Talvez
você não tenha se dado conta, mas um tema recorrente na dramaturgia televisiva
coreana (e japonesa) é a viagem no tempo. O enredo pode ser absolutamente
fantasioso, ou até mesmo inspirado em teorias científicas sérias, mas o fato é
que os roteiristas de dramas tem uma quedinha pelo tema. O gancho preferido, é
claro, é o do romance que desafia as barreiras da separação por espaço e
tempo... Pois parece que não há nada mais romântico que apaixonar-se por alguém
que veio de outra dimensão, só para conhecer o amor predestinado pelas
estrelas... Infelizmente, para os envolvidos na aventura, ignorar as leis da
física costuma ser muito perigoso, e o desfecho de muitas dessas estórias de
amor não presume de um final feliz.
À
medida que eu tentava puxar da memória os dramas mais conhecidos no gênero, a
lista foi crescendo sem parar, e resolvi ficar com esta amostra razoável,
contando com os leitores para nos ajudar a acrescentar algum título importante
que tenha ficado de fora.
A
minha viagem no tempo tem início em março de 2013 com...
Nine:
Nine Times Travel (20 episódios, tvN/2013)
Nine: Nine
Times Travel
é o primeiro drama que me vem à mente quando penso em dramas coreanos do gênero
de ficção científica. Com uma estória envolvente e uma trama complexa e repleta
de suspense, Nine é um drama
inesquecível. Apenas um ano antes o diretor Kim Byeong-soo e as roteiristas Song
Jae-jeong e Kim Yoon-joo haviam trabalhado juntos, também na tvN, no drama Queen In-Hyun's Man, que, coincidência
ou não, também versava sobre viagens no tempo, mas com um viés bem mais
romântico.
O
ator Lee Jin-wook é Park Seon-woo, um repórter e âncora de noticiário de TV. Ele
flerta com a colega repórter Joo Min-young (Jo Yoon-hee), uma jovem alegre, e
um tanto inocente. Joo Min-young viaja ao Nepal para documentar a escalada de
um grupo de montanhistas coreanos ao Monte Annapurna. Dias depois ela se
surpreende com a visita de Park Seon-woo ao local. O repórter não está nas
montanhas a trabalho, mas para tentar encontrar o irmão mais velho, Jeong-woo (Jeon
No-min), que desapareceu misteriosamente na região. Jeong-woo é encontrado pela
polícia, morto por congelamento. Entre os pertences do irmão, Park Seon-woo
encontra um invólucro com nove incensos. Logo o repórter descobre que os
incensos tem o poder mágico de transportá-lo para o passado, exatamente há 20
anos. Com este poder inesperado, Park Seon-woo irá tentar mudar eventos
trágicos do passado de sua família, que levaram à morte de seu pai. No entanto,
não demora muito para que Seon-woo perceba que, ao alterar o passado, ele
estará mexendo com eventos futuros, não apenas ligados a sua família, mas de muitas
pessoas importantes em sua vida, como sua amada Min-young.
Rooftop
Prince (20 episódios, SBS/2012)
O
que aconteceria se personagens históricos tivessem a oportunidade de viajar ao
presente, e como eles reagiriam às suas mudanças sociais e tecnológicas? Este é
um argumento que costuma gerar conflitos interessantes e piadas inevitáveis. E
em Rooftop Prince não poderia ser
diferente... Quando o príncipe herdeiro Lee Kak (Park Yoochun) se tranporta
magicamente para a Seul do século XXI, a confusão está servida! Em plena Era
Joseon, o príncipe Lee Kak tem, como era o costume da época, seu casamento
arranjado com uma jovem da nobresa, chamada Boo-yong. Acontece que a irmã mais velha
de Boo-yong, Hwa-yong (Jeong Yoo-mi) não se conforma com a sorte da irmã e
ambiciona ser uma princesa a qualquer custo. Quando Hwa-yong marca o rosto da
irmã mais nova com um ferro quente, acaba sendo escolhida como a prometida do
príncipe. Tempos depois, já casada com Lee Kak, Hwa-yong é encontrada morta,
afogada em um lago do palácio. Quando o príncipe resolve investigar o caso,
acaba, misteriosamente, viajando 300 anos no tempo e, junto de seus três fieis
guarda-costas, materializa-se no terraço de um modesto prédio de apartamentos
de Seul. E é neste instante que o príncipe terá um encontro com o destino, ao
deparar-se com uma jovem chamada Park Ha (Han Ji-min), que nada mais é do que a
reencarnação de Boo-young. Rooftop Prince
não teve uma aprovação unânime da audiência, muito em parte pela oscilação um
tanto incômoda entre a comédia romântica e o melodrama. A roteirista Lee Hee-myung
(The Girl Who Sees Smells, Beautiful Gong-shim), tem um talento
incontestável para criar argumentos originais e atraentes, mas peca, na maioria
das vezes, no desfecho de seus dramas. Uma parceria com um escritor mais experiente,
ou um PD mais pró-ativo, seria a solução para implementar as falhas desta boa, mas
ainda imatura roteirista.
Shin
Yoon-sub (Ugly Alert) é um diretor
correto, mas talvez um tanto acomodado, que deixou-se levar pelas mudanças
bruscas de humor de Rooftop Prince.
Apesar dos pesares, eu gostei do final de Rooftop
Prince, romântico, melancólico, mas que amarra com muita coerência os
eventos iniciais com o destino final de seus personagens.
Faith
(24 episódios, SBS/2012)
Faith é a estória
fantástica do encontro mais do que improvável entre um guerreiro da primitiva
Era Goryeo com uma médica da era contemporânea. Em Faith, existe um portal com passagem de ida e volta entre os dois
lados (passado e presente), pelo qual os protagonistas viajam no tempo. Lee
Min-ho é o guerreiro Choi Young, que chega ao presente, com a missão de
capturar um curandeiro que salve a vida da princesa Nogoog (Park Se-young),
prometida do rei Gongmin (Ryu Deok-hwan). É assim que Choi Young arrasta contra
a vontade a médica Yoo Eun-soo (Kim Hee-seon) para um dos períodos mais
selvagens e conflituosos da história do país. Faith é um drama de direção pesada, efeitos especiais de qualidade
duvidosa, e atuações um tanto caricatas. Não vou esconder meu desgosto com este
drama, que só é incensado pelas fãs incondicionais de Lee Min-ho. É uma pena
que Faith tenha resultado em um drama
com tantas debilidades, levando-se em conta que a roteirista Song Ji-na é
responsável por um drama clássico, Sandglass,
e pelo mais recente Healer, uma
aventura romântica das mais agradáveis. Como nota triste ainda fica a morte
lamentável do PD Kim Jong-hak (Sandglass,
1995), que cometeu suicídio em 2013.
Splash
Splash Love (2 episódios, MBC/2015)
Splash Splash
Love
é um mini-drama coreano em dois episódios, que poderia muito bem ter sido
transformado em filme de sucesso. O diretor e roteirista Kim Ji-hyun é o mentor
desta bela e fantasiosa estória de amor transcedental.
Dan-bi
(Kim Seul-gi, de Oh My Ghostess) é
uma estudante que está se preparando para prestar o vestibular universitário.
Insegura sobre sua capacidade intelectual, Dan-bi desiste das provas no último
instante, e corre pelas ruas de Seul, em meio a uma chuva torrencial. A
adolescente pula em uma poça de água, que é o portal mágico para um passado
distante. Presa na Era Joseon, ela se apaixona pelo jovem príncipe herdeiro Lee
Do (Yoon Doo-joon, de Let´s Eat).
Splash Splash
Love
é um drama impecável (talvez por sua curta duração), com um equilíbrio
invejável de humor, aventura e romance. Uma das mais belas e românticas
estórias de viagem no tempo já encenadas. Imperdível!
Ando
Lloyd (10 episódios, TBS/2013)
Os
japoneses, grandes fãs (e praticamente inventores) da fantasia moderna, não
poderiam ficar atrás na confecção de dramas sobre viajem no tempo. Ando Lloyd é um belo exemplo de drama
que mistura ficção científica clássica com fantasia romântica, na melhor
tradição japonesa de adaptar o gênero à sua cultura peculiar.
Matsushima
Reiji (Kimura Takuya) é um gênio da física, que estuda a teoria dos “wormholes”
(portais anômalos que ligariam mundos paralelos). Certo dia, Reiji é morto em
circunstâncias pouco claras. A noiva de Reiji, Ando Asahi (Shibasaki Kou),
trabalha em uma grande empresa de tecnologia de informática. Tempos depois,
ainda abalada com a morte do noivo, ela sofre um atentado contra sua vida.
Neste instante surge diante de Asashi um homem chamado Lloyd, que é o sósia
exato de Reiji. Lloyd é um androide, vindo do futuro (de 2113), com a missão de
proteger Asashi de assassinos, também vindos do futuro. Asashi precisa
descobrir quem enviou Lloyd ao presente, e porque Renji desapareceu sem deixar
rastros. Descaradamente inspirado em filmes como Matrix, ou o Exterminador do
Futuro, Ando Lloyd é um drama
feito para quem gosta do gênero, ou ainda, para desfrutar da reunião, após
tantos anos do casal Shibasaki Kou e Kimura Takuya, tão amado pelo drama Good Luck!! (2003)
Nobunaga
Concerto (11 episódios, Fuji/2014)
Outro
drama japonês do gênero é Nobunaga Concerto, baseado no mangá homônimo, de Ishii
Ayumi. O ator Oguri Shun interpreta o adolescente Saburo, um garoto pouco
ligado nos estudos, mas que se dá bem nos esportes. Certo dia, Saburo é
transportado para o ano de 1549, em plena Era Sengoku do Japão antigo. Ali
Saburo irá conhecer um importante personagem histórico, o jovem guerreiro Oda
Nobunaga, conhecido por sua bravura. Acontece que Nobunaga não era tão corajoso
ou forte quanto os livros de história o pintavam. Muito pelo contrário, ele era
um homem fraco e doente. Mas o mais surpreendente é que Nobunaga é a cara de
Saburo! Aproveitando-se da incrível conincidência, Nobunaga pede a Saburo que
assuma sua identidade e lidere a revolução para unificar o país. Será que um
mero adolescente vindo do futuro será capaz de sobreviver ao caos de um dos
períodos mais sombrios da história do Japão? Coestrelam Shibasaki Kou (de Ando Lloyd) como Ki Cho, a esposa de Oda
Nobunaga, Mukai Osamu, como Ikeda Tsuneoki e Mizuhara Kiko, como Oichi.
God´s
Gift: 14 Days (16 episódios, SBS/2014)
É
difícl imaginar uma tragédia mais terrível do que uma mãe perder um filho, e o
que acontece com a protagonista de God´s
Gift: 14 Days. Quando sua filha Saet-byeol (Kim Yoo-bin-I) é sequestrada, e mais tarde encontrada morta,
afogada, Kim Soo-hyun (Lee Bo-young) não se conforma. Em choque, ela
resolve tirar a própria vida, no lago onde a menina morreu. No exato instante
em que Soo-hyun se afoga, um homem chamado Gi Dong-chan (Jo Seung-woo) é jogado na água por uma
gangue mafiosa. Ambos sobrevivem, mas acordam há exatos 14 dias no passado.
Juntos eles irão tentar prevenir a morte de Saet-byeol, além de desvendar o
motivo do crime.
God´s Gift: 14
Days
tem um elenco sólido, encabeçado pelo casal Lee Bo-young (I Hear Your Voice) e Jo
Seung-woo (The Sword With No Name).
Ainda temos Jeong Gyeo-woon (Sign),
como o detetive de polícia Hyeon Woo-jin, e Kim Tae-woo (Goodbye Mr Black), como Han Ji-hoon, o advogado e marido de Soo-hyun.
O fato é que, apesar do belo elenco e produção, God´s Gift: 14 Days foi um dos dramas mais comentados e criticados
dos últimos tempos. Nas mãos de uma roteirista fraca, Choi Ran-I (Il Ji-mae, 2008) e de uma produção
relapsa, o drama naufragou de forma estrondosa, no momento mais esperado pela
audiência, em seu suposto e impactante epílogo. Poucas vezes se viu, ou leu,
nas redes sociais, reclamações tão contundentes, e com razão, sobre o desfecho
de um drama. Não é questão de protestar sobre o destino dos personagens, mas o
modo como a estória foi conduzida. God´s
Gift é um drama que deixou um gosto amargo na boca do espectador, por um
deslize que, infelizmente, não pôde ser perdoado.
Queen
In-Hyun's Man (16 episódios, tvN/2012)
O
PD Kim Byeong-soo (Bubblegum, The Three Musketeers) e as roteiristas
Song Jae-jeong e Kim Yoon-joo (a mesma equipe por trás de Nine: Nine Times Travel) reuniram-se para contar a açucarada estória
de amor intitulada Queen In-Hyun's Man.
Kim
Boong-do (Ji Hyeon-woo, de Wanted) é
um jovem nobre na Era Joseon. Ele é transportado para o palácio Imperial de
Seul, 300 anos no futuro, onde se encontra com a atriz Choi Hee-jin (Yoo In-na).
Hee-jin está no Palácio para as filmagens de um drama épico, no qual interpreta
o papel secundário da rainha In-Hyu. Queen
In-Hyun's Man foi um dos primeiros grandes sucessos da tvN, muito
influenciado pelo romance levado à vida real por seus protagonistas, Yoo In-na e Ji Hyeon-woo. Para mim, Queen In-Hyun's Man é um drama muito abaixo da média, seja pelas
atuações, ou pelo roteiro em si. Não me emociona um personagem como Kim Boong-do,
um troglodita em seu tempo, que se transforma magicamente em cavalheiro ao cair
no século XXI. Se não fosse pela química indiscutível entre o par romântico,
duvido que o drama tivesse despertado tanto interesse. Enfim, para quem curte
romance pelo romance, é um prato cheio.
Operation
Proposal (16 episódios, CSTV/ 2012)
Remake
do drama japonês Operation Love
(Fuji, 2007), com Yoo Seung-ho (Remember:
war of the son) e Park Eun-bin (Age
of Youth). Kang Baek-ho (Yoo Seung-ho) é o personagem que viaja ao passado
para proteger seu primeiro amor, Yi-seul (Park Eun-bin). Baek-ho e Yi-seul são
amigos há mais de 20 anos. Agora que Yi-seul resolveu casar-se, Baek-so começa
a questionar seus verdadeiros sentimentos para com a amiga. No dia da cerimônia
do casamento, Baek-ho encontra uma antiga carta de Yi-seul, declarando seu amor
por ele. Lamentando ter perdido a amada, ele aceita a proposta de um estranho
para voltar no tempo e mudar seu destino.
Marry
Him If You Dare (16 episódios, KBS2/2013)
Imagine
que uma versão sua mais velha viesse do futuro para aconselhá-lo, e o pior,
criticar suas decisões do presente. Será que você iria gostar de saber que seus
sonhos e metas de vida resultarão em um grande fracasso, mesmo que no momento
você esteja tão empenhado em alcança-los? Pensando bem, a premissa de Marry Him If You Dare é uma das mais
tolas e frustrantes que um escritor poderia imaginar. Mesmo assim, a esperança
de que este drama fosse ao menos romântico e divertido era grande. Tudo por
causa da presença do casal de atores Yoon Eun-hye e Lee Dong-gun. Infelizmente,
o resultado não poderia ter sido pior. Quem me dera poder viajar no tempo e
incomodar a roteirista, até que ela corrijisse o desfecho do drama.
Aos
32 anos, Na Mi-rae (Yoon Eun-hye) resolve começar uma nova carreira, como
roteirista. Ela consegue um estágio em uma grande rede de TV, onde trabalha o
repórter e âncora de noticiário Kim Shin (Lee Dong-gun). Os dois se envolvem
romanticamente, mas uma mulher (Choi Myeong-gil) começa a perseguir Mi-rae,
proclamando-se ser sua versão do futuro, aos 57 anos de idade. A princípio
Mi-rae não acredita na mulher, mas aos poucos, confirmando a identidade
verdadeira desta, começa a questionar suas decisões de vida. O objetivo da viajante
do futuro é impedir que Mi-rae se case com o repórter Kim Shin. Ela tenta
convencer Mi-rae a envolver-se com o jovem milionário Park Se-joo (Jeong Yong-hwa).
Signal
(tvN, 2016)
Um
dos argumentos mais inteligentes, originais e divertidos sobre a possiblidade
de viagens no tempo, e mundos paralelos. Só mesmo uma dupla brilhante como Kim Won-suk (direção) e Kim Eun-hee (roteiro), poderia ter presenteado a
audiência com um drama tão maravilhoso.
O
policial Park Hae-young (Lee Je-hoon) encontra um walkie-talkie antigo que,
misteriosamente, recebe sinais do passado. É assim que ele se comunica com o
detetive Lee Jae-han (Jo Jin-woong), e os dois se unem para resolver casos de
polícia. No entanto, eles logo descobrirão que alterar eventos do passado pode
trazer graves consequências para suas vidas.
Leia
aqui meu
review completo do drama.
W
(16 episódios, MBC/2016)
A
roteirista Song Jae-jeong (Nine: Nine
Times Travel, Queen In-Hyun's Man)
volta aos dramas, e ao seu tema favorito, a ficção científica, mas desta vez
com um enfoque ainda mais complexo, envolvendo não apenas viajens no tempo, mas
entre múltiplas dimensões. Bebendo diretamente da fonte criativa das estórias
em quadrinhos, Song Jae-jeong une-se ao PD Jeong Dae-yoon (Arang and the Magistrate, She
Was Pretty) para engendrar uma estória complexa, mas tão divertida quanto
as melhores estórias de super heróis. Basicamente, W (ou W: Two Worlds)
conta a estória de amor entre Kang Chul (Lee Jong-seok), o herói que habita uma
estória em quadrinhos intitulada “W”, e Oh Yeon-joo (Han Hyo-joo), uma médica
que vive no ‘mundo real’. Deliciosamente romântico e repleto de reviravoltas,
aventura e suspense, W é um dos
dramas mais originais e inspirados dos últimos anos.
Um
movimento interessante tem ocorrido recentemente na produção de dramas
coreanos, onde os canais de tv a cabo (como tvN, ou OCN) tentam alcançar o
padrão das grandes redes abertas (e com isso perdendo em parte seu frescor
original), enquanto que estas (MBC, SBS) buscam renovar seu produto, como
aconteceu, por sorte, com W.
Moon
Lovers: Scarlet Heart Ryeo (21 episódios, SBS/2016)
Moon Lovers:
Scarlet Heart Ryeo
é uma refilmagem do drama chinês Scarlet
Heart (HBS, 2011), que, por sua vez, é baseado no romance Bu Bu Jing Xin, de Tong Hua. Dirigido
por Kim Kyu-tae (It´s Ok, This is Love)
e adaptado por Jo Yoon-young (Cinderella
Man), Moon Lovers é uma ‘fusão’
de fantasia e drama épico, com altas cargas de romantismo.
No
presente, Hae-soo (Lee Ji-eun) mergulha em um lago, e um eclipse solar a
transporta ao passado, mais precisamente para a Era Goryeo. Ali, ela irá
conviver com a mais alta corte do país, cercada de belos príncipes, mas também de
inúmeras intrigas palacianas. Os príncipes Wang So (Lee Jeon-ki) e Wang Wook
(Kang Ha-neul) irão disputar o amor da jovem Hae-soo.
Nossa, preciso muito ver Signal!
ResponderExcluirEu realmente adorei o drama W no geral, não dá pra não dizer que o plot era inovador, porem fiquei decepcionada com o final. Estou curiosa pra saber sua opinião sobre o desfecho de W.
Oi Luppi,
Excluirlargue tudo que está fazendo e vai ver Signal!
O que te decepcionou no final de W, exatamente?
Eu gostei muito, embora o epílogo tenha sofrido de um certo anticlimax, depois de tantas reviravoltas e correrias... Mas achei que fez muito sentido, no contexto da estória - uma aventura (o mangá W) que se transforma em romance, com o "crossover" de Yeon-joo para os quadrinhos...
ExcluirSignal tá marcado pra esse Domingo! Vi Time Renegades e acabei ficando super curiosa sobre Signal.
O que me chateou um em W foi o fato do Pai dela ter morrido e não ter mostrado o final dos amigos do Kang Chul.
Eu não sei se entendi errado, mas o Pai dela iria desparecer porque virou um vilão e o final feliz pra ele é o final triste do Kang Chul, no entanto o congressista passou a ser o vilão então o Pai dela não precisaria morrer. Da mesma forma que a Yeon Joo virou e "desvirou" um personagem, dele poderia ter feito. Fora que ela morreu no plano físico e simplesmente voltou a vida do quadrinho pra o mundo real. Ok, isso é um drama, ficção, só de ter um mundo paralelo ela voltar a vida de um quadrinho é crível, mas não seria possível o mesmo pra ele?
Eu pessoalmente me incomodo quando os personagens secundários existem apenas como escada para os protagonistas. Eu gosto quando eles tem a sua própria história e me incomoda muito quando não há um final pra eles. Ficou subentendido que o mundo de W continuaria fora da história, e que o amigo dele ficou cuidado empresa dele e a amiga ficou fazendo sabe-se lá o quê.
Como o Kang Chul saiu de lá se não há tablet no mundo real? Se o Webtoon acabou então todas as variaveis terminariam também, então ele não teria como sair de lá. O que aconteceria depois que o Pai dela não aparecesse após 1 ou mais anos? Enfim, eu achei o final de W deixou muitas perguntas.
Mas apesar disso o drama no geral foi excelente. Eu realmente gostaria que esse drama tivesse muitas e muitas temporadas.
Oi Luppi,
Excluirentendo teu ponto de vista, que quando nos envolvemos com os personagens, temos a expectativa de ver um final,se não feliz, ao menos coerente para eles... No caso de W, admitindo que estamos falando de uma hper-ficção (que ousa misturar viagem interdimensional com a fantasia dos quadrinhos), é preciso aceitar que tudo é possível... Achei que a morte do pai de Yeon-joo foi triste, mas inevitável. Pense bem, para ele, o mundo dos quadrinhos é real (afinal, ele envolveu-se tanto que tentou matar o herói) e os crimes que cometeu, mesmo que "fictícios" o tornaram um vilão. Sobre os amigos de Kang Chul, não sei, talvez eles pudessem ter migrado para a vida real (mas daí a estória teria de se alongar). O tablet existia na vida real, e só desapareceu com a morte do autor, e a volta de Kang Chul. Acho inclusive que só a morte do autor na ficção poderia fazer com que o portal entre as duas dimensões se fechasse.
Enfim, Luppi, acho que só o fato de termos tantas coisas divertidas para argumentar sobre o drama, nos diz o quão interessante ele foi, não é mesmo. Eu, ao menos, me diverti demais!
Ah, e achei muito louvável a iniciativa da roteirista de liberar a leitura do roteiro original para o público (como eu gostaria de poder ter este arquivo em mãos), até para mostrar que muitas cenas foram eliminadas pela produção, e talvez por isso ficaram algumas dúvidas sobre o destino dos personagens.
até mais, bjs,
Sam.
Oi Alayana,
ResponderExcluirmuito obrigada pelo carinho de sempre!
Que bom que vc concorda comigo sobre Quenn In-hyung´s Man (tbém achei que estava sozinha nessa). Mas não tenho a intenção de magoar quem gostou do drama - eu já curti tantos outros que a maioria desprezou...normal. Sobre Lee Jin-wook, não sou grande fã dele, apesar disso, acho Nine sua melhor atuação até hoje.
Falando de boas atuações, acho que W foi um ponto de inflexão na carreira de Lee Jong-seok. Sua atuação em W foi mais discreta, mas acho que ele está amadurecendo e se dando conta da inportância de interagir mais com os colegas atores. Ele mesmo comentou em entrevista algo neste aspecto, e sobre não se preocupar mais tanto com a sua aparência física. Pena que em breve iremos perdê-lo por dois anos, né?!
bjs,
Sam.
Oi Sam,
ResponderExcluiracabei de assistir Nine Time Times Travel e vim aqui deixar minha impressão sobre esse drama que foi tão bem recomendado por você.
Pra ser sincera, metade dos meus conceitos ruíram depois que vi esse drama sabe? Achava realmente que já tinha visto bastante sobre enredos e boas histórias , mas olha eu aqui entalada sem nem saber o que escrever depois de uma maratona de dois dias...
Já tinha esse título na minha lista desde que vi meu primeiro drama com Lee Jin Wook ,The Time We Were Not In Love(para mim um desperdício total de talento desse homem )e depois quando vi Goodbye Mr.Black a vontade só aumentou.Na época não tinha conhecimento de onde baixar e assistia muito drama online e não encontrava ele legendado por isso acabei adiando.
Depois de pescar madrugadas a fio, acabei passando por aqui e vendo esse post. Decidi arriscar ver algo diferente do que tenho visto nos últimos meses.
Minha cara Sam, essa frase é clichê mas ainda é a que melhor exemplifica meu estado:
nada me preparou para o que eu vi, ouvi e senti...
No primeiro episódio fui pega de surpresa por uma cena de beijo muito gostosa, aos míseros quatro minutos de drama...Nossa ,meu lado romântico amou. Não esperava mesmo.
Realmente não imaginei que a história fosse ser tensa e cheia de suspense como foi, levando em conta o início repleto de flerte e brincadeira.
Depois de dois episódios já estava apaixonada pela história, pelos personagens e ansiosa pelo desenrolar de tudo. Para mim
não havia como as coisas darem certo e cada vez que Seon Woo usava um incenso ,ficava com o coração na mão sem nem imaginar o que viria a seguir...
Fui tocada profundamente pelas motivações tão sinceras dele em consertar a vida da sua família, do seu pai, do seu irmão e acabei caindo numa reflexão profunda sobre minha própria vida, minhas escolhas, meus erros... Amo dramas que me fazem pensar, que me ensinam algo...
Achei que eles acertaram em cheio ao colocar uma protagonista mais suave e sem tanto brilho por que deu leveza e equilíbrio a história. Gostei muito dessa moça, que começou bem apagada e aos poucos foi ganhando seu espaço.
O que dizer desse amigo médico que foi fiel até o último minuto e teve um papel de ser o cara que tentava por um pouco de noção e juízo na cabeça do nosso lindo repórter? Como surtei com a amizade dos dois, para mim uma das relações mais bonitas dentro da história...
Não esperava um amor tão intenso dele pela repórter e não estava realmente preparada para lidar com os dois indo do céu ao inferno tão rápido. Quando Min Young começou a ser atordoada pelas lembranças do seu romance com Seon Woo e se viu confusa , minha nobre Sam, confesso que chorei horrores como se fosse comigo.Achei lindo o modo como ele se encheu de coragem e contou pro irmão toda verdade e assumiu o risco por ela...
Quanto as intrigas, segredos de família, a luta daquele homem ambicioso e louco para ser e ter passando por cima de todos, achei muito interessante (e sofrido também)como a cada episódio aparecia um novo desdobramento um novo gancho para prender a atenção mesmo.
Bom,se eu continuar vai ficar imenso esse comentário...Preciso acrescentar que amei o elenco jovem e infantil,assim como os flashbacks;as osts .
Pra variar Lee Jin Wook me motivou ainda mais maratonar esse drama...Convenhamos,que criatura mais charmosa, que realmente rouba a cena com seu porte e que tem um sorriso muito bonito.
Amei o romance,os beijos, a química e a mensagem clara de que realmente há coisas e situações que não podem ser mudadas, independente do que se faça.
Sobre o final que muitos disseram ter sido confuso,eu gostei muitooooo.Surtei com a historinha dos dois contada em poucos minutos,apenas com os fatos mais importantes e o final na montanha cheio de esperança e possibilidades.
É isso...Sempre que venho aqui escrevo mais do que pretendia e tenho a sensação que falei muito mas não tudo.
Agradeço sua paciência e também por esse espaço tão especial para mim que é seu blog.
Abraços.
Oi Patrícia,
Excluirpuxa, se você conseguiu fazer uma maratona com este drama, imagino os sonhos que teve depois com Lee Jin-wook, rerê!
Realmente, este drama é muito especial, e acho que o mérito maior vai para a roteirista Song Jae-jeong. Sobre o elenco jovem, que maravilha, especialmente Park Hyeong-sik. Mas o drama não seria o mesmo sem Lee Jin-wook - nem sou fã de todas suas atuações, mas aqui ele está simplesmente perfeito!
Obrigada por acrescentar conteúdo ao meu comentário resumido; como você mesma comentou, Nine deixa uma mensagem de vida muito simples... Acho que a mais bonita, por mais óbvia que seja, é a de procurar cuidar de quem se ama, e preservar as boas lembranças, pois os momentos tristes são inevitáveis, mas não podem superar os alegres.
grande abraço,
Sam.