País:
Coréia do Sul
Gênero:
Comédia Romântica, Épico, Fantasia
Duração:
20 episódios (30 min. duração)
Produção:
FNC Entertainment
Distribuição:
Naver, Sohu, Netflix
Direção:
Min Doo-sik
Roteiro:
Kim Soo-jin
Elenco:
Gong Seung-yeon, Lee Jong-hyun, Park Joo-hyung, Lee Jae-jin, Kim Yeon-seo, Ahn
Bo-hyun, Lee Chul-min, Lee Yong-jik, Kim Jung-pal, Kim Chae-eun, Kim Bo-ra.
Resumo
Song
Soo-jeong, uma atriz famosa por interpretar personagens de dramas épicos, é
magicamente transportada à Era Goryeo. Ela se apaixona por On-dal, mas descobre
que ele é um personagem importante da história, destinado a casar-se com a
princesa Pyunggang e tornar-se um grande general.
Comentário
Tem
horas que tudo que você quer é ver um drama mais leve, e, de preferência, que
não tome muito do seu tempo. E os web dramas estão aí para isso mesmo, e de
quebra podemos conhecer novos atores (muitas vezes novatos mesmo), roteiristas
e diretores. O problema é que nem sempre os web dramas “concordam” com
qualidade de produção, ou muito menos com boas atuações. Dei uma espiada, por
exemplo, no recente Wednesday 3:30 p.m.,
e não consegui passar do primeiro episódio. Mas já tive ótimas experiências com
o gênero, e um dos últimos foi com My
Only Love Song, uma produção coreana distribuída com exclusividade para a
mega produtora e distribuidora de conteúdo para a web, Netflix.
Sem
esperar muito além de uma comédia romântica bobinha, fiquei encantada com a
criatividade da estória, e, especialmente, com a competência do elenco. Um
roteiro tão bom caberia muito bem em qualquer produção de um grande canal de
TV. Por outro lado, uma produção mais modesta muitas vezes pode contar com uma
maior liberdade criativa, não é mesmo?
Entre
tantos títulos do gênero, o que me atraiu a ver especialmente My Only Love Song foi o nome da atriz Gong
Seung-yeon. Esta jovem e belíssima atriz conseguiu o feito de chamar a atenção
no épico Six Flying Dragons (SBS, 2015),
entre tantas estrelas do drama, como seu par romântico na ocasião, Yoo Ah-in. E
a carreira da moça vai de vento em popa, já que ela protagonizou, somente em
2017, além deste web drama, o drama Introverted
Boss (tvN), a ficção científica Circle:
Two Worlds Connected (tvN), e Are You
Human, Too (KBS2, inédito).
Com
uma carreira de ator muito menos impressionante, Lee Jong-hyun (mais conhecido
como guitarrista e vocalista do grupo pop CNBLUE) não faz feio como par romântico
de Gong Seung-yeon. Talvez a mágica da súbita boa atuação de Lee Jong-hyun (A Gentleman´s Dignity) esteja no seu encontro
anterior com Gong Seung-yeon, no reality show We Got Married (MBC, 2015), onde o casal teve a oportunidade de
aprofundar seus laços de amizade (e afinar sua química!).
O
elenco mais velho é bem conhecido, e totalmente eficiente, dando o apoio necessário
ao jovem elenco. A presença de caras (quase) novas como Lee Jae-jin (membro do
grupo pop F.T. Island), Ahn Bo-hyun, ou Kim Yeon-seo são a prova de que os web
dramas são uma ótima vitrine para o mercado das séries coreanas.
Gong
Seung-yeon é a atriz Song Soo-jeong, uma celebridade pop, famosa por
interpretar heroínas de dramas épicos. Temperamental e exigente, como toda a
grande diva, Soo-jeong é mais temida do que respeitada por diretores,
assistentes e colegas atores. Irritada com um dia de trabalho especialmente
difícil, e com a especulação sobre sua vida pessoal por parte da imprensa, ela
resolve fugir do set de filmagens.
Para
desespero do diretor do drama (Lee Cheol-min, de Last) e de seu agente (Lee Yong-jik, de The Great Seer), Soo-jeong abandona as filmagens (no cenário real
de um grande palácio), vestida a caráter, dirigindo uma Kombi. Sem saber ao
certo para onde ir, ela segue as instruções do GPS, e dirige por muitos
quilômetros, até se embrenhar por um caminho estreito, cercado por mato, e
chocar-se, subitamente contra algo, ou alguém. Ao descer da van, ela dá de cara
com grupo de soldados vestidos com trajes típicos de tempos muito antigos. Sem
saber se o que está vivendo é sonho ou realidade, Soo-jeong é levada presa,
junto de seu carro, que os estranhos parecem tratar como uma criatura
misteriosa.
Na
sede militar do vilarejo, Soo-jeong é postada ao lado de outros criminosos, e
fica horrorizada ao perceber o que o destino lhe reserva. O único que parece
intrigado com o comportamento da jovem é On-dal (Lee Jong-hyun). On-dal é um
trambiqueiro conhecido da polícia, sempre envolvido em métodos escusos de ganhar
dinheiro. Ele se diverte com a atuação de Soo-jeong, que insiste em ser a princesa
Pyunggang, herdeira do reino Goryeo, à época. Ela acaba convencendo o
magistrado (também interpretado por Lee Cheol-min) de que é mesmo a princesa
desaparecida. Mas a mentira não dura muito tempo, e ela acaba fugindo com
On-dal, com quem estabelece uma divertida relação de amor e ódio, no melhor
estilo das comédias românticas clássicas.
Tudo
se complica quando o casal se vê em uma nova missão, a de ajudar a verdadeira
princesa Pyunggang (Kim Yeon-seo, de New
Trial) a fugir de um casamento forçado com um nobre pernóstico, o general Go
Il-yong (Park Joo-hyung). Park Joo-hyung (Lookout,
Chief Kim) rouba a cena, como o homem
mais desagradavelmente vaidoso e malévolo que a ficção épica já conheceu. É
muito engraçado ver como comportamento bizarro do efeminado general Go Il-yong
constrange até mesmo seus serviçais, em especial o assistente pessoal
(interpretado por Kim Jung-pal, de Pied Piper), que tem de aturar seus chiliques constantes. A única pessoa que
consegue tirá-lo do sério é Soo-jeong, e, por isso, mesmo, a garota torna-se
sua maior obsessão. E sabe que rola uma química muito boa entre os dois, com
cenas cômicas impagáveis.
A
princesa Pyunggang, filha única do rei Pyungwon (Lee Yong-jik, que também faz o
papel de agente de Soo-jeong) passou a vida trancafiada no palácio, e,
naturalmente, se vê encantada com a inédita liberdade de andar pelo mundo, e de
conhecer um homem charmoso e rebelde como On-dal. Enquanto isso, o guarda-costas
Moo-myung (Ahn Bo-hyun, de Descendants of
the Sun) protege a princesa incondicionalmente, e sofre calado com seu amor
impossível por ela.
Song
Soo-jeong é um personagem surpreendente, por sua bravura, audácia e paixão pela
vida. É impossível não comparar Song Soo-jeong com outro personagem que sofreu
com um destino similar, a pobre Hae-soo, de Moon
Lovers: Scarlet Heart Ryeo. Hae-soo é um personagem que me deixou muito deprimida,
pois apesar de ter vivido alguns momentos de alegria, acabou se rendendo ao
lado trágico de sua sina de ser prisioneira do passado. Felizmente, Soo-jeong é
muito diferente – desde o princípio ela não se deixa intimidar, e impõe sua
vontade diante das situações mais difíceis. É interessante que alguns
flashbacks mostram como o caráter forte da garota se formou – uma órfã criada
pela avó, Soo-jeong batalhou muito para chegar à fama como atriz. É por isso
que ela combina tanto com On-dal, que também sofreu muito com o destino trágico
de sua família, e vive única e exclusivamente com o objetivo de salvar sua mãe.
A
fantasia tresloucada, o humor irreverente, e o romantismo épico fazem desta
pequena pérola, My Only Love Song, uma
grande pedida para uma maratona de fim de semana...
Fiquei curiosa para assistir. Já tinha olhado esse drama algumas vezes no Netiflix mas sempre me pareceu tão bobinho que nunca dei uma chance...
ResponderExcluirOi Aline,
Excluirapesar de não ser uma obra prima, é uma comédia romântica muito honesta em suas limitações, o que acaba sendo sua melhor qualidade.
abraços,
Sam.