novembro 04, 2012

Lost In Love (filme, 2006)


País de origem: Coréia do Sul
Gênero: Drama, Romance
Duração: 118 min.
Produção: Cinema Service

Direção: Choo Chang-min
Roteiro: Choo Chang-min, Jeong Seon-joo, Lee Jeong-seob, Lee Ji-seon-I
Elenco: Seol Kyeong-gu, Song Yun-ah, Lee Ki-woo, Lee Hwi-hyang, Jeon Bae-soo.

Resumo

A jovem estudante de veterinária Yeon-su se apaixona por Woo-jae, membro da equipe de remo da universidade. Eles têm uma bela amizade, mas Woo-jae jamais demonstrou qualquer interesse romântico por Yeon-su. Os anos passam, e o destino providencia um reencontro entre os dois.  Finalmente Woo-jae começa a reconhecer a beleza e a bondade de Yeon-su. Será tarde demais para dar uma chance ao amor?


Comentário

Lost in Love ficou marcado, na época de seu lançamento, pelo romance fora da tela entre Seol Kyeong-gu (Haeundae), o ator mais bem pago do cinema coreano, e a atriz Song Yun-ah (On Air). Quem assistir ao filme hoje em dia pode perceber claramente o clima naturalmente romântico entre o casal. É adorável ver o ar embasbacado do bruto Seol Kyeong-gu, diante da delicada coadjuvante. Mais afeito aos papéis de homens violentos, neuróticos ou puramente malucos, por outro lado Seol sempre mostrou um ótimo timing para comédia. A primeira vez que vi o ator foi em Silmido, e até hoje me emociono cada vez que revejo o filme, especialmente pela energia impactante de seu personagem.


Já na trilogia Public Enemy, ele dá vazão ao seu lado mais cômico e debochado, como o irreverente detetive de polícia Kang Chul-jung. A dupla com o ator Jeong Jae-young, nos filmes Silmido e Public Enemy 3 (ambos do diretor Kang Woo-suk ) – no primeiro como parceiros e no segundo como inimigos, é uma das mais memoráveis do cinema coreano. Seria maravilhoso vê-los juntos novamente no cinema, quem sabe em uma bela comédia.

Mas voltando a Lost in Love, este drama romântico tem um ritmo lento, mas que nunca nos faz perder o interesse por seus personagens principais, o casal Woo-jae e Yeon-su.
 



 
O diretor acompanha com igual carinho as alegrias e desventuras que cada um vive em separado, e como estes eventos influenciam o relacionamento entre os dois ao longo do tempo. É como se existisse um fio muito longo ligando o casal, por mais distantes que eles estejam, muitas vezes, um do outro.
 
 
Como todo bom filme coreano, há um sentimento agridoce onipresente, às vezes mais amargo que doce, mas se formos parar para pensar, é algo natural na soma dos eventos pelos quais passamos ao longo de nossas vidas. Nos dramas televisivos coreanos, um tema recorrente é o do amor unilateral, da paixão não correspondida. É impossível não se compadecer e solidarizar com muitos destes personagens, pois no fundo nos identificamos mais com eles do que com aqueles que têm a sorte de desfrutar de um desfecho mais feliz. Às vezes, sofrer por amor parece uma dor vã, inútil, irremediável. Mas passar incólume por este sentimento é tão impossível quanto viver sem comer, beber, ou respirar.

Um comentário:

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