outubro 15, 2021

Why I Dress Up For Love / Kikazaru Koi ni wa Riyuu ga Atte (drama, 2021)

 


País: Japão

Gênero: Romance

Duração: 10 episódios

Produção: TBS TV

Direção: Tsukahara Ayuko

Roteiro: Kaneko Arisa

Elenco: Kawaguchi Haruna, Yokohama Ryusei, Maruyama Ryuhei, Nakamura Anne, Mukai Osamu, Natsukawa Yui.

 

Resumo

 

A vida da relações públicas e influenciadora digital Mashiba Kurumi sofre uma grande reviravolta quando ela se muda para um apartamento compartilhado por quatro pessoas muito especiais.

 

Comentário

 

Apesar de gostar muito dos dramas japoneses, admito que fazia muito tempo que não assistia um bom dorama romântico, mas por sorte descobri essa maravilha que é Kikazaru Koi ni wa Riyuu ga Atte. Na verdade esse dorama se encaixa mais no gênero ‘slice of life’, mas tem amor o bastante para dar ao espectador mais romântico.

 

A charmosíssima atriz Kawaguchi Haruna (Madame Marmalade no Ijo na Nazo: Shutsudai Hen) encarna a jovem relações públicas Mashiba Kurumi. Mashiba divide seu tempo entre o trabalho no escritório central da rede de lojas de decoração El Arco Iris, e seu hobby de influenciadora digital. Seu ídolo, mestre e paixão secreta há anos é o CEO da empresa, Hayama Shogo (Mukai Osamu, de Hungry!). Hayama é um jovem empreendedor, - apaixonado por decoração, ele viaja pelo mundo em busca de objetos belos, que despertem o desejo consumista de seus clientes. Com um chefe bonito, elegante e bem humorado, não é surpreendente que Mashiba se apaixone por um homem que tem tanto em comum com ela. Apesar do jeito carinhoso de Hayama e da intimidade que o convívio proporciona aos dois, Mashiba parece conformar-se em curtir o amor à distância, por mais frustrante que lhe possa resultar.

 

A vida relativamente tranquila de Mashiba é afetada com a mudança repentina para o apartamento da professora de culinária Saotome Koko (Natsukawa Yui, de A Lone Scalpel). Saotome está de partida para uma temporada no exterior e Mashiba fica feliz por conseguir uma nova morada em tão pouco tempo. Só que Saotome omite o fato de que a amiga terá de dividir o espaçoso apartamento com mais três hóspedes. Mashiba não esconde a decepção, ainda mais ao ser acomodada em um minúsculo quarto/closet da casa. Mashiba fica apertada como uma sardinha enlatada em meio a seu guarda-roupa de fashionista. Mas este é o menor de seus problemas, pois ela terá de aprender a conviver com pessoas interessantes, mas muito diferentes dela.

O primeiro choque de personalidades será com o chef de cozinha Fujime Shun (Yokohama Ryusei, de Cursed in Love). Fujime é um rapaz simpático e prestativo (e muito gato), mas seu estilo de vida minimalista, e sua clara aversão ao consumismo horroriza Mashiba, embora com o tempo passe a intrigá-la. Outro novo colega de quarto, muito mais afável, é Terai Haruto (Maruyama Ryuhei, de Strawberry Night), psiquiatra que atende seus clientes virtualmente, e, por isso mesmo, passa a maior parte do tempo em seu quarto trabalhando.

Por fim, temos a misteriosa Hase Ayaka (Nakamura Anne, de Love Rerun), uma artista plástica excêntrica que evita ao máximo qualquer contato com os demais hóspedes. Saotome Koko trata os hóspedes com carinho de mãe, oferecendo pratos deliciosos que prepara com esmero, e parece divertir-se com o grupo pra lá de heterogêneo que conseguiu reunir em sua casa.

Apesar de Mashiba Kurumi ser a grande protagonista, é agradável ver os demais personagens saírem das sombras e suas estórias serem contadas com tanta sensibilidade no drama. À medida que a intimidade entre os hóspedes cresce, suas vidas se entrelaçam e são alteradas indelevelmente. Assuntos que costumam ser tabu nos dramas japoneses são tratados com naturalidade, sem dramatizar desnecessariamente as situações. As alegrias e os perigos da “fama digital”, por exemplo, são abordados com muita propriedade, de uma forma poucas vezes vista, - só me lembro de um drama coreano que fala seriamente sobre o assunto, Search: WWW (tvN, 2019).

Com um elenco que demonstra grande entrosamento, Why I Dress Up For Love nos deixa mensagens importantes sobre respeitar as diferenças, cultivar as boas amizades, a sororidade, e, acima de tudo, não desistir de lutar por nossos sonhos, seja na profissão, seja no amor.

setembro 29, 2021

On the Verge of Insanity (drama, 2021)

 


País: Coréia do Sul

Gênero: Drama

Duração: 16 episódios

Produção: MBC TV

Direção: Kim Keun-hong, Choi Jun-in

Roteiro: Jeong Do-yoon

Elenco: Jeong Jae-young, Moon So-ri, Lee Sang-yeob, Kim Ga-eun, Kim Nam-hee, Park Sung-geun, Park Won-sang, Ahn Nae-sang, Cha Chung-hwa, Jo Bok-era, Yoo Jung-era, Kim Yoon-seo, Dong Hyun-bae, Baek Min-hyun, Kim Joong-ki, Nam Neung-mi, Jung Ye-na, Chun Young-hoon, Choi Yoon-jung.

 

 Resumo

 A estória de um trabalhador que luta para preservar seu emprego, mas, acima de tudo, sua dignidade como ser humano.

 

 Comentário

 

Por mais que se aprecie fantasia, ou ficção científica, chega a hora em que o tema satura o paladar do espectador. Parece que essa é (finalmente) a temporada para romper o feitiço e focar a atenção em assuntos mais terrenos. Os dramas recém-estreados D.P. (Netflix), Lost (jtbc) e mesmo a comédia romântica Hometown Cha-cha-cha (tvN) são exemplos de bons dramas de interesse humano. O recém-concluído You Are My Spring (tvN) também abordou com muita sensibilidade as marcas emocionais deixadas por traumas de infância e conflitos familiares. Agora, dificilmente outro drama irá superar o banho de realidade nua e crua na vida do cidadão médio, como a comédia dramática On the Verge of Insanity.

 É com humor e ironia em abundância que acompanhamos um recorte da rotina de um grupo de funcionários de uma corporação ligada a produção de eletrodomésticos de última geração. A estória começa no “chão de fábrica” da Hanmyeong Eletronics, onde se desenrola uma cena das mais amargas, a da demissão em massa dos trabalhadores. Aos funcionários mais antigos é oferecido o “benefício” da demissão voluntária, em troca de uma indenização miserável. A encarregada das negociações é Dang Ja-young (Moon So-ri), uma diretora de RH experiente e implacável. Acontece que um único funcionário, o técnico em eletrônica Choi Ban-seok (Jeong Jae-young), recusa-se a aceitar um acordo amigável com o patrão. Ele acaba sendo transferido para outro módulo da empresa, o de pesquisa e desenvolvimento de produtos.

 Choi Ban-seok é empregado da H.E. há 22 anos e, por ter passado por vários setores durante todo este tempo, é conhecido e admirado por todos os colegas engenheiros. E é com uma frágil, mas teimosa esperança de finalmente encontrar o reconhecimento ao seu talento, que ele encara o novo posto no laboratório de desenvolvimento de novos produtos. No entanto, seu entusiasmo logo será esmagado pelo jovem diretor do setor, Han Se-kwon (Lee Sang-yeob, Top Star Yoo-baek, Good Casting). Formado em uma universidade de elite, Han Se-kwon chegou ao cargo de diretor mais por sua habilidade marqueteira, do que por suas qualidades como engenheiro. Ele é o tipo de profissional que sabe vender suas ideias aos superiores e aos clientes. Além de seu histórico de sucesso na criação de novos produtos, Han Se-kwon é primo do CEO da empresa. No entanto, o mundo da tecnologia é competitivo como poucos, e o jovem engenheiro sente que Choi Ban-seok pode arrebatar seu título de gênio criativo da companhia.

 Se Han Se-kwon acha que Choi Ban-seok é seu pior inimigo, vai surpreender-se com a chegada de um adversário muito pior, sua ex-mulher, Dang Ja-young. A diretora de recursos humanos batalha há anos para trabalhar na sede da empresa, mas acaba sendo transferida para o setor de pesquisa e desenvolvimento de produtos, trazendo consigo o fantasma de mais uma crise dentro da empresa. Moon So-ri (Peppermint Candy, HaHaHa) é uma atriz fantástica,com uma carreira muito respeitada e premiada no cinema, por isso mesmo é um prazer vê-la destacar-se igualmente na TV (como no drama médico, Life, 2018). Dang Ja-young é o personagem mais complexo e carismático da trama, uma atuação vibrante e com grande timing de humor de Moon So-ri!

 On the Verge of Insanity é o drama mais estimulante que assisti em muito tempo, e foi inevitável compará-lo com o já clássico Misaeng (tvN, 2014). Ambos os dramas tem como tema central os desafios do trabalho numa era pós-industrial, tecnológica, imediatista. Se em Misaeng temos como protagonista um jovem de classe baixa lutando para encaixar-se no mercado competitivo de uma metrópole, em On the Verge of Insanity o protagonista enfrenta a possibilidade cruel de um final de carreira precoce. Se o mercado rejeita o jovem pela falta de experiência, pior ainda é a forma como o profissional experiente é tratado como um estorvo, especialmente pelas grandes corporações. O protagonista Choi Ban-seok não é mais um número no balanço de gastos da empresa, ele é uma pessoa com sonhos, ambições, e um talento em pleno florescer, mesmo passando dos 40 anos de idade.

 O bônus de On the Verge of Insanity está no otimismo saudável adotado pela roteirista Jeong Do-yoon (Witch´s Court, Babyfaced Beauty), o que é uma dádiva, já que impossível não apaixonar-se por seus personagens, mesmo com todas suas falhas, muito humanas. O amadurecimento do texto da escritora é visível, um salto memorável em qualidade, comparando-se com seus trabalhos anteriores. A direção é pragmática, mas os dois PDs, Kim Keun-hong (especializado em épicos da MBC) e Choi Jun-in podem ser cumprimentados pela condução impecável do elenco, de grandes coadjuvantes.

 O que dizer de Jeong Jae-young, uma estrela do cinema coreano, ganhador do prêmio de melhor ator no 68º Festival Internacional de Locarno, pelo filme Right Now, Wrong Then, em 2015, e que vem nos presenteando nos últimos anos com grandes atuações na TV, em dramas como Assembly, ou Partners for Justice). Na pele do engenheiro Choi Ban-seok ele encarna o tipo de personagem ‘do povo’, que é o seu forte. Em Assembly ele é um sindicalista que tenta ‘consertar’ o mundo através da política, com resultados pouco felizes. Felizmente, em On the Verge... o protagonista é um homem muito mais permeável às mudanças e está sempre um passo à frente de seus oponentes. Vale a pena conhecer o amável Choi Ban-seok e absorver ao menos parte de suas importantes lições de vida.

maio 10, 2021

Into the Ring (drama, 2020)

 


País: Coréia do Sul

Gênero: Política, Comédia, Romance

Duração: 16 episódios

Produção: KBS2 TV

 

Direção: Hwan Seung-gi, Choi Yeon-soo

Roteiro: Moon Hyun-kyung

 

Elenco: Nana, Park Sung-hoon, Ahn Nae-sang, Yoo Da-in, Shin Do-hyun, Ahn Kil-kang, Kim Mi-soo, Choi Go, Han Joon-woo, Bae Hae-sun, Yoon Joo-sang, Oh Dong-min, Park Mi-hyun.

 

Resumo

 

A jovem Goo Se-ra resolve entrar na política pelos piores motivos possíveis, mas acaba encarando sua responsabilidade como legisladora e como cidadã.

 

Comentário

 

Into the Ring (ou Memorials, ou The Ballot) é um drama que aborda os meandros da política de uma forma muito bem humorada, mas sem deixar de tocar em temas sociais relevantes.

Goo Se-ra (Nana, Justice, Oh My Ladylord; membro dos grupos pop After School, Orange Caramel), moradora de Mawon-gu, aos 29 anos ainda se vira entre bicos e empregos temporários, e um contrato de trabalho permanente parece um sonho distante. Não é que a garota seja desinteressada ou pouco inteligente, mas a falta de ambição e foco na carreira são algumas de suas fraquezas. Os dramas familiares também não a ajudam em nada, - o pai de Se-ra tem um caráter forte, superprotetor, enquanto sua mãe peca pelo excesso de ingenuidade e deslumbramento. E é exatamente num dos piores momentos da vida de Se-ra, mais uma vez desempregada, que sua mãe se envolve (não pela primeira vez, como ficamos sabendo) em um esquema de pirâmide e perde as parcas economias da família. É bem provável que o pai de Se-ra, Goo Young-tae (Ahn Kil-kang, Watcher) não aceite bem as más notícias e acabe por abandonar o lar. Sendo assim, ela e a mãe, Kim Sam-sook (Jang Hye-jin, Crash Landing on You, Parasite) guardam segredo, enquanto tentam recuperar o dinheiro perdido.

É assim que Se-ra tem a ideia de concorrer à vereadora pela cidade de Mawon-gu, contando com suas boas relações pessoais. Se-ra é figura conhecida e temida pelos funcionários da prefeitura da cidade. Seu hábito de prestar queixas aos órgãos competentes do município, pelos mais diferentes motivos, fizeram dela uma espécie de celebridade na vizinhança. Apesar de viver enrolada com seus problemas pessoais, Se-ra tem um senso de justiça invejável. Suas melhores amigas, Jang Han-bi, ex-judoca (Shin Do-hyun, Hospital Playlist) e Kwon Woo-young, mãe solteira (Kim Mi-soo, Hy Bye Mama) são os únicos e fieis cabos eleitorais de sua pobre campanha eleitoral.

O ex-namorado de Se-ra, Kim Min-jae (Han Joon-woo, Be Melodramatic) é o primeiro, mas não o último, a tentar demovê-la da ideia de entrar para a política. O namoro fracassou, ironicamente, devido à ambição do rapaz, que deseja passar de assessor do presidente da câmara de vereadores, Jo Maeng-duk (Ahn Nae-sang, The Guest), a seu herdeiro político. O único filho do vereador, Seo Kong-myung, afastou-se do convívio familiar desde a morte de sua mãe. Seo Kong-myung (Park Sung-hoon, Justice, Psychopath Diary), formado em universidade de prestígio, funcionário municipal de 5º grau, não tem a mínima intenção de seguir os passos do pai.

Apesar de terem sido grandes amigos na infância, Goo Se-ra e Seo Kong-myung não se viam há anos. Mesmo assim, seu reencontro confirma que sua ligação sentimental é profunda e indissolúvel. O pragmatismo de Kong-myung combinado à passionalidade de Se-ra será o motor para as grandes mudanças na política e na vida dos cidadãos de Mawon-gu.

É impossível não comparar Into the Ring a um drama clássico, The City Hall, da roteirista de TV mais incensada da Coréia do Sul, Kim Eun-sook. Sem exagero, acho que dá para fazer um paralelo muito estimulante entre os dois dramas, seja pelo tema político, seja pelo romance que floresce entre duas pessoas tão diferentes, mas que crescem juntas, tanto emocional quanto profissionalmente. E Moon Hyun-kyung faz um trabalho muito digno em sua estreia como roteirista, ainda mais se equiparada a uma grande escritora como Kim Eun-sook. The City Hall (2009) continua sendo, até hoje, meu drama romântico favorito, e talvez por isso mesmo eu tenha apreciado tanto a bela estória e o elenco jovem e talentoso de Into the Ring. A carismática atriz e cantora Nana está muito confortável no papel da irreverente Goo Se-ra, e é conduzida com muita habilidade pelo PD Hwan Seung-gi, com quem coincidiu no drama policial Justice (KBS2, 2019). Aliás, Nana e Park Sung-hoon também contracenaram em Justice, embora naquela oportunidade como antagonistas. Um motivo a mais para ver Into the Ring é desfrutar da mudança radical do ator Park Sung-hoon, de psicopata a anti-herói romântico, deveras impressionante!

Into the Ring é divertido, romântico, às vezes quase surreal, mas o lado obscuro e frustrante da política nunca é subestimado, e a realidade sempre leva a melhor, por mais puros que sejam os corações, e maiores seus ideais...

 


abril 26, 2021

FAILing in Love (web drama, 2019)

 


País: Coréia do Sul

Gênero: drama escolar

Duração: 5 episódios

Produção: Naver TV, MBC

 Direção: Heum

Roteiro: Lee Na-eun-I

 Elenco: Son Sang-yeon, Yang Hye-ji, Shin Yun-seob, Jo Ki-sung, Lee Seo-bin, Moon Woo-bin.

 

Resumo

 Failing in Love é a estória de adolescentes que despertam para as alegrias e as dores do primeiro amor, enquanto dizem adeus às amizades de infância.

 

Comentário

 Os sentimentos despertados pelo primeiro amor são confusos, nervosos, frustrantes, e, mesmo quando plenamente correspondidos, deixam o pobre adolescente paralisado pela própria paixão. FAILing in Love é a estória de adolescentes que despertam para o amor e precisam lidar com seus inevitáveis fracassos.

 

No ano de 1999 teve início na KBS TV a tradição de uma série antológica intitulada School. A série School, a cada temporada, vinha com novo elenco e estórias originais, mas tendo em comum o ambiente escolar, e as aventuras e desventuras da adolescência. Escrevi a resenha de School 2013, Who Are You - School 2015 e comentei brevemente a última série veiculada, School 2017. De lá para cá, nada mais se falou sobre a produção de uma nova temporada, o que é uma pena, já que School costumava destacar-se dos demais dramas coreanos do gênero. Agora, o que resta são os web dramas estrelados por cantores do kpop de talento duvidoso, em estórias pouco inspiradas. Ironicamente, o único drama escolar que chamou minha atenção nos últimos tempos foi justamente um web drama, produzido pelo portal Naver e distribuído pela MBC TV. Trata-se da pequena pérola FAILing in Love.

 O cenário principal deste melodrama adolescente é o escolar, mas os protagonistas se movimentam entre seus lares e as ruas da cidade. Lee Si-won (Yang Hye-ji, When the Weather is Fine) e Kang Pa-rang (Son Sang-yeon, My Golden Life) formam o divertido casal protagonista da trama. Amigos de infância, vizinhos de porta, Si-won e Pa-rang vivem uma relação que oscila entre as brigas típicas de irmãos, e a tensão sexual reprimida típica da adolescência. E é exatamente na fase mais sensível de suas vidas amorosas que os encontramos - Si-won bloqueia ativamente toda e qualquer garota que tente se aproximar do amigo. Ciúmes? Superproteção? Talvez nem ela mesma saiba avaliar o que move seu coração inexperiente... E por falar em inexperiência, Pa-rang é o típico adolescente em busca de atenção do sexo oposto, contando unicamente com a orientação de seus hormônios masculinos... A sorte de Pa-rang é que seu rostinho bonito e ar ingênuo parecem ser o bastante para conquistar as garotas à primeira vista.

 Ocupada entre os estudos e o trabalho incessante de “guarda-costas” de Pa-rang, não sobra tempo a Si-won para prestar atenção nos rapazes a sua volta. É engraçado vê-la resistir ao charme ‘tsundere’ de Lee Si-eon. Lee Si-eon (Shin Yun-seob, Ms. Hammurabi) é o ‘nemesis’ de Si-won, por dividir sua amizade com Pa-rang, por terem seus nomes, pela semelhança, confundidos pelos professores, - enfim, qualquer pequeno detalhe no caráter do colega é o suficiente para irritar a temperamental Si-won. Mas como dizem, os opostos se atraem, e é difícil ignorar um garoto bonito e inteligente como Si-eon. O ar introspectivo de Lee Si-eon esconde uma personalidade afável, blindada por difíceis conflitos familiares.

Kim Geon (Jo Ki-sung, Life on Mars) é o outro amigo de Pa-rang e Si-eon, um garoto com preocupações muito mais terrenas que namorar e estudar, - ele se divide exaustivamente entre a escola e os empregos temporários, pois tem de ajudar no sustento da família. Jung Chae-bin (Lee Seo-bin) é aquela garota popular, que desperta a inveja das colegas, mas acaba um tanto solitária, pela ausência de amizades verdadeiras.

 Com simplicidade, mas muito coração, a roteirista Lee Na-eun-I (diretora e roteirista de Crushes – Special Edition, 2017) nos revela uma curta, porém intensa, fase da vida de um grupo de jovens, tão longe e tão perto das agruras da vida adulta. O elenco de (quase) novatos de FAILing in Love traz um  encanto e frescor mais do que bem vindo a dramas do gênero. Mal os personagens nos conquistam e a estória acaba, ou melhor, é interrompida bruscamente, nos deixando uma curiosidade sincera sobre o destino desta garotada adorável.

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