setembro 05, 2017

Crisis: Special Security Squad (drama, 2017)




País: Japão
Gênero: Policial, Thriller
Duração: 10 episódios
Produção: Fuji TV

Direção: Suzuki Kosuke, Shiraki Keiichiro
Roteiro: Kaneshiro Kazuki

Elenco: Oguri Shun, Nishijima Hidetoshi, Tanaka Tetsushi, Nomagushi Toru, Araki Yuko, Nagatsuka Kyozo, Iida Kisuke, Mashima Hidekazu, Ishida Yuriko, Nozaki Moeka, Kaneko Nobuaki.

Resumo

Para enfrentar perigosos grupos terroristas que agem dentro do país, o governo forma um esquadrão especial, composto por cinco profissionais, cada um com uma habilidade especial.

Comentário

Crisis: Special Security Squad é um thriller policial, com enfoque no drama social contemporâneo. O drama aborda, com muita propriedade, uma das maiores aflições da sociedade moderna, o fantasma do terrorismo urbano, que pode atacar a qualquer hora, em qualquer lugar, deixando o cidadão em verdadeiro estado de paranoia.


Não costumo prestar muita atenção nos nomes dos diretores de dramas japoneses (ao contrário dos famosos PDs coreanos), mas admiro o trabalho da dupla de PDs de Crisis, Suzuki Kosuke (Lady Joker, Marks no Yama) e Shiraki Keiichiro (Siren, Hungry!). E Kaneshiro Kazuki é um escritor muito talentoso, que transita bem entre o drama (Fly, Daddy, Fly), e o suspense (SP, Border).

O drama começa com os altos escalões do governo ordenando o diretor da agência de segurança nacional, Kaji Daiki (Nagatsuka Kyozo, de Onna no Kunsho), a formar um esquadrão secreto. O governo anda muito preocupado com o aumento no número de células terroristas, as quais vêm cooptando cidadãos, especialmente os mais jovens, por serem naturalmente mais influenciáveis, a cometer atos de violência contra a população.

O subdiretor Aonuma Yuukou (ator Iida Kisuke) escolhe cinco agentes, cada um com uma habilidade especial, para formar o grupo secreto que terá a missão de investigar, vigiar e capturar os bandidos, antes que cometam seus atos de terror. 


O líder do novo esquadrão é Yoshinaga Mitsunari (Tanaka Tetsushi, de Love Song) um agente muito bem articulado, especialista em interrogatórios, e em elaborar perfis dos criminosos. Kashii Yusuke (Nomagushi Toru, de Border) sabe tudo sobre artefatos explosivos, e tem a habilidade impressionante de detectar uma bomba apenas pelo olfato. A única mulher do grupo é a jovem Oyama Rei (Araki Yuko, de Code Blue 3), uma ex-hacker, um gênio dos computadores. 


Tamaru Saburo (Nishijima Hidetoshi), ex-membro das forças especiais da polícia, é um agente modelo, mestre em artes marciais, e no manuseio de armas. O último agente a entrar para a equipe é Inami Akira (Oguri Shun), um militar das forças especiais que é afastado do posto, com síndrome de estresse pós-traumático. Akira, apesar de ser um soldado treinado para eliminar friamente o inimigo, sofre com as consequências psicológicas de suas antigas missões, enquanto tenta esconder suas feridas emocionais com uma personalidade alegre e despreocupada...


... E ele acaba sendo o personagem que quebra o gelo, e dá a ‘liga’ à equipe, que apesar de pequena, tem pessoas tão diferentes umas das outras. Aliás, este é um dos motivos para o drama ter um charme especial, a sincronia perfeita que se estabelece no grupo, especialmente durante as missões. Cada um conhece e respeita as habilidades do outro, - com exceção de certos momentos em que os agentes Akira e Saburo fogem da regra, mais por ansiedade heroica, do que por egoísmo. Oguri Shun (Border, Rich Man, Poor Woman) e Nishijima Hidetoshi (Strawberry Night, Real Clothes) formam uma dupla fantástica, um bromance cheio de energia masculina, e um bocado de carinho no olhar 😂...


... Além da boa química entre os protagonistas, gostei muito das cenas de luta, os atores ‘se puxam’ e as coreografias são bem realistas. Mais ou menos a cada dois episódios um caso é investigado e resolvido, o que torna o enredo verdadeiramente eletrizante. 


Mas há uma estória que serve de pano de fundo, a de uma seita que esconde um grupo terrorista muito perigoso. Hayashi Satoshi (Mashima Hidekazu) é um agente infiltrado nesta seita. Nesta condição de agente secreto, ele não pode nem ao menos se comunicar regularmente com sua esposa, Chigusa (Ishida Yuriko, We Married as Job). Seu contato indireto com o marido é feito através do agente Tamaru Saburo, que parece curtir uma paixão secreta por Chigusa.


Apesar das cenas cruas e violentas, há espaço para refletir sobre a solidão dos protagonistas, que vivem uma vida secreta em todos os sentidos... Os dez episódios de Crisis passam voando, e é uma pena que a esperança de uma continuação (e a oportunidade de rever personagens tão carismáticos) se evapore, com um desfecho melancólico, embora totalmente coerente com a trama. De qualquer modo, é um belo drama, que já está na minha lista de melhores do ano!

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