novembro 18, 2016

Melhores Dramas Coreanos de 2016 (Parte 1)




Já podemos afirmar que 2016 foi um ano excepcionalmente feliz para os fãs dos dramas coreanos. Apesar de alguns gêneros estarem em baixa – os dramas médicos e os suspenses estiveram praticamente ausentes – o romance, a comédia e os dramas familiares foram os que mais se destacaram. Foi muito bom contar com a presença de grandes atores do teatro e do cinema coreanos, mas também nos surpreendemos com os novos talentos.  Aliás, os dramas épicos foram os que mais privilegiaram os jovens atores... Scarlet Hear Ryo, Mirror of the Witch, e Moonlight Drawn By Clouds foram dramas que serviram de vitrine para uma nova leva de protagonistas na TV coreana. Park Bo-geom, Kang Ha-neul, Nam Joo-hyeok, Kim Sae-ron, Jin Young são alguns dos nomes a prestar atenção no futuro próximo.Esta é a primeira parte da lista dos dramas mais importantes do segundo semestre de 2016:


Moonlight Drawn by Clouds (ou Love in the Moonlight) (KBS2, 18 episódios)

Baseado no webtoon Moonlight Drawn by Clouds (roteirista: Yoon Yi-soo, ilustrador: kk), e adaptado para a TV por Kim Min-jeong  e Lim Ye-jin, coroteiristas de Who Are You: School 2015, e dirigido por Kim Seong-yoon (Discovery of Romance, BIG).

Com um pano de fundo histórico, Moonlight Drawn by Clouds é uma versão romantizada do reinado de Soonjo (Era Joseon). Park Bo-geom (Answer Me 1988, I Remember You), é o príncipe herdeiro Lee Young (Hyomyeong), um jovem desiludido com o poder, em meio a uma existência tediosa, isolado do mundo pelos muros do palácio real. Tudo muda quando um novo eunuco, com aparência delicada, mas gênio indomável conquista o coração do príncipe. Não demora muito para que se espalhem pelo palácio boatos maliciosos sobre a amizade íntima entre o belo príncipe e seu eunuco. O próprio Lee Young começa a questionar a verdadeira natureza de seus sentimentos pelo pequeno servo. Kim You-jeong (Angry Mom), é Hong Ra-on, uma órfã plebeia, mas letrada, que consegue infiltrar-se no palácio disfarçada de eunuco.

Apesar do argumento nada original (ver mais), Moonlight Drawn by Clouds tem a seu favor um elenco jovem de talento inegável. É impossível não se deixar seduzir pela beleza etérea dos protagonistas desta trama épica um tanto açucarada, mas transbordante de emoções sinceras, e ideais nobres. Park Bo-geom, em seu primeiro desafio como protagonista absoluto, admiravelmente, consegue evitar cair no estereótipo do príncipe encantado, ao imprimir ao personagem uma carga emocional e uma fragilidade comovedoramente reais. Park Bo-geom teve a sorte de contracenar com Kim You-jeong, adolescente, mas já veterana atriz de cinema e TV... Mas foi o PD Kim Seong-yoon que teve sensibilidade o bastante para deixar que o ator superasse sua insegurança inicial, e se sentisse plenamente confortável na pele do príncipe Lee Young. Por sinal, este é um exemplo de drama onde o talento e a experiência do diretor tem uma influência direta e construtiva sobre um roteiro nada brilhante, onde o carisma dos personagens é a salvação para um enredo muito deficiente. A verdade é que Moonlight Drawn by Clouds é um épico romântico agradabilíssimo, para quem gosta do gênero, e vai ficar na história como o drama que consolidou Park Bo-geom como um dos grandes atores de sua geração.

Para não dizer que não falei dos demais “flower boys” do drama, tenho de reconhecer que Jin Young (Warm and Cozy) e Kwak Dong-yeon (Modern Farmer) contribuíram muito para tornar Moonlight Drawn by Clouds um drama muito mais interessante. Fiquei surpresa com o talento do cantor pop Jin Young, que, com tão pouca experiência como ator, está tão seguro no papel do nobre Kim Yoon-Sung, neto do grande vilão do drama, o ministro Kim Hun, interpretado pelo grande ator Cheon Ho-jin (Six Flying Dragons). Quanto a Kwak Dong-yeon, confesso que me apaixonei por seu personagem, o misterioso guarda-costas Kim Byung-Yeon. Se os produtores do drama tivessem um pouco de sensibilidade, pensariam em produzir um spin-off com este personagem, estou certa de que seria um grande sucesso!


Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo (SBS, 20 episódios)

Baseado do romance Bu Bu Jing Xin (2005) de Tong Hua, e no drama Scarlet Heart (China, HBS, 2011), Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo é um drama coreano pré-produzido – as filmagens foram de janeiro a junho de 2016, e a estreia, em agosto do mesmo ano. O PD Kim Kyoo-tae é conhecido por seu cuidado especial com a fotografia nos dramas (That Winter, The Wind Blows, It´s Ok This is Love), e não foi diferente com Moon Lovers – a estética visual do drama é um espetáculo a parte. Já o roteiro, adaptado do romance chinês pela escritora Jo Yoon-young (Cinderella Man) deixa muito a desejar... Não conheço a obra original, mas um drama épico, por mais fantasiado e romantizado que seja, precisa de um roteirista com certa experiência no gênero, especialmente para lidar com as relações políticas, as intrigas palacianas, e as cenas de ação, imprescindíveis em um bom sageuk. A roteirista Kim Yi-young teve o mesmo problema ao decepcionar com seu primeiro épico, Hwajung.

Visualmente, Moon Lovers é um drama maravilhoso, com uma fila de príncipes de sonho, e paisagens de tirar o fôlego... O elenco foi escolhido a dedo para agradar ao público feminino. É impossível ficar imune à beleza e juventude do elenco masculino, com seus cabelos longos, seus trajes luxuosos, emoldurados por aposentos reais forrados a vermelho e ouro. E como numa boy band, cada espectadora pode escolher seu príncipe favorito, e não faltaram discussões acaloradas sobre quem merecia conquistar o coração da heroína do drama, Hae-soo (cantora e atriz Lee Ji-eun). Gostos à parte, o pôster do drama deixa claro quem é o grande protagonista: Lee Joon-ki. E o ator, apesar da aparência física fragilizada por uma magreza excessiva (orientada pelo diretor do drama para que Joon-ki parecesse mais jovem), não decepciona no papel do 4º príncipe, Wang So. Lee Joon-ki sente-se tão confortável habitando os épicos, que poderia viajar no tempo, como Hae-soo, e viver muito bem, como um nobre ou um guerreiro. Kang Ha-neul (Misaeng), por outro lado, encara seu primeiro personagem épico em um drama (sem contar o filme Battlefield Heroes, de 2011), e interpreta com sensibilidade inigualável o 8º príncipe Wang Wook. Os demais príncipes também têm seus encantos individuais – impressiona a evolução de Hong Jong-hyeon (Dating Agency: Cyrano) como ator, no papel do degenerado 3º príncipe Wang Yo – Ji Soo (Fantastic) é energia e carisma puros na pele do heroico príncipe Wang Jeong – e, finalmente, meu príncipe favorito, em termos de caráter, o 13º príncipe Baek Ha, interpretado com encanto e sabedoria por Nam Joo-hyeok (Cheese in the Trap). Com uma evolução melodramática e arrastada, Moon Lovers tem a audácia de propor ao espectador um dos desfechos mais insensíveis e descuidados de todos os tempos. Os fãs de Lee Joon-ki e companhia não mereciam tal desfeita!


Fantastic (jTBC, 16 episódios)

Fantastic me fez lembrar aquelas comédias românticas clássicas do cinema norte-americano. Com um par romântico belíssimo e com grande timing para a comédia, Fantastic surpreende por conseguir abordar um tema difícil como o câncer, com equilíbrio e otimismo. A roteirista Lee Seong-eun (Sad Love Story) merece elogios por escrever uma estória de amor adulto com realismo, mas ao mesmo tempo com uma pitada saudável de humor. O PD Jo Nam-gook tem uma mão meio pesada para o romance – ele se sai melhor dirigindo dramas de ação, como Last (2015), ou The Chaser (2012). Apesar disso, o elenco se sai muito bem, com destaque para o casal protagonista, Kim Hyeon-joo e Joo Sang-wook. Kim Hyeon-joo é uma atriz incrível, que, inexplicavelmente, teve por tempo demais sua carreira colada aos makjang (os melodramas longos de fim de semana). Felizmente, o sucesso do drama This is Family (2014) despertou a curiosidade do público por esta atriz maravilhosa. Em Fantastic ela é Lee So-hye, uma roteirista de sucesso, que reencontra o grande amor de sua vida, mas, tragicamente, descobre que pode ter pouco tempo de vida.

Joo Sang-wook é um ator que vem trabalhando incansavelmente, em dramas e no cinema, já tendo provado seu talento para interpretar papeis em todos os gêneros, do policial (TEN) à comédia (Sly and Single Again). Joo Sang-wook está simplesmente impagável no papel de Ryoo Hae-seong, um ator muito famoso, mas um grande canastrão. Ele encontra sua alma gêmea na roteirista de dramas de ação, Lee So-hye, uma mulher de temperamento forte, mas de coração leve. Outro ponto alto do drama é a bela amizade entre Lee So-hye, Baek Seol (Park Si-yeon) e Jo Mi-seon (Kim Jae-hwa). As três são amigas desde a adolescência, mas com tempo (casamento, filhos) acabam se afastando um pouco. Com a doença de Soo-hye e a crise no casamento de Baek Seol, elas ficam mais unidas do que nunca. Park Si-yeon (Nice Guy), mais conhecida por interpretar mulheres sedutoras, surpreende como uma dona de casa submissa, que, finalmente, se rebela contra os maus tratos do marido.


Shopping King Louis (MBC, 16 episódios)

Uma comédia romântica deliciosamente ingênua, Shopping King Louis é uma boa oportunidade para fugir sem culpa dos problemas da vida real. Seo In-guk é Kang Ji-seong, apelidado carinhosamente de Louis, um chaebol que mora longe da família coreana, em um palácio europeu. Os pais de Louis morreram quando ele era criança, e sua avó, por medo de perder o único neto e herdeiro, mantém o rapaz isolado do mundo, tendo como fiel escudeiro o mordomo Kim Ho-joon (Eom Hyo-seob). A única diversão de Louis é gastar sua fortuna, e ele se torna um comprador compulsivo de artigos de luxo. Quando a avó adoece, Louis volta imediatamente à Seul, mas sofre um acidente de carro, e é declarado morto pela polícia. O que a família de Louis não sabe é que ele foi assaltado no caminho entre o aeroporto e a cidade, e não estava na cena do acidente. Enquanto isso, Go Bok-sil (Nam Ji-hyeon), uma jovem caipira vem à Seul em busca do irmão mais novo, Bok-nam, que fugiu de casa. Ela encontra Louis sentado nas escadarias da estação rodoviária, sujo, faminto, e completamente amnésico. O que chama a atenção de Bok-sil é que Louis está vestindo o abrigo que pertencia ao seu irmão desaparecido. Como Louis é a única pista para encontrar Bok-nam, ela resolve cuidar dele até que sua memória volte. Bok-sil tem a sorte de conhecer Cha Joong-won (Yoon Sang-hyeon, de Secret Garden) o diretor de uma empresa de vendas online, que a contrata como estagiária. Sem memória, mas habituado a ser tratado como um príncipe, Louis manda e desmanda na pobre Bok-sil (e em quem mais cruzar seu caminho), que trabalha como uma louca para sustentar o rapaz. Nam Ji-hyeon (This is Family), com sua simpatia contagiante, e Seo In-guk, com seu ar juvenil, formam um par romântico que é pura doçura! Um drama perfeito para dar boas risadas, e curtir mais uma grande atuação de Seo In-guk (que até nos dá a honra de ouvir sua bela voz, cantando ao piano). Shopping King Louis é dirigido por Lee Sang-yeob-I (Mister Baek), e a roteirista é a novata Oh Ji-young.


Woman With a Suitcase (MBC, 16 episódios)

O PD Kwon Seok-jang (Ex-Girlfriend Club, Miss Korea, Golden Time) tem dramas excelentes em seu currículo, mas em Woman With a Suitcase o destaque vai para o roteiro de Kwon Eum-mi (Gap Dong, Royal Family), que cria uma trama muito interessante que mescla suspense, drama legal e comédia romântica. É verdade que o drama sofre uma pequena dispersão no ponto central da trama, mas no episódio 11 a estória ganha novo fôlego, e as pontas soltas da estória são amarradas satisfatoriamente. Choi Ji-woo, mais conhecida como a musa dos melodramas românticos (Winter Sonata, Stairway to Heaven), com a maturidade, tem explorado com sucesso sua veia cômica, como em Can´t Lose (2011), Twenty Again (2015), ou no filme Like for Likes (2015). Em Woman With a Suitcase ela é Cha Geum-joo, uma assistente legal que entende mais de leis que seus superiores advogados. Apesar de ter se formado em direito, Geum-joo falhou em várias tentativas de passar no exame de ordem, e acabou conformando-se em ser apenas uma assistente. Mas sua vida sofre uma grande reviravolta, ao conhecer o ex-promotor Ham Bok-geo (Joo Jin-mo, de Gabi, My Love Eun-dong). Depois de ser derrotado em um caso rumoroso de prostituição envolvendo adolescentes e empresários poderosos, Ham Bok-geo deixa a advocacia de lado e abre um negócio muito diferente, uma revista de fofocas de celebridades.

Jeon Hye-bin (Oh Hae Young Again) é a advogada Park Hye-joo, irmã de Cha Geum-joo. Apesar de Geum-joo ter feito muitos sacrifícios ao longo da vida para sustentar a irmã mais nova, Hye-bin não consegue livrar-se de um sentimento de inferioridade, e uma inveja doentia pela capacidade profissional superior da irmã. Ao aceitar um emprego no escritório do inescrupuloso advogado Lee Dong-soo (Jang Hyeon-seong, de Mrs Cop 2), Hye-bin faz uma escolha amarga pelo lado mais obscuro da lei.

Lee Joon é o advogado idealista Ma Seok-woo, que encontra em Cha Geum-joo a parceira ideal para defender grandes causas legais, para um bem maior. Depois de ter encarnado um psicopata perigoso Gap Dong, ele repete a parceria com a escritora Kwon Eum-mi, para interpretar um personagem muito diferente, um rapaz meigo, mas corajoso, que sofre com uma paixão não correspondida pela determinada Geum-joo.


Second to Last Love (SBS, 20 episódios)

Remake do drama japonês Second to Last Love (Fuji TV, 2012), dirigido por Choi Yeong-hoon (High Society) e adaptado por Choi Yoon-jung (Mister Baek) e Lee Hee-myeong (BeautifulGong Shim).

Kim Hee-ae (Mrs Cop) é Kang Min-joo, uma produtora de dramas de TV, que optou pelo celibato depois de perder o noivo em um trágico acidente. Aos 40 anos, Min-joo começa a questionar-se sobre suas escolhas profissionais e pessoais. Estressada com a pressão do trabalho, ela resolve se mudar para o subúrbio, e aluga uma pequena casa no campo. Seu novo vizinho é Ko Sang-sik (Ji Jin-hee, He Who Can´t Marry), funcionário público, viúvo, que se dedica obcecadamente ao trabalho e a família. Juntos, os dois irão repensar suas prioridades de vida, e sonharão com a possibilidade de um amor maduro.

Second to Last Love é um drama romântico muito agradável, mas que peca por insistir em artifícios mais comuns aos melodramas de fim de semana, como dar espaço a personagens secundários insossos, ou adiar infinitamente a revelação de segredos nem tão importantes assim. É nos encontros românticos do casal protagonista, e em suas meditações solitárias sobre a vida, que o drama cresce, e emociona sinceramente. Kwak Si-yang (Mirror of the Witch)e Kim Seul-gi (Oh My Ghostess) formam o casal secundário, simpático, mas totalmente desperdiçado, em meio a tramas paralelas confusas e – francamente – a relação fraternal entre os dois era muito mais crível do que a romântica, forçada e até mesmo constrangedora. Para ser sincera, ficará na minha lembrança o beijo espetacular de Kwak Si-yang em Kim Hee-ae.


On the Way to the Airport (KBS, 16 episódios)

Esta foi a grande temporada dos dramas românticos adultos, o que não deixa de ser uma ótima notícia, já que o gênero andava colado aos makjang, e não é todo mundo que tem tempo ou paciência para acompanhar dramas longos. Se On the Way to the Airport tivesse sido produzido como um filme, estou certa de que faria um grande sucesso. É natural perceber a qualidade cinematográfica do roteiro, já que foi escrito por Lee Sook-yeon, conhecida por filmes clássicos como April Snow, Happiness, ou The Sword With No Name. Lee Sook-yeon traz para a TV seu talento impressionante para tratar as relações sentimentais com sensibilidade e realismo. Em On the Way to the Airport (como em April Snow), somos colocados na posição de voyeur, para testemunhar intimamente a profunda solidão emocional dos personagens, e sua jornada atribulada, mas recompensadora. O PD Kim Cheol-gyoo (My Beautiful Bride), através de imagens luminosas, e criaturas que caminham parecendo pisar em nuvens, traduz com perfeição os momentos em que as palavras dos personagens importam menos do que seus gestos e olhares.

É divertido ver o reencontro de Lee Sang-yoon e Sin Seong-rok (Liar Game), mais uma vez como grandes rivais, só que desta vez num triângulo amoroso. Lee Sang-yoon não perde seu charme matador, mesmo interpretando um perfeito pai de família. Sin Seong-rok está fantástico, como marido egocêntrico e pai insensível, provocando no espectador um misto de desprezo e perplexidade – a lamentar que a personalidade complexa do personagem não tenha sido mais bem explorada. Kim Ha-neul (A Gentleman´s Dignity), com sua beleza etérea, encarna magnificamente a esposa e mãe abnegada, cujo destino lhe oferece uma segunda chance de ser feliz. Assista o drama, e depois curta a trilha sonora, tão impecável como todo o resto da produção.

4 comentários:

  1. Oi Sam.
    Feliz ao ver seu post hoje, sabe?
    Dos dramas acima citados acompanhei apenas Moon Lovers e Shopping King Louie.
    Moon Lovers foi meu primeiro drama épico e embora tenha gostado bastante faço minhas as suas palavras: final insensível e descuidado. Nossa!Como foi frustrante ver tudo terminar tão sem sentido, sem um ponto final, apenas com abertura para especulações e nada mais.
    Como dei uma pesquisada antes de assistir, imaginei que o final fosse pelo menos igual ao da versão chinesa. A minha eperança (e de muita gente)era a tal licença criativa que poderia ter sido melhor aproveitada(visto que parece ter sido muito cara). Sei que muita coisa foi mudada ,mas realmente o final poderia ter sido um pouquinho mais digno.
    Concordo com você em relação aos atores,Joon Ki já é veterano em dramas épicos e logicamente arrasa.Pensei que só eu tinha gostado de ver a evolução de Jong Hyun como o ambicioso, carente e atormentado terceiro príncipe. Nossa, senti a maldade apenas no olhar da criatura. Gostei muito da atuação dele. Achei também Kang Ha Neul muito digno com seu oitavo príncipe. Mas ele praticamente acabou o drama apagado. Me pergunto se essa era a intenção , ou se foi mais um erro entre os tantos que você já citou.
    Quanto aos outros, são muitas atuações e muitas opiniões e julgamentos.
    Dou um crédito a protagonista IU,que pensei que fosse ter uma atuação ruim ,mas até que não...
    Bom, na verdade, quero mesmo é esquecer Moon Lovers por que foi muita sofrência e frustração como público me senti meio feita de besta.ÉPICO por enquanto estou fora.
    Mas nem tudo são espinhos, minha cara Sam.
    Shopping King Louie foi um carinho na minha alma. Apesar de ter achado a sinopse sem graça, decidi ver por conta do In Guk e pra variar me surpreendi.Gostoso, leve,harmonioso e sem grandes pretensões esse drama me fez rir e chorar ao mesmo tempo e constatar pela enésima vez o talento desse menino chamado Seo In Guk.Em um momento é o cara abandonado,sem memória,infantil e arrogante; no outro se transforma no carinha apaixonado e gentil, tentando aprender a amar e ser aceito. Caras e bocas impagáveis, e os surtos com medo de insetos? Nossa, curti muito.
    Achei a atriz bem fofa e natural(tirando aquele bronzeado forçado do início, que depois sumiu tão repentinamente),ela combinou muito com ele e tinha um sorriso genuíno.
    O restante do elenco também me passou uma boa impressão.Amei ver Yoon Sang Hyeon fazendo mais um sr.Cha,tão rabugento e mandão e comicamente lindo...
    Tudo foi leve e agradável de ver,final esperado e osts bonitas.Ah,sim sempre me surpreendo com a naturalidade com que In Guk conduz as cenas de beijos.Estou pra ver alguém que faça como ele. Mesmo que a atriz trave ele parece ter um jeitinho que faz tudo ficar bacana.Sobre a cena do piano ,sem palavras para tanto talento...O fato é que In Guk além de cantar muito, parece cada vez melhor e mais seguro em suas atuações,então fica difícil não gostar do que ele faz...
    Quanto aos outros dramas confesso que fiquei feliz de vê-los aqui na sua resenha, por que tenho como avaliar melhor o enredo e os pontos fracos e fortes.
    Sinceramente depois de Moon Lovers fica difícil olhar para qualquer outro ator como príncipe sem fazer comparações. Park Bom Geom para mim não combina como príncipe, mas sua avaliação favorável já é muita coisa.
    On The Way To The Airport trouxe uma temática bem ousada para a tão conservadora Coréia.Vou esperar finalizar para ver o que vai ser...Medo de criar expectativas e depois me frustrar.
    Bom é isso...
    Agradeço pelo post,estava ansiosa pela sua resenha sobre esses dramas e que bom ver que temos opiniões parecidas em vários pontos.Lógico que estou longe de ter o seu olhar profissional e experiente, por isso amo suas resenhas.
    Abraços.

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    Respostas
    1. Oi Patrícia,

      obrigada por, como sempre, deixar suas impressões tão agradáveis e sinceras sobre os dramas que viu...

      Sobre Moon Lovers, não cheguei a comentar sobre a atuação de IU, que, é verdade, surpreendeu por ser, se não brilhante, ao menos muito honesta. E Kang Ha-neul, coitado, parece que foi cortado da trama - um drama de 50 episódios poderia ter dado chance para que os (muitos) personagens tivessem suas estórias contadas com dignidade...

      E, se este foi seu primeiro épico, por favor, não desista do gênero, pois há dramas fantásticos, como Sungkyunkwan Scandal, Painter of the Wind, Six Flying Dragons, entre tantos outros...

      Já estou escrevendo a parte 2 da lista de melhores dramas, espero que você goste!

      bjs,
      Sam.

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  2. Oi Sam,
    tive que voltar aqui para falar de On The Way To The Airport que acabei de ver .
    Incrível como existem pérolas disfarçadas nesse universo dos dramas.Confesso a voce que torci o nariz pra esse drama por conta da temática,não exatamente por preconceito com a situação,mas por achar que seria contada de maneira vulgar e comum como estamos habituados a ver.
    Que equívoco.Depois do primeiro episódio já estava totalmente encantada com a história e me perguntando:por que não vi antes?
    Não esperava tanta poesia,ternura e delicadeza,tanto sentimento ,tanto amor...
    Há tempos não via um drama que me deixasse assim extasiada(o último foi Nine Time Travels),com o coração acelerado,chorando como adolescente(sério),torcendo por um final feliz e ao mesmo tempo digno.Nossa,surtei muito mesmo.
    A forma como a história dos dois é contada mostra uma realidade que quase não se vê nesse tipo de história:o lado psicológico dos personagens.A mulher não se apaixonou por outro homem apenas por ele ser bonito,atencioso,sensível(o que já seria mais que suficiente num drama),ela foi empurrada para ele por conta das atitudes do marido, que para mim foi um dos piores e mais cínicos que tive o desprazer de ver.Ela tentou salvar o casamentos e eu realmente por um breve momento torci para que isso acontecesse achando que o marido poderia se redimir...Affs!Como continuar ao lado de um homem assim que não parece ter amor por ninguém além dele mesmo.Pobre mulher...
    Continuando falando do lado psicológico,acredito que o homem também acabou vendo na outra ,o que a própria esposa não tinha,que era amor materno,transparencia,delicadeza,amor transbordante mesmo.
    Foi um amor de almas,de mentes,onde só o fato de ver,trocar alguns olhares e palavras já era muita coisa.
    Amei a química sutil mas MUITO intensa do casal,olhares mais significativos que qualquer contato físico. E que beijo foi esse que me deixou muda?
    Elenco infantil espetacular,ost linda e um final de fazer qualquer coração saudável falhar uma(ou mais)batida.
    Na verdade faltam palavras para me expressar.Apenas senti muitas emoções e me vi sofrendo,amando e torcendo junto com esse casal tão incomum,mas tão lindo e com um amor tão sincero,honesto e paciente que não teve como me render.
    A atriz, conheço de A Gentleman Dignity e amei a atuação.Os dois protagonistas masculinos não tinha visto nada com eles ainda.Mas como você citou o marido foi muito bem caracterizado pelo ator e por isso o odie muito.Já o arquiteto se tornou meu personagem favorito pelo fato do ator ser aquele que fala com os olhos e com o sorriso(Alias tem drama novo com ele: Wispers).
    Bom é isso.Falo tanto que me perco e ainda não falo tudo.Mas amei miseravelmente esse drama.
    Obrigada Sam por sua recomendação.
    Abraços.

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    Respostas
    1. Oi Patrícia,

      puxa, que bom que você conseguiu vencer o (pequeno) preconceito inicial com o tema e deu uma chance a este belo drama, que de superficial e vulgar não tem absolutamente nada! Muito pelo contrário, mais do que contar a estória da dissolução de dois casamentos, o drama fala com muita sensibilidade sobre os desafios de ser pai e mãe, a solidão e o amor...

      abraços,
      Sam.

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