Up in the Air – Amor Sem Escalas
País: EUA
Duração: 108 min.
Gênero: Drama
Direção: Jason Reitman
Roteiro: Sheldon Turner, Jason Reitman
Elenco: George Clooney, Vera Farmiga, Jason Bateman.
Comentário
Segundo comentários da imprensa americana, essa seria uma das apostas do cinema independente para as principais premiações do cinema de 2009, incluindo os mais midiáticos Globo de Ouro e Oscar. E parece que o filho do diretor Ivan Reitman, Jason, encontrou a fórmula para agradar tanto aos cinéfilos ‘alternativos’ como à indústria de Hollywood.
Lembram do primeiro filme do diretor, Obrigado Por Fumar? Muito humor e ironia para tratar de um tema tão pesado, ou ‘nebuloso’, com o perdão do trocadilho.
No segundo sucesso, Juno, novamente um tema difícil, tratado de forma bem humorada e otimista. E a trilha musical não atrapalhou em nada.
O velho bonachão Ivan Reitman deve estar orgulhoso do filho; aliás, ele produz esse último filme Up in the Air (vamos ficar com o título original, não tem amor nenhum no ar! É, sem romance no toalete apertado do avião. O único clube das milhas aéreas de que o personagem de Clooney faz parte é o literal.
Up in the Air equivale a comer uma fatia de torta, quando se está de dieta. O cinema norte-americano anda tão fraco, tão insosso, que é só aparecer algo levemente inspirador, para ser tratado como obra-prima. Não que esse tenha sido o caso, mas a reação que tive com esse filme foi bem parecida com a que tive com “Juno”. Parece que falta alguma coisa, uma alma... Na verdade acho que falta um tempero agridoce na estória.
O elenco está bem, Clooney é o que está melhor, graças a deus, já que ele tem o papel principal e aparece em quase todas as cenas. A velha raposa solteirona, George, é um ator bem previsível, nunca foge do seu estilo ‘cool’ – e não me venham dizer que engordar e deixar crescer a barba faz alguém atuar melhor – mas senti que nesse papel ele estava a ponto de entregar uma ótima atuação – se estivesse nas mãos de um diretor mais experiente, ou mais ligado em direção de atores. Observe uma das últimas cenas, quando ele fala ao celular com a namorada. Quase piscou a luzinha de aviso “cena para ganhar o Oscar” de ator. Faltou só um pouquinho.
No final, os momentos mais emotivos são os das pessoas que perdem seus empregos, e nesses tempos duros em que estamos vivendo, nem é preciso perguntar o por quê.
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