junho 28, 2012

Sign (Episódio 12)


Recap (spoilers!)


O episódio 12 começa com um clima de tristeza e consternação. Um cortejo chega ao SNF, trazendo o caixão do falecido Dr. Jeong Byeong-do. Os funcionários do instituto forense prestam sua última homenagem ao Dr.Jeong.


Até mesmo o Dr. Lee Myeong-han se emociona ao lembrar-se do velho amigo, como quem fundou o SNF, há mais de 20 anos.


A Dra. Go Da-kyeong vai procurar o Dr.Yoon Ji-hoon, que não apareceu no velório. Ela o encontra prostrado, na casa do Dr. Jeong, que era uma forte figura paterna para ele. Yoon está deprimido e chocado com a atitude do seu mentor e amigo.


Entretanto, ele acaba correndo até o SNF para questionar o motivo do Dr. Lee ter sido o último a ver o Dr. Jeong – e qual teria sido o assunto de sua conversa. Ele desconfia que o Dr. Lee disse algo muito grave ao Dr. Jeong, que o levou a tirar sua própria vida.


O Dr. Yoon realiza a autópsia de Han Tae-joo, funcionária que trabalhava no Grupo Han Young. O resultado do exame não esclarece o motivo de sua morte; a única descoberta é de que a mulher estava grávida. Examinando as imagens das câmeras de segurança da empresa, Yoon, Go e a promotora Jeong Woo-ji começam a suspeitar que os quatro funcionários da Han Young podem ter sido envenenados. O Dr. Yoon fica ainda mais incomodado ao não poder evitar de associar o caso atual com a morte de seu pai, há vinte anos.
 

O detetive de polícia Choi I-han aparece com mais uma evidência para o caso. Ele ficou sabendo pela viúva de um dos funcionários, que os quatro falecidos eram muito amigos. Eles começam a especular sobre qual teria sido a toxina usada para matar essas pessoas.


A promotora Jeong interroga Lee Cheol-eon, funcionário do Grupo Han Young, e colega das vítimas. Ele conta à promotora que ele e os amigos sabiam que o presidente da empresa, Jeong Cha-yeong, há anos vinha desviando verbas e aceitando propinas. Com essa informação em mãos, ele e os colegas vinham extorquindo dinheiro do chefe, em troca de não revelar as fraudes.


O Dr. Yoon resolve ir perguntar diretamente ao presidente Jeong Cha-yeong se o veneno que está sendo usado agora, também foi usado há vinte anos, na mesma empresa. O presidente da Han Young não demonstra surpresa com o questionamento e ainda comenta que é muito fácil para um leigo testar toxinas em pessoas, coisa que um cientista não tem a liberdade de fazer. Chocado, o Dr. Yoon se dá conta de que Jeong Cha-yeong pode ter acabado de envenenar um funcionário que acabara de sair de seu escritório, no momento em que ele entrava.


Ele e o detetive Choi correm até o estacionamento do prédio da empresa, mas é tarde demais – o homem já está morto.


De volta ao SNF, Yoon e Da-kyeong pesquisam na literatura científica, para tentar descobrir que toxina estaria sendo usada nos assassinatos.


O Dr. Yoon resolve ir ainda mais fundo no caso, e tenta estabelecer uma ligação entre as mortes do passado e as atuais, no Grupo Han Young.


O primeiro passo é exumar o único cadáver que restou intacto – de vinte anos atrás - de uma mulher que era colega do pai do Dr. Yoon. Ao verificarem que o corpo da mulher ficou muito bem conservado, o Dr. Yoon deduz que tipo de toxina pode ser a correta. No SNF, ele prepara uma análise química para confirmar sua descoberta.


O Dr. Lee resolve abrir o jogo com Yoon, contando que há vinte anos, a mesma estória se passou. Naquela época, o SNF vinha enfrentando dificuldades financeiras, e o Dr. Jeong aceitou forjar as autópsias da morte do pai de Yoon e de seus colegas, em troca de dinheiro.


Finalmente a promotora Jeong consegue autorização para revistar o escritório do presidente do Grupo Han Young, e eles encontram uma evidência – um vidro de uma toxina letal chamada antimônio.


O Dr. Yoon se vê em um grande dilema, pois se o dono das empresas Han Young for condenado, toda a verdade sobre a corrupção no passado do seu mestre, o Dr. Jeong, será exposta ao mundo.


No dia do julgamento preliminar de Jeong Cha-yeong, a promotora Jeong conduz o testemunho dos pesquisadores do SNF, que confirmam as mortes criminosas por envenenamento. Entretanto, no depoimento final, e mais importante, do Dr. Yoon, a surpresa é geral, quando ele volta atrás e estabelece uma dúvida quanto à causa das mortes.

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Observação importante: "Esse não é um site do tipo 'fansub'. Todas as legendas traduzidas por esse blog foram feitas para consumo pessoal (para encaminhar a amigos e familiares) e são divulgadas aqui como cortesia. Portanto, não serão aceitos pedidos (de títulos de dramas ou filmes), sugestões (de formato de vídeo, etc.) ou reclamações (sobre atrasos, formato de arquivos, etc.). Por favor, peço a sua consideração e respeito, pois muitas horas de lazer e descanso são perdidas na realização dessas traduções.

junho 27, 2012

Nora Ephron (1941-2012)

Nora Ephron, roteirista e diretora de cinema norte-americana, herdou o talento para as letras dos pais, teatrólogos. Embora tenha ficado mais conhecida por suas comédias românticas, escreveu roteiros de drama social (Silkwood, 1983), autobiográficos (Heartburn – A Difícil Arte de Amar, 1986), além de livros bestsellers como I Feel Bad About My Neck.

No ambiente profissional essencialmente machista de Hollywood, Ephron conseguiu se destacar como diretora, e com suas comédias românticas de baixo orçamento e lucros impressionantes, conseguiu até mesmo ajudar a reerguer os estúdios Warner Bros., que enfrentavam uma grave crise financeira nos anos noventa.

Nora Ephron levou ao cinema personagens inesquecíveis, como o casal Annie Reed (Meg Ryan) e Sam Baldwin (Tom Hanks) de Sleepless in Seatle (Sintonia de Amor, 1993), ou Harry (Billy Crystal) e Sally (Meg Ryan), em When Harry Met Sally (1989). A atriz Meg Ryan foi a grande estrela dos filmes de Ephron, tendo repetido o sucesso como par romântico de Tom Hanks, no filme You´ve Got Mail (Mensagem pra Você, 1998).
 
Well, it was a million tiny little things that, when you added them all up, they meant we were supposed to be together… and I knew it. I knew it the very first time I touched her. It was like coming home… only to no home I’d ever known… I was just taking her hand to help her out of a car and I knew. It was like… magic. (Sam Baldwin, em Sleepless In Seattle).

junho 25, 2012

A Dignidade (das palavras) de um Cavalheiro


Um de meus autores favoritos é Harold Bloom, professor de literatura da Universidade de Yale, que escreveu, entre muitos outros, o livro A Invenção do Humano. Nesse livro, o prof. Bloom nos explica por que William Shakespeare foi o primeiro escritor a colocar em palavras os verdadeiros sentimentos que fazem de nós, seres humanos, e tão complexos. Ao ler no momento, em pílulas, outro estudo muito agradável de Bloom, intitulado Onde Encontrar a Sabedoria?, me deparei com essa frase de La Rochefoucauld “Certas pessoas jamais amariam, se não tivessem ouvido falar do amor”. Foi como um oráculo respondendo a pensamentos que ecoavam na minha mente, ao assistir os últimos episódios do drama A Gentleman´s Dignity. Não, eu não estava associando o roteiro de um melodrama romântico para a TV, com os escritos fantásticos do Bardo. Mas estava pensando em como é agradável ver (ou ler) uma estória bem escrita, por mais banal que pareça. Parece que ouvir falar de amor nos faz entender mais sobre esse sentimento, e a vivê-lo com maior intensidade... e também faz nos sentir mais humanos.

A escritora Kim Eun-sook tem uma sensibilidade fora do comum para colocar em (belas) palavras os sentimentos dos personagens. O sucesso de suas estórias não é gratuito. Se, sem citar nomes, agora mesmo podemos assistir outra meia dúzia de dramas tão ou mais divertidos que esse, mais do que a surpresa de reviravoltas, ou o riso fácil, o que resta no final, como recordação?

Pessoas reais, vivendo situações comuns geram empatia em qualquer um. Poder transformar os sentimentos mais corriqueiros em algo precioso, inestimável, é um talento que poucos possuem. É por isso que é um prazer tão grande ouvir os diálogos dos personagens da escritora Kim Eun-sook.

O personagem Kim Do-jin talvez seja o mais privilegiado pela escritora, pois seus discursos são tão poéticos como certeiros, especialmente ao tentar despertar os sentimentos de Seo In-soo.

Na cena em que Do-jin reconhece seu fracasso em conquistar a professora ele diz “De repente me dei conta... Eu tenho jogado meus sentimentos sobre você, como pedras” “Ser atingida por esses sentimentos – como pedras – deve ter machucado essa mulher” “É por isso que eu devo deixá-la ir”. E ele conclui “Desculpe por eu não ter agido como um cavalheiro, durante todo esse tempo”.

Mesmo em seus momentos de pura imaturidade, quando proclama (aos quarenta anos de idade!) “Eu ainda estou florescendo”, Do-jin desperta simpatia, pois sentimos que ele é está sendo sincero. Nos divertimos ao entender seus sentimentos de frustração quando ele comenta com os amigos “Na nossa idade, ainda estamos falando sobre amor?!” “Mesmo sendo maçante, sem sentido e inútil, o amor é supervalorizado”.

E finalmente nos enternecemos quando ele divaga “A primavera é a estação que mais combina comigo... aquela que ainda está florescendo... Embora aquela mulher (In-soo) fosse rir de mim”. Nobres palavras, de um cavalheiro do século XXI.

junho 23, 2012

Adoráveis Gênios do Drama Japonês


Kimura Takuya, como o neurocientista Tsukumo Ryusuke, em Mr. Brain.
Ryusuke Tsukumo é um recepcionista de boate, até o dia em que sofre um acidente que resulta em uma grave lesão cerebral. Depois de um tempo, ele se recupera, mas jamais será o mesmo. Ele se torna um neurocientista respeitado, e é contratado pela polícia japonesa para realizar perfis psicológicos de criminosos. Sua mente é brilhante, mas sua capacidade de interagir socialmente é quase nula. Mas seu charme desligado não deixa de atrair a atenção de sua assistente, a adorável Kazune Yuri (Ayase Haruka). Prato favorito: bananas. Animal de estimação: camundongo.

Mr. Brain (2009), 8 episódios, TBS TV.


Tamaki Hiroshi, como o pianista e maestro Chiaki Shinichi, em Nodame Cantabile.
Chiaki Shinichi é um prodígio, predestinado ao sucesso no mundo da música clássica. Ele é o melhor estudante de piano na Universidade de Música Momogaoka. Sua grande ambição é voltar à Europa (onde morou durante a infância) e conduzir as melhores orquestras do mundo. Seu segundo grande amor (em primeiro vem a música) é Noda Megume (Ueno Juri), uma pianista tão brilhante quanto ele, mas que sonha com uma vida pacata e sem o glamour dos palcos internacionais. Fobias: andar de avião. Ponto forte: fica lindo de fraque.

Nodame Cantabile: 11 episódios (2006), 2 episódios especiais (2008), 2 filmes (2009, 2010), Fuji TV.


No drama (policial) Control, Fujiki Naohito é Nagumo Jun, um professor de psicologia que nas horas vagas trabalha como consultor para a polícia, graças à sua habilidade na análise do comportamento humano. Junto da detetive Segawa Rio (Matsushita Nao) ele desvenda os crimes mais complicados. Prato favorito: pãezinhos doces. Mania: tirar do sério a detetive Rio.
Control - Hanzai Shinri Sousa (2011), 11 episódios, Fuji TV.



Odagiri Joe é o policial federal Hoshizaki Kenzaburo, que é enviado a uma cidade litorânea (Minami-Atami) para investigar o desaparecimento de um ônibus escolar, e de quatro estudantes que estavam nele. Junto com a colega Kitajima Sae (Kuriyama Chiaki) ele tentará desvendar um grande mistério. Prato favorito: café e torta. Qualidades: perspicácia e senso de humor.
Atami no Sousakan (2010), 8 episódios, Asashi TV.

junho 19, 2012

Sign (Episódio 11)

Recap (spoilers!)


Esse episódio começa com uma série de mortes de executivos de uma mesma empresa, em circunstâncias aparentemente diferentes. No primeiro caso, um homem morre ao ter seu carro colidido contra outro, em uma avenida tranquila. No segundo, vemos um homem desacordado no banheiro de um restaurante. E finalmente, outro funcionário tem uma queda mortal do terraço da empresa.


Na casa do ex-chefe do SNF, o Dr. Jeong, Go Da-kyeong se diverte vendo o quarto que o Dr. Yoon usava quando era adolescente. O Dr. Jeong conta a eles sobre a época em que fundou o SNF, junto com o Dr. Lee Myeong-han (atual chefe do instituto), quando eles eram amigos, e cheios de ideais.


De volta ao SNF, o Dr. Yoon recebe uma correspondência anônima, com cópias de uma reportagem de 1991, falando sobre incidentes ocorridos na empresa em que seu pai trabalhava na ocasião.


Enquanto isso, a promotora Jeong Woo-ji é encarregada do caso das mortes estranhas dos executivos da empresa Han Young. Ela sabe tratar-se da mesma empresa na qual o pai do seu ex-noivo, o Dr. Yoon, trabalhava.
 

Em frente à empresa Han Young, ela encontra o detetive de polícia Choi I-han, que não disfarça a alegria em mais uma vez poder unir forças com a bela promotora .


Juntos eles vão até o SNF, acompanhar a autópsia da vítima da queda do prédio. O Dr. Yoon passa o caso para a Dra. Go, pois fica incomodada com a lembrança da morte do próprio pai. A promotora Jeong Woo-ji explica sua desconfiança sobre a causa real das mortes dos funcionários da empresa Han Young, e todos resolvem investigar o caso mais a fundo.
 

Chateado, o Dr. Yoon vai até o túmulo do pai, onde se recorda do triste dia de sua morte, há 20 anos. Foi no SNF que o Dr. Yoon, então apenas um adolescente, conheceu o Dr. Jeon, responsável pela autópsia do seu pai. O Dr. Jeon foi quem o consolou, afirmando que seu pai havia morrido de causas naturais, ao cair de um penhasco, durante uma caminhada na floresta.


A Dra. Go Da-kyeong acompanha o detetive Choi até a empresa Han Young, para examinar as câmeras de segurança que flagraram a queda do executivo do prédio. Eles notam que ele parece estar passando mal antes da queda, mas não sabem dizer o motivo.
 

Em seguida eles entrevistam uma colega dos funcionários falecidos. Ela comenta que o presidente da empresa é um homem que tem um péssimo conceito entre os seus empregados, igual ao falecido pai, lembrado como um homem cruel e corrupto.
 

O que eles não esperavam era encontrar a funcionária morta, minutos depois, dentro de um elevador da empresa. A Dra. Go Da-kyeong fica muito chocada com a situação e o Dr. Yoon pergunta se ela poderá a trabalhar no caso sem se envolver pessoalmente. Ela reúne toda a coragem para dizer que pode seguir adiante.


O Dr. Lee Myeong-han flagra o Dr. Yoon examinando arquivos antigos do SNF, mais precisamente, o relatório da autópsia do seu pai. O Dr. Lee o adverte sobre os perigos de tentar remoer o passado. É claro que esse comentário desperta mais ainda a curiosidade do Dr. Yoon.
 

O detetive Choi tem o primeiro contato, nada agradável, com o presidente Jeong Cha-yeong, da empresa Han Young, ao presenciar ele agredir um dos próprios funcionários. A promotora Jeong descobre, através das agendas de trabalho dos funcionários falecidos, que todos haviam tido reuniões com o presidente, no mesmo dia de suas mortes.
 

A Dra. Go vai ao encontro do Dr. Joo In-hyuk para questionar se ele foi o responsável pela denúncia anônima sobre uma possível fraude nas autópsias de empregados do conglomerado Han Young, no ano de 1991. O Dr. Joo diz que, se ela quer saber mesmo a verdade, deve procurar o Dr. Jeong, diretor do SNF na época.


O Dr. Lee Myeong-han visita o velho Dr. Jeong, para adverti-lo sobre a possibilidade de que toda a verdade sobre seus pecados do passado venham à tona.
 

Mais tarde, no mesmo dia, a Dra. Go, o Dr. Yoon e a promotora Jeong acompanhada do detetive Choi, chegam separadamente à casa do Dr. Jeong, mas todos flagram uma cena chocante e inimaginável...

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Observação importante: "Esse não é um site do tipo 'fansub'. Todas as legendas traduzidas por esse blog foram feitas para consumo pessoal (para encaminhar a amigos e familiares) e são divulgadas aqui como cortesia. Portanto, não serão aceitos pedidos (de títulos de dramas ou filmes), sugestões (de formato de vídeo, etc.) ou reclamações (sobre atrasos, formato de arquivos, etc.). Por favor, peço a sua consideração e respeito, pois muitas horas de lazer e descanso são perdidas na realização dessas traduções.

junho 18, 2012

Arang (filme, 2006)



País: Coréia do Sul
Gênero: Thriller, Policial
Duração: 97 min.

Direção: Ahn Sang-hoon
Roteiro: Ahn Sang-hoon, Jeong Seon-joo, Lee Jeong-seob, Kim Jae-yeon, Sin Yoon-kyeong

Elenco: Song Yoon-ah, Lee Dong-wook, Lee Jong-soo, Kim Hae-in, Jeong Won-joong, Lee Seung-cheol.

Resumo

A veterana detetive de polícia So-young e seu jovem parceiro Hyun-gi investigam um estranho caso de homício, em que o corpo de um homem parece ter sofrido combustão espontânea. Com sua longa experiência, So-young resolve investigar mais a fundo e descobre que o caso está relacionado com o desaparecimento misterioso de uma garota, dez anos atrás. Mais mortes bizarras e os pesadelos de So-young com a garota morta tornam o caso cada vez mais intrigante e assustador.
 


 Comentário

Há apenas 6 anos estreava Arang, mas de alguma forma, certos detalhes visuais do filme já parecem um tanto datados. Não que isso prejudique especialmente a qualidade do filme. Na verdade, o que pode incomodar um pouco – especialmente os fãs de filmes de terror asiático – são aqueles elementos que - hoje em dia - já viraram clichê nos “filmes de fantasma”. Todo mundo já está mais do que familiarizado com o fantasma da mulher pálida de olhos vermelhos e longos cabelos negros (a série Grudge praticamente esgotou o tema). Entretanto, se Arang for assistido agora apenas como um filme policial, a estória funciona muito bem. Você certamente não vai se assustar (talvez até sorria) com as aparições fantasmagóricas – mas duvido que não se surpreenda com a trama policial.






A sempre simpática atriz Song Yoon-ah (mulher do ator Seol Kyeong-gu) interpreta com sensibilidade e maturidade a decidida (e solitária) detetive So-young. Ela tem de suportar, no convívio diário com os colegas policiais, o machismo e a grosseria constantes. Mas ela não se deixa abalar, pois também não é de levar desaforos para casa. O que ela mais odeia é ver uma mulher ser agredida e desrespeitada por um homem.


Ao ter de acolher como novo parceiro o novato Hyun-gi, ela obviamente não fica muito satisfeita mas, graças ao bom caráter dele, logo os dois passam a trabalhar em harmonia.


Este é o primeiro papel no cinema do ator Lee Dong-wook, como o fotógrafo da perícia que vira detetive de polícia. E ele começou muito bem - para um novato - em um papel tão importante, com um personagem que se revela mais complexo do que se imaginava a princípio. E Lee Dong-wook já era lindo e charmoso há seis anos, antes de brilhar com o sucesso do drama Scent of a Woman, em 2011.


Para quem gosta de um bom thriller policial, Arang, se não é uma obra-prima, certamente é uma bela diversão, para assistir-se numa noite chuvosa de inverno. De preferência, acompanhado.

Curiosidades:
- Uma das roteiristas de Arang, Jeong Seon-joo, foi roteirista do filme Lost in Love (2006), em que os atores Song Yoon-ah e Seol Kyeong-gu se conheceram e acabaram se apaixonando também na vida real.

- Ahn Sang-hoon voltou ao gênero do thriller recentemente com o filme Blind (2011), com a atriz Kim Ha-neul.

junho 12, 2012

April Snow (filme, 2005)



Eles não podiam imaginar que aquele dia seria o começo de uma longa jornada emocional...

País: Coréia do Sul
Produção: Blue Storm
Gênero : Drama, Romance
Duração: 105 min.

Direção : Heo Jin-ho.
Roteiro: Heo Jin-ho, Kim Hyo-kwan.

Elenco : Bae Yong-joon, Son Ye-jin, Kim Kwang-il, Im Sang-hyo, Jeon Gook-hwan.

A estória...

Na arena de um concerto ao vivo, o diretor de iluminação In-su (Bae Yong-joon) sai do local às pressas, deixando o trabalho a cargo de seu subordinado. Em seguida, no saguão da sala de cirurgia de um hospital em Samchuk, Kangwon-do, ele encontra Suh-young (Son Ye-jin). Ele correu até lá ao ser informado que sua mulher, Su-jin (Lim Sang-hyo) sofrera um acidente de carro. In-su descobre que o marido de Suh-young, Kyung-ho (Ryu Seung-su), também estava no carro com sua esposa.

Enquanto Su-jin e Kyung-ho permanecem inconscientes com ferimentos graves, In-su e Suh-young descobrem que seus respectivos cônjuges tinham um relacionamento especial. Tanto para In-su como para Suh-young, é mais difícil aceitar o romance secreto deles do que o acidente trágico em que se envolveram. O que era amor passa a ser confusão, raiva e sentido de traição. Mas embora profundamente magoados, eles rezam pela recuperação dos cônjuges, e lentamente começam a sentir e reconhecer um ao outro em seus corações.


Os bastidores da estória...

Em April Snow, o diretor Heo Jin-ho ousa capturar até mesmo o ar sentido entre os atores. Sem fugir do estilo único de remover completamente o sentido de artificialidade dos seus filmes, ele incorpora um local verdadeiro e retrata os personagens bem adaptados ali.

A produção de April Snow procurou em cada canto do país pela locação perfeita – uma cidade real, mas pouco conhecida, aonde os dois personagens principais irão se encontrar e cruzar seus caminhos. A cidade elegida foi Samchuk, que parece ter sido criada para ser um set em grande escala a espera de April Snow.

Lá, eles encontraram o antigo hospital, com sua atmosfera perfeitamente estranha, apesar de ser o espaço mais real onde os personagens encontram suas verdades desesperadoras. Saindo direto das páginas do roteiro, um pequeno motel também se localizava perto do hospital. Além disso, passando o motel, também estava Jook-suh-roo, uma das mais belas paisagens do leste, bem como uma velha cafeteria, construída sem colunas. Tudo o que o diretor Heon queria em April Snow, incluindo a sensação de solidão irradiando de suas ruas silenciosas, já estava preparado esperando em Samchuk.


Um concerto verdadeiro encontra um filme

Um dos pontos altos de April Snow é a cena do concerto ao ar livre. Durante seus preparativos, a equipe de produção encontrou por acaso uma companhia produtora de trilhas de filmes, chamada M&F, que realizava naquele momento um mega concerto ao ar livre. Foi assim que os produtores resolveram rodar o filme durante o concerto real.


A neve da primavera cai na cena do concerto e capta In-su, o diretor de iluminação, relembrando de um grande amor de vários invernos atrás. A audiência animada, performances ao vivo de famosos músicos coreanos, e a rara neve de primavera caindo do céu como num sonho... Tudo isso se junta para formar uma bela cena, dessas que ficam na memória por muito tempo.

O que faz de April Snow um grande filme não é apenas o talento de diretor e elenco. O diretor de câmera Lee Mo-gae (conhecido pelas imagens sensuais e impactantes do filme A Tale of Two Sisters), o diretor de fotografia Oh Seung-chul, (um mágico da luz, que pinta a tela com seu sentido de frescor), o diretor de arte Park Sang-hoon (que introduziu uma mise-en-scene cativante em Untold Scandal), e o diretor musical Cho Sung-woo, mestre das trilhas sonoras coreanas – todos esses profissionais contribuíram para criar essa pérola do cinema coreano.

O filme é uma grande sinfonia, com a câmera se aproximando dos personagens, e a luz entregando suas emoções, através de um estilo de iluminação natural mais moderno. A locação da cidade de Samchuk, com seu clima decadente, simboliza perfeitamente os sentimentos dos personagens – de solidão, melancolia e desilusão.

Bae Yong-joon (ator, 1972)

Depois de se tornar uma grande estrela em todo o continente asiático graças ao melodrama televisivo Winter Sonata, Bae Yong-joon teve sucesso ao transitar para a tela grande, com o filme Untold Scandal, 10 anos após seu primeiro debut. Ele é um ator dedicado, que se entrega de coração e mente a cada novo desafio. Entretanto, o sucesso absurdo trouxe uma tendência à introspecção, e hoje em dia Bae Yong-joon é um dos artistas mais respeitados e ao mesmo tempo mais misteriosos da Coréia do Sul.

Dramas: Greeting of Love (1994), Six Steps to Say Farewell (1995), Sea Storm (1995), Sunshine of Young People (1995), Papa (1995), First Love (1996), The Barefoot Youth (1998), Did We Really Love Each Other? (1999), Hotelier (2001), Winter Sonata (2002), The Legend (2007), Dream High (2011).

Filmes: Untold Scandal (2003), April Snow (2005).
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