País
de origem: Coréia do Sul
Gênero:
Melodrama, Romance, FantasiaDuração: 110 min.
Direção:
Kim Jeong-kwon
Roteiro:
Heo In-ah, Jang Jin, Kim Jeong-kwon, Soo Dah.
Elenco:
Yoo Ji-tae, Kim Ha-neul, Ha Ji-won, Park Yong-woo, Lee Seung-min.
Resumo
Uma
jovem universitária faz amizade com um colega através de transmissões de rádio
amador. Quando resolvem se conhecer pessoalmente, surge a revelação surpreendente...
Eles vivem em mundos paralelos, duas décadas separados um do outro.
Comentário
Antes
de tudo, quero chamar a atenção para uma coincidência quase tão misteriosa quanto
a ficção... O ano de 2000 foi prolífico em filmes com estórias muito similares,
de gente se comunicando através de mundos paralelos. Um pouco depois de Ditto,
estreava nos cinemas coreanos o filme Il Mare, – depois adaptado em Hollywood,
com o também belo The Lake House. Acho que todos já conhecem a estória do casal
que vive na mesma casa, mas em épocas diferentes. No mesmo ano, entrava em
cartaz nos EUA um pequeno filme chamado Frequency, em que um homem conversava
via rádio amador com seu pai, falecido havia 30 anos. Ditto foi um dos dez filmes
mais vistos naquele ano, na Coréia do Sul. Só para aproveitar e fazer mais uma viagem no
tempo, 2000 foi o ano do filme Joint Security Area, que teve impressionantes 2 milhões e
meio de espectadores em seu país.
O
filme Ditto circula por este mundo de ficção científica, de mundos paralelos,
realidades alternativas, etc., mas, felizmente, deixando de lado a parte
complicada da explicação teórica do fenômeno.
O
filme especula, isto sim, sobre as consequências de alguém ter acesso ao seu futuro, e até
que ponto sua vida pode ser alterada ao estar de posse de tais informações
preciosas.
A
estudante So-eun (Kim Ha-neul) é uma garota tímida, que tem uma paixão secreta
por um colega de faculdade, chamado Dong-hee. Quando Dong-hee (Park Yong-woo) volta
à universidade após prestar dois anos de serviço militar, percebe o interesse
da colega e a convida para sair. Sem experiência nos assuntos do amor, So-eun
só pode contar com os conselhos da amiga Sunmi-Hur (Lee Seung-min), que está hospitalizada,
convalescendo de um acidente de bicicleta.
Meio
que por acaso, So-eun leva para casa um velho rádio amador, e começa a se
comunicar com um estudante da mesma universidade, chamado Ji In (Yoo Ji-tae). Os
dois combinam de se encontrar em frente à torre do relógio do campus e, após um
suposto desencontro, eles percebem que algo de estranho está se passando. Acontece
que a jovem So-eun frequenta a escola no ano de 1979, em plena ditadura militar
sul coreana, enquanto que Ji In afirma estudar no mesmo local, só que vinte
anos no futuro.
Embora,
como todo o melodrama, Ditto não economize no açúcar, na música de efeito e nas
lágrimas copiosas, há um poder inequívoco no filme quando os dois personagens principais,
ou melhor, as vozes dos dois personagens se encontram. Os questionamentos
singelos que o casal troca são os mesmos que toda a humanidade compartilha, ou
seja, para onde vamos, como será nosso futuro, até que ponto nossas atitudes de
vida podem mudar o destino dos que estão à nossa volta, e até mesmo do mundo
como um todo.
Ditto
é uma boa oportunidade para os fãs de Yoo Ji-tae, Kim Ha-neul e Ha Ji-won
(quase um bebê na época) viajarem no tempo, se não nas ondas do rádio, ao menos
nas imagens captadas há mais de uma década, e admirarem seus jovens rostos de
então, e como eles já brilhavam espetacularmente na tela do cinema.
É interessante ressaltar o bom trabalho do diretor e roteirista Kim Jeong-kwon, e indicar outros filmes dele, tão sensíveis e tocantes quanto este, como Ba:Bo, Heartbreak Library, ou A Man Who Went to Mars. Sem falar no toque especial do grande escritor Jang Jin, que já cansei de elogiar por aqui, com roteiros brilhantes como os de Someone Special, ou Welcome to Dongmakgol.
Park
Yong-woo, ator: My Love, Butterfly Lady (drama, 2012),The World of Silence
(2006).
Ha Ji-won, atriz (1978): Sector
7 (filme, 2011), Secret Garden (drama, 2010).
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