Wuxia – gênero cinematográfico, ou literário chinês, que mistura fantasia e artes marciais, e que pode ser traduzido livremente como ‘herói das artes marciais’. O filme “O Tigre e o Dragão”, por exemplo, foi baseado no gênero wuxia.
País: Hong Kong, China
Gênero: thriller, artes marciais
Duração: 115 min.
Produção: Peter Chan, Huang Jianxin, Jojo Hui
Direção: Peter Chan
Roteiro: Aubrey Lam
Elenco: Donnie Yen, Takeshi Kaneshiro, Tang Wei, Jimmy Wang, Kara Hui.
Wu Xia é um filme que mistura suspense com artes marciais, dirigido por Peter Chan, estrelando Donnie Yen, Takeshi Kaneshiro e Tang Wei. O filme estreiou em maio de 2011, no Festival Internacional de Cinema de Cannes (na categoria ‘Seção da Meia-Noite’).
Para quem gosta de filmes de artes marciais, ou de dramas policiais (se gostar dos dois gêneros, está premiado!), Wu Xia é uma obra imperdível. E se o espectador (como eu) gosta de se surpreender, nem leia a sinopse abaixo e corra para ver o filme. A surpresa, no caso desse filme, realça em muito o prazer em acompanhar a trama.
Sinopse (com spoilers médios)
Wu Xia se passa no ano de 1917, pós-Dinastia Qing, na pequena vila Liu (cada vila tinha o nome de um clã, o que significava que todos os seus habitantes compartilhavam o mesmo sobrenome, no caso Liu), na fronteira de Yunnan, China.
Liu Jinxi (Donnie Yen) e sua esposa Yu (Tang Wei) são um casal simples com dois filhos pequenos, Fangzheng e Xiaotian, que mora na vila Liu. Um dia, dois bandidos entram na vila e tentam assaltar o armazém local. Liu Jinxi, que se encontrava no local no momento do assalto, luta (desajeitadamente) com os ladrões, quando vê que estes começam a agredir o casal de proprietários idosos. Ele acaba matando os bandidos durante o embate. O detetive Xu Baijiu (Takeshi Kaneshiro) é chamado para investigar o ocorrido, e descobre que os bandidos eram fugitivos perigosos, procurados pelo governo chinês. O magistrado local fica satisfeito por eles terem sido mortos em sua comarca, e Liu Jinxi é considerado um herói pelo povo da aldeia.
Entretanto, o detetive Xu fica intrigado e suspeitoso, pois não acredita que os bandidos com fama de serem grandes lutadores, poderiam ser facilmente mortos por Liu, um mero fabricante de papel. Examinando a cena do crime como um verdadeiro Sherlock Holmes, Xu é capaz de deduzir que Liu na verdade é um mestre em artes marciais, pelo ‘estrago’ que fez nos corpos dos bandidos. E investigando mais fundo ele descobre a verdadeira identidade de Liu Jinxi.
Comentário
Tive, pessoalmente, minha fase de fã de filmes chineses de artes marciais. E apesar de admirar e reconhecer o talento de Donnie Yen como lutador, sempre o achei sofrível como ator, além de pouco carismático – ao contrário de figuras simpáticas como Jackie Chan e Jet Li. Aliás, Donnie Yen nunca teve fama de simpático, muito pelo contrário. Assim, fui feliz da vida assistir Wu Xia só para ver o maravilhoso (lindo, simpático, ótimo ator) Takeshi Kaneshiro. E é claro que não me decepcionei, pois sua atuação como o detetive Xu é sensacional. Dá para perceber sua evolução constante como ator (e ele continua lindíssimo!).
Mas tive de rever meus conceitos sobre Yen. Não sei como, mas o diretor Peter Chan fez um milagre ao arrancar uma atuação tão boa de Yen. Ele consegue passar uma imagem de homem meigo, doce – no convívio com a mulher e os filhos – é verdadeiramente tocante ver o relacionamento dele com a família.
Por outro lado, quando seu passado é revelado, e vemos todo seu potencial de mestre das artes marciais, é de ‘cair o queixo’. O homem está em plena forma, e ainda tem o mérito de ter se encarregado da direção de ação, ou seja, de elaborar todas as coreografias das lutas. Aliás, as cenas de ação são verdadeiramente memoráveis. Mesmo para quem já viu muitos filmes do gênero, não tem como não se surpreender. Duvido que mesmo alguém que não goste de filmes de artes marciais, não fique sem fôlego ao presenciar coreografias tão elaboradas, de uma plasticidade única.
A bela e talentosa atriz Tang Wei |
Juntando o talento de Yen, com a direção impecável do cantonês Peter Chan, mais a fotografia belíssima de Lai Yiu-fat e Jake Pollock – as paisagens das florestas úmidas da Tailândia dão uma sensação de mistério, sonho e assombração, tornando-se um personagem a mais na estória. Algo que me impressionou muito também foi a edição de som - quem puder assistir o filme com fones vai perceber bem a qualidade sonora. Sem contar a trilha envolvente, a cargo de Chan Kwong-wing e Peter Kam.
Todo
esse pacote de alta qualidade cinematográfica – roteiro inteligente, bons
atores, produção impecável – custaram ‘meros’ U$ 20 milhões. E depois tem quem
se pergunte por que Hollywood gasta tanto para produzir filmes tão medíocres.
Pena que não tivemos a oportunidade (no Brasil) de desfrutar de Wu Xia na tela
grande dos cinemas.
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