ra, Ham Eun-jeong.
SBS, 30 episódios, sábados
e domingos.
Gênero: Drama
May Queen (Episódio 1)
Assim como Five Fingers,
esse melodrama segue os passos de personagens que se conhecem na infância,
até os dias atuais. No primeiro episódio, vemos como o destino é cruel com a garotinha
Jeon Hae-joo (Han
Ji-hye) que perde o pai, e em seguida é sequestrada e criada por uma família
paupérrima.
Na
cidade portuária de Ulsan, ela irá cruzar com Kang-san (Kim Jae-won), neto de um soldador, e que sonha em ser um engenheiro naval, e com Park Chan-hee (Jae Hee), cujo passado
tem uma ligação íntima e dramática com o de Hae-joo.
Mais
uma vez, um melodrama longo (ao menos 32 episódios), mas cuja trama parece
melhor construída que a do drama musical Five Fingers. Somente assistindo mais
um pouco da estória, e vendo o quão interessantes serão os personagens adultos –
que viverão um triângulo amoroso – para saber se vale a pena apostar em May
Queen. Vou dar mais uma chance para o ator Jae Hee, que teve azar com seu
último trabalho, o fraquíssimo Color of Woman,
e porque achei interessante a trama se passar em uma cidade litorânea.
Com
Jae Hee, Kim Jae-won, Han Ji-hye.
MBC, 32 episódios, sábados
e domingos.
Gênero:
Drama.
Haeundae Lovers (Episódio
1)
Por coincidência, muitos
dramas foram de muda para o litoral, talvez aproveitando o belo clima de verão.
O lado bom disso? Belas paisagens, a galera bronzeada e semi-nua… O lado ruim?
O sotaque pra lá de irritante de Busan. Ouvir um personagem falando o ‘dialeto’
local é engraçadinho, mas o elenco inteiro, não é tão agradável assim.
Na agitada praia de
Haeundae, na cidade portuária de Busan, vive Go So-ra (Jo Yeo-jeong), filha de um mafioso aposentado.
Com a ajuda dos ‘tios’ (na verdade os antigos capangas do pai) ela faz milhares
de ‘bicos’, entre eles a pesca, para pagar as dívidas do pai, que sofre de
demência. Seu sonho é recuperar o hotel que um dia pertenceu à família, e que
foi ‘adquirido’ por um grupo mafioso rival.
Investigando os grupos
criminosos da região está o promotor público Lee Tae-seong (Kim Kang-woo), que de tão obsecado
com o trabalho, tem a frieza de, a caminho da lua-de-mel (!), deixar sua noiva
no hospital, com uma crise de apendicite, para investigar um caso.
Haeundae Lovers tem um
ritmo muito truncado em que, por exemplo, as cenas de ação tentam ser cômicas,
as engraçadas são apenas bobas, e assim por diante. Sinceramente, acho o ator Kim
Kang-woo um grande canastrão (embora bonito), ainda não decidi se acho Jo
Yeo-jeong uma boa atriz (em I Need Romance ela era às vezes divertida e muitas
outras irritante). Por que ainda dar uma chance ao drama? Porque tem Jeon
Seok-won (Rooftop Prince, Doctor Champ) – pena que ele não seja o interesse romântico principal
de Go So-ra – e porque é um drama curto (16 episódios) e divertido o bastante
para ver sem estresse.
Com Kim Kang-woo, Jo
Yeo-jeong, Jeon Seok-won, Nam Gyoo-ri.
KBS, 16 episódios, 2as. e 3as.
feiras.
Gênero: Ação, Comédia,
Romance.
Faith (Episódio 1)
Lee Min-ho tem uma legião
de fãs enlouquecidas? Sim. Ele é alto, lindo e tem um sorriso que abala
qualquer mulher que esteja respirando? Sem dúvida. Ele é um grande ator? Há controvérsias. Antes de
ver o primeiro episódio de Faith, li duas opiniões opostas sobre o drama, e
logo vi que este é daquele tipo ame-o ou deixe-o, sem meio termo. Sendo assim,
vou avisando com antecedência, se viu o primeiro episódio e adorou, parabéns -
você certamente é uma fã de Lee Min-ho vai desfrutar de 24 horas de sua presença
magnífica na telinha. Infelizmente, não foi o meu caso. Até agora não entendi
como a SBS conseguiu investir tanto dinheiro - e certamente os profissionais
mais qualificados - em cenários e efeitos especiais, para chegar a um resultado
tão decepcionante. Tentei muito me interessar pela trama, pelos personagens,
mas o tédio me venceu. A atriz Kim Hee-seon volta à TV depois de uma longa
pausa (Smile Again, 2006) como dona-de-casa e, sinceramente, parece que ela
perdeu o ritmo. Você até pode se apaixonar por algo à segunda vista, mas é raro,
e ao menos para mim, acho que não vai ser o caso com Faith.
Com Lee Min-ho e Kim
Hee-seon.
SBS, 24 episódios, 2as e
3as.
Gênero:
Sageuk, Fantasia.
Outros dramas que
abandonei, não por serem tão ruins, mas por não serem bons ou despertarem
interesse o bastante foram I Need Romance (2) (bela embalagem mas pouco
conteúdo), Can love Become Money (fazer um bom elenco atuar terrivelmente não é
para qualquer um) e The Wedding Scheme (simplesmente medíocre).